Governo diz não. CGTP diz sim à marcha na
ponte 25 de Abril
A CGTP sabe
desde ontem que o Ministério da Administração Interna e o Ministério da
Economia não autorizam a realização da manifestação na ponte 25 de Abril no
próximo dia 19 de Outubro. O ministro Miguel Macedo informou Arménio Carlos,
secretário-geral da CGTP, da decisão tomada em conjunto com o ministro da
Economia (que tutela a Estradas de Portugal, responsável pela gestão da ponte),
fundamentando-a com três pareceres de segurança que recebeu do Conselho de
Segurança da ponte 25 de Abril, da PSP e da Lusoponte. Central sindical insiste na realização da
manifestação para a ponte.
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Governo não quer marcha da CGTP na ponte 25 de Abril |
É um braço de ferro que se vai manter até à véspera do
protesto da CGTP na ponte 25 de Abril no próximo dia 19 de Outubro. O líder da
central sindical, Arménio Carlos, garante que vai continuar a preparar
"tranquilamente" a manifestação, mas o ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo, avisou ontem que não se pode consentir a iniciativa em
nome da segurança, a começar "pela dos próprios manifestantes".
Assim, o impasse mantém-se e, no limite, as autoridades podem forçar a
alteração do percurso por razões "estritas de segurança".
Após hora e meia de encontro no Ministério da Administração
Interna, Arménio Carlos, da CGTP, insistiu que até hoje não houve pareceres
negativos para as minimaratonas e maratonas na ponte 25 de Abril, argumentando
que se trata de um "veto político". O líder da central sindical ainda
frisou que o ministro da Administração Interna não voltou a invocar a ponte
Vasco da Gama como a única solução alternativa, admitindo até que nem seria
"credível". Mas, minutos depois era Miguel Macedo a responder e a
enterrar a ideia de qualquer tipo de recuo do Executivo.
As razões do
Ministro
A tese da tutela de Miguel Macedo é simples: há três
pareceres técnicos, um do Sistema de Segurança, a pedido do conselho de
segurança da ponte 25 de Abril, um da PSP e outro da Lusoponte. Todos vão no
mesmo sentido de alertar para os riscos de segurança.
"Não se pode ignorar três pareceres técnicos",
avisou Macedo, sublinhando que não está em causa o direito à manifestação, e é
preciso conciliar esse direito com o da segurança.
A CGTP, que reuniu antes do encontro com o Governo a sua
comissão executiva, ainda vai reunir durante a semana com os responsáveis da
PSP, para tentar contornar o que considera ser um "veto político".
A CGTP assegura que os seus protestos não são envoltos em
violência. Já o ministro apelou ao bom senso.
Agência
de Notícias
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