Protesto reuniu centenas de pessoas junto à
Assembleia da República
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, anunciou hoje a realização de
uma manifestação para 26 de Novembro, em frente à Assembleia da República, dia
da votação final global do Orçamento do Estado para 2014. Para a mesma data, a
CGTP promove o "dia nacional de indignação, protesto e luta", com
greves, paralisações e concentrações em todo o país.
“Porque nós somos homens e mulheres de palavra, a CGTP, nomeadamente, o seu
conselho nacional reunido esta semana, decidiu propor a esta grande
manifestação a realização de um dia nacional de indignação, protesto e luta
para o dia 26 de Novembro, com greves, paralisações e concentrações em todas as
regiões”, anunciou Arménio Carlos.
Durante a intervenção proferida por Arménio Carlos durante o protesto, que
reuniu hoje centenas de pessoas junto à Assembleia da República, contra o
Orçamento do Estado para 2014, o secretário-geral da CGTP anunciou, para a
mesma data, uma nova jornada de luta.
Para o dia 26 de Novembro a CGTP propõe igualmente “a realização de uma
grande jornada de luta, que ainda vai ser maior do que esta aqui na Assembleia
da República, para dizer nesse dia que enquanto os deputados da maioria estão a
aprovar o Orçamento do Estado, nós estaremos aqui para o rejeitar, para exigir
a demissão do Governo e reclamar a realização de eleições antecipadas”,
declarou o sindicalista.
Na sua intervenção, Arménio Carlos acusou o Governo de ter “uma marca de
classes”, numa altura em que existe em Portugal “uma sociedade de classes, na
qual a esmagadora maioria continua a ser explorada”.
“Este Orçamento, eles [o Governo] até o podem aprovar na generalidade, mas
creio que estaremos todos de acordo que aprovando eles este Orçamento do Estado
hoje podemos assumir aqui um compromisso coletivo: mesmo com a aprovação na
generalidade, vamos continuar a rejeitá-lo”, afiançou Arménio Carlos.
Arménio apela a Cavaco
O secretário-geral da Intersindical apelou à intervenção do Presidente da
República, Cavaco Silva, para que solicite a fiscalização preventiva do
Orçamento junto do Tribunal Constitucional.
“É preciso que o Presidente da República ouça aquilo que os portugueses
dizem e utilize todos os mecanismos ao seu dispor para assegurar a Constituição
da República Portuguesa”, declarou Arménio Carlos.
No entanto, e caso o Chefe do Estado não o faça, Arménio Carlos deixou a
garantia de que a CGTP não vai baixar os braços.
“Aqui vos garanto! Se o Presidente da República não solicitar a
fiscalização preventiva, a CGTP vai solicitar aos partidos da oposição para que
avancem com a fiscalização sucessiva”, assegurou o líder da central sindical.
A proposta de Orçamento do Estado para 2014 foi hoje aprovada na
generalidade pela maioria PSD/CDS-PP, com votos contra de toda a oposição e do
deputado democrata-cristão eleito pela Madeira, Rui Barreto.
Agência de Notícias
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