Está tudo por fazer na maior Escola Secundária de
Montijo
O presidente
da Câmara do Montijo, Nuno Canta, e a Vereadora responsável pelo pelouro da
Educação, Maria Clara Silva, visitaram ontem as obras da Escola Secundária
Jorge Peixinho, acompanhados pelo presidente da Comissão Administrativa
Provisória (CAP) daquele estabelecimento de ensino, João Ramos.
Autarcas de Montijo visitaram Escola Jorge Peixinho |
A empresa pública
responsável pela obra, a Parque Escolar, entrou em litígio com o empreiteiro,
ficando a obra suspensa e por acabar, com reflexos negativos no bem-estar dos
alunos, professores e funcionários, bem como na sua própria segurança pessoal.
Com um investimento
projetado de 12 milhões de euros (e, apenas, 7 milhões e 474 mil euros executados)
a obra devia, há muito, estar concluída mas, até ao momento, cumpriu-se metade
da meta de construção, não se prevendo uma data para a sua conclusão.
Na visita à Escola
Secundária Jorge Peixinho, o presidente da Câmara do Montijo pôde constatar a
existência de infiltrações no edifício velho, saídas de emergência (no novo
edifício) pouco eficientes, e espaços exteriores pouco recomendáveis para um
recreio seguro. Atendendo à situação de litígio entre o Ministério da Educação
e o empreiteiro, ficaram suspensas as obras no pavilhão desportivo e os
arranjos exteriores, assim como a aquisição de diverso equipamento de
segurança, mobiliário e ar condicionado.
A “parte nova” da
escola, até agora construída, já apresenta diversos problemas, como salas sem
ventilação natural (janelas) projetadas para a utilização de ventilação
artificial, sistema a vácuo. Sem ar condicionado colocado, incidentes com
alunos já se verificaram na época de verão, devido à ventilação insuficiente do
sistema.
Realidade da escola não foi tomada em conta
Mais de metade das obras estão por acabar |
O presidente da CAP
da Escola Secundária Jorge Peixinho afirmou que “quem projetou esta obra não
teve em conta a realidade da escola. Cada vez temos mais alunos carenciados,
este ano são 24 por cento dos alunos, o dobro do ano anterior, e com aumentos
semanais. Com um orçamento limitado aos 12 mil euros mensais não temos meios
para fazer face às despesas, nomeadamente com o sistema de ar condicionado,
quando estiver a funcionar”, diz João Ramos.
Preocupado com esta
realidade, mas sem quaisquer competências ou responsabilidade sobre a obra,
Nuno Canta afirmou que “a nossa função é trabalhar em conjunto com a escola e a
associação de pais para alertar os responsáveis, a Parque Escolar e o
Ministério da Educação”. Para o presidente da Câmara do Montijo “este governo
tem um preconceito para com a Parque Escolar. A prova é que existem mais de 30
casos como o desta escola em todo o país”, concluiu.
Entretanto, o
Presidente da autarquia de Montijo solicitou uma reunião com o secretário de
Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova Almeida, com vista a
debater com este governante a situação da Escola Secundária Jorge Peixinho.
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