Presidente da
Venezuela decreta Natal em Novembro
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou
que o Natal foi antecipado para Novembro. Com a festa, pretende "derrotar
a amargura" que se vive no país. De acordo com o Presidente, a medida "é a melhor vacina
para qualquer pessoa que queira criar distúrbios e violência", até porque,
sustentou, "não há nada melhor do que um cântico natalino ou uma seresta
para alegrar a alma". Maduro é assim, o homem que mudou o Natal!.
Presidente da Venezuela decreta festejos do Natal para Novembro |
Perante esta escassez e uma inflação que já vai nos 48 por cento, o tecido social está a deteriorar-se. Maduro, que tem acusado a oposição e alguns países estrangeiros de estarem a provocar a crise, receia que esta afecte a revolução bolivariana socialista de Hugo Chávez, o Presidente que morreu em Março.
Por entre medidas concretas para travar a degradação da vida dos venezuelanos – como o anúncio de que até ao final de Novembro serão importadas 400 mil toneladas de produtos alimentares e de higiene – Maduro tenta jogar com as emoções da população. Há dias, disse que Chávez apareceu, sob a forma de uma imagem, a um grupo de operários que trabalhavam na escavação de um túnel no bairro Libertador de Caracas. A imagem foi mostrada na televisão estatal e Maduro apareceu junto a ela dizendo que era um sinal do comandante aos venezuelanos; dizia-lhes que estava sempre com eles.
Agora, Maduro – que espera uma decisão superior ao seu pedido para governar por decreto, ou seja, suspendendo o Parlamento – decidiu que o Natal seria em Novembro. O Natal celebra-se a 25 de Dezembro em todo mundo católico desde o ano 354, por determinação do Papa Libério, que decidiu ficar nessa data a celebração do nascimento de Jesus Cristo.
"Hoje, dia 1 de Novembro, quisemos decretar a chegada do Natal porque queremos a felicidade para todo o povo e a paz", disse. O Presidente disse que ao antecipar a celebração do Natal dá ânimo aos venezuelanos e cria um ambiente de festa que controla os que querem "distúrbios" e "violência". Não há nada como um cântico de Natal, disse Nicolás Maduro.
Em Outubro, o Presidente criara a secretaria de Estado da Felicidade do Povo, sem que tivesse havido uma explicação política a justificar a medida.
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