Urgências e consultas com filas de doentes intermináveis
Longas filas de espera no serviço de urgências e salas de consultas cheias, é este o cenário vivido no hospital Garcia de Orta, em Almada, desde sexta-feira. Os atrasos no atendimento resultam da mudança da aplicação informática pela qual é possível marcar consultas e exames e realizar a prescrição de medicamentos, disse fonte do gabinete de comunicação do hospital.
Caos nas urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada |
O sistema
informático foi já por várias vezes abaixo e no fim de semana os médicos foram
mesmo obrigados a recorrer à caneta e papel para passarem receitas de
medicamentos manuais perante as falhas informáticas.
A mesma fonte
explicou que a mudança da aplicação Sonho pela Sonho 2, uma ação dos
serviços partilhados do ministério da Saúde, é a explicação para a situação
complicada vivida nos últimos três dias, e que esta terça-feira sofreu um
agravamento devido à realização de consultas pré-marcadas.
Doentes desesperam na urgência
Rosa Gonçalves,
com 65 anos, deslocou-se ao hospital pela 15 horas para uma consulta de
neurologia. A doente ficou surpreendida com a quantidade de pessoas à espera de
consultas, acrescentando que só pelas 17 horas foi atendida pelo médico. Rosa
Gonçalves, acompanhada do marido viria a deixar o hospital pelas 19h30. Segundo
lhe foi explicado, a causa do atraso resultou de substituição do sistema de
senhas.
Também Mário
Conceição que se deslocou à urgências pediátricas acompanhado da filha disse
que teve de aguardar oito horas, até a menina ser vista por um médico.
José Rosa, 57
anos, deu entrada nas urgências com uma forte dor no peito pelas 12h30. O
doente disse que só foi visto pelo médico pelas 17h05.
Situação
idêntica viveu João Lopes de 37 anos. Com bronquite asmática chegou ao hospital
pelas 10h15 mas só pelas 14h30 lhe foi colocada uma máscara de oxigénio,
segundo explicou.
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