Trabalhadores contestam o Orçamento de Estado para 2014 e os cortes nos salários
Os trabalhadores da Carris e da
Transportes Sul do Tejo (TST) vão estar em greve no Natal e no Ano Novo, num
protesto convocado pelos sindicatos contra o Orçamento de Estado para 2014 e
contra os cortes nos salários. Para a Carris, o Tribunal Arbitral decretou
serviços mínimos. No Porto também não haverá autocarros na quadra natalícia.
Carris vai parar no dia de Natal durante todo o dia |
O protesto dos
funcionários da Carris, que opera em Lisboa, para os dias de Natal e de Ano
Novo (durante 24 horas) foi convocado pela Federação dos Sindicatos de
Transportes e Comunicações (Fectrans) e pelo Sindicato Nacional dos Motoristas
(SNM).
Para o dia de Natal, o tribunal
decretou a obrigatoriedade de garantir o funcionamento de metade do serviço
prestado por 11 carreiras (703, 708, 735, 736, 738, 742, 751, 755, 758, 760,
767). Em comunicado, a Carris informa que ainda aguarda a definição dos serviços
mínimos para 1 de Janeiro.
Manuel Leal, da Fectrans, considera
“ilegais” estes serviços mínimos, por entender que as necessidades sociais
impreteríveis abrangem apenas serviços a pessoas com deficiência ou
intervenções de emergência, como avarias e quedas de cabos eléctricos".
"À semelhança do que tem sido o
processo de luta levado a cabo pelos trabalhadores da Carris, esta [greve]
também terá uma adesão significativa”, disse à Lusa o sindicalista, informando
que a 2 de Janeiro as organizações representativas dos trabalhadores voltam a
reunir-se para "dar continuidade a este processo de luta".
O Sindicato dos Trabalhadores dos
Transportes e a Associação Sindical do Pessoal de Tráfego da Carris convocaram
também uma paralisação para os dias 24 e 31 de Dezembro. A greve começa às 18 horas. No último dia do ano está garantido o funcionamento de metade das carreiras 781
e da rede da madrugada.
TST pára a partir das 18 horas de amanhã
Na TST, que faz a ligação rodoviária
entre Lisboa e os concelhos da península de Setúbal, foi também o Sindicato
Nacional dos Motoristas que convocou a paralisação. Esta decorre a partir das
18 horas nos dias 24 e 31, e durante todo o dia no Natal e a 1 de Janeiro. A
greve nos TST foi justificada pelo sindicato dos motoristas como a forma que os
trabalhadores encontraram para se "manifestarem pelo facto de serem
ignorados pela empresa".
Agência
de Notícias
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