Cada vez mais famílias
carenciadas procuram apoio
Mais de 1500 pessoas juntaram-se neste domingo em Lisboa
numa festa de Natal que serviu refeições, juntando à mesa homens e mulheres
sem-abrigo, mas também famílias inteiras carenciadas que a crise
"levou" à festa.
Número de sem abrigo não pará de aumentar nas cidades portuguesas |
Esta foi a 25ª festa de Natal organizada
pela Comunidade Vida e Paz, mas como reconhece o presidente da organização,
Henrique Joaquim, a festa já não é o que era.
"Houve anos, se calhar nos anos 1990, com maior incidência de pessoas se calhar com problemas de toxicodependência, pessoas mesmo sem tecto", e hoje, numa festa que é aberta, há "muitas pessoas sem tecto, sem abrigo, mas também muitas famílias carenciadas". Para o responsável, esta diversidade é "reflexo da situação em que o país está a viver". "Famílias inteiras, mesmo com crianças, vêm aqui à procura de ajuda, mas também à procura de alimentação e de roupa", explica.
A Comunidade Vida e Paz, de cariz religioso, foi criada em 1998 para apoiar sem-abrigo ou outras pessoas em situação vulnerável. A festa de Natal dura três dias e terminou neste domingo com uma missa conduzida pelo patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
Só no sábado, mais de mil pessoas acorreram à cantina da Cidade Universitária de Lisboa, onde além de 826 refeições se distribuíram 4274 peças de roupa, se leram livros ou se fizeram consultas médicas. Dezenas de pessoas receberam apoio técnico.
Na sexta-feira, segundo Henrique Joaquim, houve um aumento de procura de cerca de 30 por centoem relação ao ano passado, e no sábado o aumento foi entre cinco a 10 por cento. Neste domingo, pelas contas do presidente, não estava menos gente do que no domingo antes do Natal do ano passado, quando foram servidos 1500 jantares.
"Houve anos, se calhar nos anos 1990, com maior incidência de pessoas se calhar com problemas de toxicodependência, pessoas mesmo sem tecto", e hoje, numa festa que é aberta, há "muitas pessoas sem tecto, sem abrigo, mas também muitas famílias carenciadas". Para o responsável, esta diversidade é "reflexo da situação em que o país está a viver". "Famílias inteiras, mesmo com crianças, vêm aqui à procura de ajuda, mas também à procura de alimentação e de roupa", explica.
A Comunidade Vida e Paz, de cariz religioso, foi criada em 1998 para apoiar sem-abrigo ou outras pessoas em situação vulnerável. A festa de Natal dura três dias e terminou neste domingo com uma missa conduzida pelo patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
Só no sábado, mais de mil pessoas acorreram à cantina da Cidade Universitária de Lisboa, onde além de 826 refeições se distribuíram 4274 peças de roupa, se leram livros ou se fizeram consultas médicas. Dezenas de pessoas receberam apoio técnico.
Na sexta-feira, segundo Henrique Joaquim, houve um aumento de procura de cerca de 30 por centoem relação ao ano passado, e no sábado o aumento foi entre cinco a 10 por cento. Neste domingo, pelas contas do presidente, não estava menos gente do que no domingo antes do Natal do ano passado, quando foram servidos 1500 jantares.
O mesmo espírito de sempre
"A festa de domingo já não é o que era
há 25 anos, porque infelizmente somos mais procurados, mas no espírito é cada
vez mais uma festa de criar o afecto e o carinho que permita às pessoas
sentirem e serem o que elas são, pessoas", diz Henrique Joaquim.
Depois de 25 anos de trabalho na rua, o
serviço prestado pela Comunidade Vida e Paz "infelizmente continua a ser
necessário". Por isso, a organização promete manter "o espírito de ir
mais à procura e ao encontro das necessidades das pessoas", adequando as
respostas e modernizando o serviço prestado.
D. Manuel Clemente agradeceu todo este trabalho, disse que todas as experiências comunitárias são "experiências de Deus" e que a Comunidade é "uma experiência religiosa de primeira".
No domingo, houve missa e cânticos. E muitos jovens vestidos com camisolas brancas e amarelas, voluntários da comunidade, mesas corridas e tabuleiros com água e sumos, iogurtes, frango, salgados e doces. Tudo por um Natal mais solidário.
D. Manuel Clemente agradeceu todo este trabalho, disse que todas as experiências comunitárias são "experiências de Deus" e que a Comunidade é "uma experiência religiosa de primeira".
No domingo, houve missa e cânticos. E muitos jovens vestidos com camisolas brancas e amarelas, voluntários da comunidade, mesas corridas e tabuleiros com água e sumos, iogurtes, frango, salgados e doces. Tudo por um Natal mais solidário.
Agência
de Notícias
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