Depois da Armani e da Guess, a Nike
abre esta quinta-feira e movimenta quatro milhões de euros
O Freeport de Alcochete vai ganhar mais 4 milhões de euros por ano
em receitas só com a nova loja da Nike. O espaço de mil m2 abre a 5 de Dezembro
e além de engordar o portfolio de lojas, reforça a oferta de marcas de
desporto. “Neste segmento, a Nike é uma das marcas com maior notoriedade e
vendas”, disse o diretor do outlet, Nuno Oliveira. A loja da Nike pode até
ameaçar a da Adidas - a que vende mais e a mais procurada pelos visitantes do
Freeport, portugueses e turistas de fora da união europeia.
O Freeport Alcochete está a apostar no
segmento premium com a abertura de três novas lojas. No mês passado abriu a
loja da Armani e a loja da Guess. A 5 de Dezembro caberá à Nike abrir as portas
em Alcochete. As novas lojas terão um impacto anual na ordem dos 8 milhões de
euros no volume total de negócios. "Com estas aberturas o segmento premium
totalizará 33 por cento do total das lojas do segmento de moda e jeans, as
quais são responsáveis actualmente por 35 por cento do volume de negócios anual
do centro", revela o
director-geral deste espaço, Nuno Oliveira.
O responsável mostra-se optimista em
relação a 2014, ao garantir que está confiante "no recrutamento de novas
marcas" para o próximo ano. "Algumas marcas, como as que mais
dependem do consumo de turistas, obtêm o seu melhor desempenho no Freeport, um
factor relevante para que outras marcas tomem a decisão de estar presentes no
nosso centro, com especial enfoque nas insígnias do segmento premium. Mas
existem igualmente outros segmentos que queremos reforçar e que fazem todo o
sentido na oferta para o cliente nacional", acrescenta Nuno Oliveira.
Crise aumentou descontos
Director-geral espera que novas lojas tragam retorno de 8 milhões |
De acordo com o director-geral do
Freeport, a actual conjuntura económica - principalmente com a redução do
rendimento disponível - representa uma oportunidade para o segmento dos
outlets. "A procura da compra inteligente assume-se como um factor
determinante nas decisões dos consumidores", diz Nuno Oliveira, admitindo,
no entanto, que existem desafios de mercado, além dos provocados pela retracção
do consumo.
"Neste momento todo o mercado de
retalho full price fala a linguagem dos descontos e a designação de outlet
começa mesmo a surgir de forma banalizada e, em alguns casos, desvirtuada. O
conceito existe integrado numa cadeia de valor, estruturado e com regras de
gestão bem identificadas que garantem a sua existência sem prejuízo das
restantes fases a montante. Paralelamente, temos testemunhado alguns casos de
adaptação ou reinvenção de estruturas comerciais que surgem no mercado
rebaptizadas como outlets, em busca de uma tábua de salvação para negócios mas que
são em si próprias soluções frágeis e, logo, pouco sustentáveis", explicou
o director.
Segundo as contas de Nuno Oliveira, as lojas presentes no
Freeport praticam descontos mínimos de 30 por cento face ao "full
price" do retalho, mas ao longo de todo o ano, há casos em que os
descontos chegam aos 70 por cento. "É o caso da iniciativa mensal
Quintas-Feiras Loucas, que se realiza sempre na última quinta-feira de cada
mês, e que associa aos descontos de outlet, um desconto extra atribuído, numa
selecção de produtos, pelas lojas que se associam a esta acção, o que faz com
que facilmente o desconto final seja na ordem dos 80 por cento. É uma
iniciativa que tem feito o volume de vendas aumentar 35 por cento face ao
período homólogo", diz. Em média, este espaço em Alcochete, recebe perto
de 4 milhões de visitantes por ano.
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