Ondas gigantes assustam moradores e pescadores
da Costa e Cova do Vapor
O mar galgou ontem o paredão na zona urbana da Costa de
Caparica, mas não provocou prejuízos significativas, nem acidentes pessoais,
revelou à agência Lusa o comandante Cruz Gomes, adjunto do capitão do Porto de
Lisboa.
Mar revolto galga paredão na Costa de Caparica |
"Durante a tarde decidimos interditar o acesso aos bares e
restaurantes das praias da Costa de Caparica e à zona do paredão urbano, porque
é uma zona muito frequentada por desportistas, de forma a prevenir eventuais
acidentes que viessem a ocorrer acidentes devido às condições de mar",
declarou Cruz Gomes.
As restrições no acesso às praias e ao paredão foram decididas numa reunião
em que participaram a Autoridade Marítima, Proteção Civil, Agência do Ambiente
e Bombeiros e poderão ser mantidas ou reavaliadas durante o dia de hoje.
Temporal forte na Cova do Vapor
Na localidade da Cova do Vapor, o mar também esteve bastante agitado
durante toda a tarde, mas não provocou problemas de maior, para além dos
prejuízos entre três ou quatro embarcações, que não foram retiradas da água em
tempo oportuno.
"Só me lembro de um temporal destes há cerca de 12 anos, mas nessa
altura, o esporão era metade do que é hoje", disse à Lusa o presidente da
associação de pescadores da Cova do Vapor.
"Se não fosse o novo esporão, construído há cerca de um ano, quase de
certeza que a Cova do Vapor tinha sido inundado esta tarde, acrescentou a mesma
fonte.
De acordo com o comandante Cruz Gomes, os piores momentos desta
segunda-feira para as populações da margem Sul já terão passado, mas a previsão
do tempo e das condições de mar para os próximos dois dias ainda apontam para
mau tempo e forte ondulação, que poderá atingir seis a sete metros.
Elementos de corporações de bombeiros e da polícia marítima estão a
percorrer as zonas de maior risco, mas até agora sem registo de ocorrência
graves.
Agência
de Notícias
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