Plano de reestruturação do Vitória de Setúbal está em marcha
O Tribunal do Comércio de Lisboa aceitou o plano de renegociação de dívidas apresentado pela SAD do Vitória de Setúbal, que permitirá acertar com os credores o pagamento de 29 milhões de euros. O clube negociou e conseguiu "um perdão da dívida por parte de alguns credores" e "uma forma de pagamento faseada" para outros, e definida uma extensão para dez anos nos acordos com a Banca. Foi também acordado com os fornecedores um perdão de 50 por cento do capital, assim como o pagamento do restante em dez anos, com carência de dois anos. Ainda assim há sócios "insatisfeitos" e já foi pedida uma Assembleia Geral para convocação de novas eleições. A direcção de Fernando Oliveira critica "o momento" escolhido por cerca de 100 sócios e o Conselho Vitoriano - órgão consultivo do clube - é manifestamente contra eleições neste momento.
Em comunicado divulgado do clube, o Vitória de Setúbal anuncia que "no passado dia 31 de Janeiro de 2014, foi homologado pelo Tribunal do Comércio de Lisboa o Plano de Revitalização apresentado pela Vitória Futebol Clube - SAD", apresentado em Agosto do ano passado, dias antes do começo da atual época futebolística.
A SAD vitoriana, que no comunicado assume dívidas de 29 milhões de euros, afirma que "sem a aprovação do Plano, a generalidade das responsabilidades [da SAD] seriam imediatamente exigíveis por parte dos credores, sendo que já haviam sido tomadas diligências de apreensão das receitas que levavam à, quase, impossibilidade de gestão".
No mesmo comunicado, o Vitória acrescenta ter conseguido "um perdão da dívida por parte de alguns credores", que não especifica, e diz que acordou "uma forma de pagamento faseada", para outros.
Já antes disto, o clube digerido por Fernando Oliveira, tinha negociado com o Fisco - um dos maiores credores da SAD - o pagamento das suas dívidas em 150 prestações e um pagamento faseado em 120 prestações com a Segurança Social. O clube não especifica quanto deve ao Estado.
A SAD do Vitória de Setúbal explica que negociou uma extensão para 10 anos nos acordos com a banca e acordou com os seus fornecedores um perdão de 50 por cento do capital e o pagamento do restante em dez anos, com carência de dois anos.
O Processo Especial de Recuperação (PER) requerido pela administração da SAD do Vitória de Setúbal, na prática, suspendeu as ações executivas que o Estado (Fisco e Segurança Social) poderia desencadear contra o clube, possibilitando assim a inscrição de jogadores na presente época.
Grupo de sócios quer destituir direcção
Apesar desta "aparente" estabilidade há no horizonte um grupo de sócios que quer "novas eleições" e avançou com o pedido de Assembleia Geral para destituir a atual direcção. Este grupo de associados, que inclui membros de diversas direções do clube sadino, defende um modelo de gestão diferente daquele que tem vindo a ser implementado pela atual direção de Fernando Oliveira, de forma a que o clube esteja preparado para fazer face aos compromissos financeiros que terá de suportar daqui a 24 meses, quando terminar o prazo de carência do Plano Especial de Recuperação (PER) da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Vitória de Setúbal. “A haver eleições apenas no prazo previsto [dentro de 15 meses], significa que se esgota o tempo necessário à implementação de uma gestão diferente da atual, que permita encarar o pós período de carência com optimismo”, defendem. “Um novo acto eleitoral abre espaço a outras soluções para o clube e SAD. Os signatários assumem o compromisso de apresentarem uma lista liderada por Júlio Adrião, em que a atual direção e o seu presidente terão oportunidade de apresentarem um novo projeto, deixando aos associados o poder de decidirem o futuro do clube".
O Tribunal do Comércio de Lisboa aceitou o plano de renegociação de dívidas apresentado pela SAD do Vitória de Setúbal, que permitirá acertar com os credores o pagamento de 29 milhões de euros. O clube negociou e conseguiu "um perdão da dívida por parte de alguns credores" e "uma forma de pagamento faseada" para outros, e definida uma extensão para dez anos nos acordos com a Banca. Foi também acordado com os fornecedores um perdão de 50 por cento do capital, assim como o pagamento do restante em dez anos, com carência de dois anos. Ainda assim há sócios "insatisfeitos" e já foi pedida uma Assembleia Geral para convocação de novas eleições. A direcção de Fernando Oliveira critica "o momento" escolhido por cerca de 100 sócios e o Conselho Vitoriano - órgão consultivo do clube - é manifestamente contra eleições neste momento.
Fernando Oliveira conseguiu negociar com todos os credores |
Em comunicado divulgado do clube, o Vitória de Setúbal anuncia que "no passado dia 31 de Janeiro de 2014, foi homologado pelo Tribunal do Comércio de Lisboa o Plano de Revitalização apresentado pela Vitória Futebol Clube - SAD", apresentado em Agosto do ano passado, dias antes do começo da atual época futebolística.
No mesmo comunicado, o Vitória acrescenta ter conseguido "um perdão da dívida por parte de alguns credores", que não especifica, e diz que acordou "uma forma de pagamento faseada", para outros.
Já antes disto, o clube digerido por Fernando Oliveira, tinha negociado com o Fisco - um dos maiores credores da SAD - o pagamento das suas dívidas em 150 prestações e um pagamento faseado em 120 prestações com a Segurança Social. O clube não especifica quanto deve ao Estado.
A SAD do Vitória de Setúbal explica que negociou uma extensão para 10 anos nos acordos com a banca e acordou com os seus fornecedores um perdão de 50 por cento do capital e o pagamento do restante em dez anos, com carência de dois anos.
O Processo Especial de Recuperação (PER) requerido pela administração da SAD do Vitória de Setúbal, na prática, suspendeu as ações executivas que o Estado (Fisco e Segurança Social) poderia desencadear contra o clube, possibilitando assim a inscrição de jogadores na presente época.
Além disso esta aprovação legal [o plano foi aceite por 94,5 por cento dos credores] permite "uma estabilidade garantida" ao clube que assim "respira" melhor e pode "concentrar-se" em projectos futuros, como é a construção no novo Bonfim.
Além do Vitória de Setúbal, outros clubes de futebol aderiram aos Processos Especiais de Revitalização de Empresas, tais como o Vitória de Guimarães, o Boavista ou o Leixões.
Grupo de sócios quer destituir direcção
PER pode permitir luz verde ao novo projecto do Bonfim |
"É muito fácil esperar na penumbra, aguardar que outros façam todo o trabalho e depois surgir do nada, para tentar ficar com os louros de um trabalho, para o qual não contribuíram com a mais ínfima participação", respondeu Fernando Oliveira que ainda desafiou os signatários deste pedido. "Onde estavam essas pessoas quando o cenário era negro e o nosso Vitória estava atolado em dívidas e processos judiciais, alguns deles criados por essas mesmas pessoas?", pergunta a atual direcção.
Conselho Vitoriano contra eleições
Seja como for, a Assembleia Geral está pedida e cabe ao Presidente da Assembleia Geral convocar, ou não, os sócios.
O Conselho Vitoriano considerou esta quarta-feira "inoportuno" o pedido de realização de uma Assembleia-Geral para destituição da direção. "O Conselho Vitoriano, por unanimidade, considerou que o pedido apresentado é manifestamente inoportuno, tendo em conta a atual situação do Vitória Futebol Clube", refere um comunicado lido pelo presidente daquele órgão consultivo, Giovanni Licciardello.
O órgão considera que “as direções e os órgãos sociais devem cumprir os mandatos até ao fim”, de acordo com a mesma nota, divulgada após três horas de reunião dos membros do Conselho Vitoriano, em que participaram, entre outros, os antigos presidentes do Vitória de Setúbal Fernando Pedrosa e Chumbita Nunes.
Giovanni Licciardello lembrou ainda o clube se encontra em fase de aprovação e implementação do PER (Programa Especial de Revitalização), que considerou ser "um instrumento indispensável para que se consiga alcançar a estabilidade financeira absolutamente necessária para os destinos do Vitória Futebol Clube".
No final da reunião do Conselho Vitoriano, o presidente da Mesa da Assembleia-geral do Vitória de Setúbal, Frederico Nascimento, disse apenas que ouviu atentamente os conselheiros e que vai decidir em breve sobre a realização da Assembleia-Geral requerida por pouco mais de uma centena de associados.
Conselho Vitoriano contra eleições
Seja como for, a Assembleia Geral está pedida e cabe ao Presidente da Assembleia Geral convocar, ou não, os sócios.
O Conselho Vitoriano considerou esta quarta-feira "inoportuno" o pedido de realização de uma Assembleia-Geral para destituição da direção. "O Conselho Vitoriano, por unanimidade, considerou que o pedido apresentado é manifestamente inoportuno, tendo em conta a atual situação do Vitória Futebol Clube", refere um comunicado lido pelo presidente daquele órgão consultivo, Giovanni Licciardello.
O órgão considera que “as direções e os órgãos sociais devem cumprir os mandatos até ao fim”, de acordo com a mesma nota, divulgada após três horas de reunião dos membros do Conselho Vitoriano, em que participaram, entre outros, os antigos presidentes do Vitória de Setúbal Fernando Pedrosa e Chumbita Nunes.
Giovanni Licciardello lembrou ainda o clube se encontra em fase de aprovação e implementação do PER (Programa Especial de Revitalização), que considerou ser "um instrumento indispensável para que se consiga alcançar a estabilidade financeira absolutamente necessária para os destinos do Vitória Futebol Clube".
No final da reunião do Conselho Vitoriano, o presidente da Mesa da Assembleia-geral do Vitória de Setúbal, Frederico Nascimento, disse apenas que ouviu atentamente os conselheiros e que vai decidir em breve sobre a realização da Assembleia-Geral requerida por pouco mais de uma centena de associados.
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