Festa da Orientação trouxe os melhores atletas da Europa a Palmela e Sesimbra
Acabam hoje, em Quinta do Anjo, os europeus de Orientação que trouxe a Palmela e Sesimbra a elite da modalidade. O momento alto da competição aconteceu no último domingo onde centenas de pessoas assistiram à cerimónia de abertura da competição. Em pleno coração da vila de Palmela estiveram as delegações dos 29 países europeus e ainda as delegações vindas da Austrália, Nova Zelândia e Canadá que "vieram a procura de pontos para a Taça do Mundo". A nível de medalhas, a Suiça tem dominado em Palmela, seguido de perto pelos Suecos e Dinamarqueses. Os Portugueses tem tido um registo modesto em terras de Palmela.
Desfile das Nações foi momento alto de domingo, em Palmela |
As delegações dos 29 países europeus - e os três não europeus - que participam nos Campeonatos Europeus de Orientação e de Orientação de Precisão que decorrem até hoje nos concelhos de Palmela e Sesimbra, desfilaram pelo coração da vila de Palmela, no passado dia 13 de Abril.
Ao todo estiveram em competição cerca de 750 atletas oriundos de 29 países da Europa bem como atletas da Austrália, Nova Zelândia e Canadá que, embora não competindo nos europeus, vieram pontuar para a Taça do Mundo. Neste número, englobam-se, ainda, cerca de trezentos entusiastas da modalidade, que participam no Tour, uma prova aberta que disponibiliza a utilização dos mapas e percursos dos campeonatos a todos os interessados, depois das provas oficiais.
O Desfile das Nações, pela Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, até ao Largo de S. João, acompanhado pelos gaiteiros dos Bardoada e com os estandartes a serem transportados pelas crianças das escolas do primeiro ciclo da vila, marcou, "simbolicamente, a união dos muitos atletas, países e culturas, em prol do desporto e da modalidade", diz fonte da autarquia de Palmela.
O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, foi o anfitrião da cerimónia e deu as boas-vindas ao concelho de Palmela a todos os participantes , realçando a alegria e a honra que é, para o Município de Palmela, receber atletas, equipas técnicas, acompanhantes e comunicação social "e ver, concretizados no terreno, dois anos de trabalho intenso".
Apesar do inicio da competição a serio ter sido na passada quinta-feira, em território de Sesimbra, Álvaro Amaro deixou o convite "para que desfrutem do território, com todas as suas riquezas, em particular, da Arrábida, candidata a Património Mundial, com condições excecionais para a prática de desporto de natureza".
Também Augusto Pólvora, presidente do Município de Sesimbra, onde decorreram as qualificatórias, se referiu à Arrábida e a este vasto território como destino privilegiado para a prática desportiva.
"Este território da Arrábida, e em particular Palmela e Sesimbra, tem condições únicas para este tipo de modalidade". De acordo com o presidente da Câmara de Sesimbra, "esperamos que estes campeonatos sejam os primeiros de muitos e um contributo para a promoção, tanto de Palmela como de Sesimbra, a nível internacional".
Visitantes "conquistados" pela região
Visitantes rendidos à beleza natural da região de Palmela e Sesimbra |
E na verdade, além dos 750 atletas - muitos a estagiar na região há duas semanas - os campeonatos trouxeram ao concelho mais de um milhar de pessoas. É o caso de Mario Frick, um suíço de 55 anos, que visitou Palmela "pela primeira vez" e leva Palmela "no lado esquerdo do peito". Para Frick, "tudo aqui é bom, a comida, o vinho, o clima, as paisagens e as pessoas". Regressar? "Claro, quero regressar mais vezes".
O mesmo sentimento tinham duas suecas que passeavam no centro histórico de Palmela com a bandeira do seu país pendurada nos calções. Vindas de Malmo, as irmãs Jenny e Carolina Agbonjer disseram que "esta é a terceira vez que visitam Portugal". Estiveram sempre no Algarve mas ficaram com "muita vontade" de conhecer melhor "Palmela e, sobretudo, a praia de Sesimbra". Ambas prometem voltar "com mais amigas" no final deste verão. Jenny já foi atleta de Orientação, BTT e pratica desportos radicais. Carolina é atleta profissional de salto com vara no seu país. De Palmela levam "a forma bonita das ruas, a paz e o aroma da vila". De Sesimbra, onde estão hospedadas até sexta-feira, levam "o mar, as pessoas e a boa comida" na bagagem. "O retorno está certo", disseram a sorrir enquanto mostravam a bandeira sueca, país onde nasceu a Orientação.
Coube a Owe Fredholm, representante da Federação Internacional de Orientação, dar como oficialmente abertos os Campeonatos e desejou que todos os "atletas aproveitem as oportunidades e a beleza deste magnifico lugar".
Ao longo da tarde, a animação cultural esteve a cargo de um duo da Orquestra Nova de Guitarras e da companhia DançArte, com um belíssimo espetáculo de dança área na fachada do cineteatro S. João.
Suíços, Suecos e Dinamarqueses estão a dominar a competição
Tiago Romão, um dos melhores portugueses em prova |
Os hinos nacionais da Suíça e da Suécia ouviram-se, domingo, ao final da tarde, no Largo de S. João, em Palmela. A entrega de prémios aos seis primeiros classificados das finais de sprint proporcionou momentos de entusiasmo e emoção entre atletas, team leaders e equipas técnicas das seleções nacionais.
As suíças dominaram a primeira final - de sprint feminino - do evento e levaram para casa a medalha de ouro (Judith Wyder) e de bronze (Julia Gross). A prata ficou para a ucraniana Nadiya Volynska, uma das surpresas do dia.
Em homens, o sueco Jonas Leandersson, revalidou o titulo de campeão europeu de sprint e a medalha de prata foi para outro sueco: Jerker Lysell. O suíço Martin Hubmann levou a medalha de bronze.
Apesar de nenhum atleta português ter chegado aos lugares de topo da prova, a Federação ficou satisfeita com os resultados. "Nunca tantos portugueses tinham chegado às finais de sprints dos europeus". Tiago Romão, do Pinhal Novo, foi mesmo o melhor português.
Na segunda-feira, na arena da Marateca, Suícos e Dinamarquesas dominaram as finais de distância média. Em homens, Daniel Hubmann (Suíça) ganhou a medalha de ouro, e Fabian Herter (Suíça), "orientou-se" com a medalha de prata. O francês Tierry Gueorgiou, fivou no último lugar do pódio.
Em mulheres, as dinamarquesas dominaram a arena da Marateca ao conquistarem o ouro e a prata. Signe Soes, é a campeã europeia de distância e Maja Alm, a vice-campeã. Uma das favoritas, a sueca Tove Alexandersson, ficou no último lugar do pódio.
Em distância longa, os suíços voltaram a conquistar o ouro. Em homens, Daniel Hubmann, conquistou a medalha de ouro, enquanto o norueguês Olav Lundanes ficou com a prata. O sueco Fredrik Johansson foi o último do pódio.
Em mulheres, Judith Wyder, da Suiça, ganhou mais uma medalha de ouro levando a melhor sobre a russa, Svetlana Mironova e a britânica, Catherine Taylor.
Raquel Costa (40º) e Pedro Nogueira (43º) foram os melhores portugueses em distância longa. A seleção Portuguesa realizou a sua estreia em Palmela num Campeonato da Europa de Orientação de Precisão. A Orientação de Precisão é a mais jovem disciplina no seio da Federação Internacional de Orientação e em Portugal teve inicio a 1ª Taça de Portugal em 2011. Em 3 anos a Federação Portuguesa conseguiu passar de estreante para organizador do 4ª ETOC, ainda assim, o melhor português, Jorge Baltazar, ficou no 43º lugar. A prova foi ganha por Jari Turto, da Finlândia. A prata foi para outro finlandês, Antti Rusanen e o sueco Marit Wiksel conseguiu a medalha de bronze.
Na Classe Paralimpica, suecos conquistaram ouro e prata (Michael Johansson e Ola Jansson respectivamente) e o finlandês Karolin Ohlsson ficou com o último lugar do pódio. Ricardo Pinto e Leal foram os representantes portugueses desta classe e terminaram na 31ª e 36ª posição.
Em mulheres, Judith Wyder, da Suiça, ganhou mais uma medalha de ouro levando a melhor sobre a russa, Svetlana Mironova e a britânica, Catherine Taylor.
Raquel Costa (40º) e Pedro Nogueira (43º) foram os melhores portugueses em distância longa. A seleção Portuguesa realizou a sua estreia em Palmela num Campeonato da Europa de Orientação de Precisão. A Orientação de Precisão é a mais jovem disciplina no seio da Federação Internacional de Orientação e em Portugal teve inicio a 1ª Taça de Portugal em 2011. Em 3 anos a Federação Portuguesa conseguiu passar de estreante para organizador do 4ª ETOC, ainda assim, o melhor português, Jorge Baltazar, ficou no 43º lugar. A prova foi ganha por Jari Turto, da Finlândia. A prata foi para outro finlandês, Antti Rusanen e o sueco Marit Wiksel conseguiu a medalha de bronze.
Na Classe Paralimpica, suecos conquistaram ouro e prata (Michael Johansson e Ola Jansson respectivamente) e o finlandês Karolin Ohlsson ficou com o último lugar do pódio. Ricardo Pinto e Leal foram os representantes portugueses desta classe e terminaram na 31ª e 36ª posição.
A festa da elite da Orientação termina esta tarde na Quinta do Anjo.
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