Greve na Parmalat, em Águas de Moura, com adesão total

Trabalhadores querem aumento dos ordenados em 4 por centro

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras (SITE/Sul) garante que a greve na fábrica da Parmalat em Águas de Moura, na Marateca, no concelho de Palmela, aos dias de feriado contou com a “adesão total” dos trabalhadores na sexta-feira e domingo. A origem do protesto está a proposta de atualização salarial de 0,75 por cento da empresa, contra a reivindicação dos trabalhadores que querem um aumento de 4 por cento. Esta semana os trabalhadores realizam um plenário. 

Greve paralisou fábrica da Palmalat em Águas de Moura, Palmela

“Com a decisão de realizar esta luta e com esta tão elevada participação dos trabalhadores, foi dada uma resposta à intransigência da administração, que não altera a sua proposta de aumento salarial de 0,75 por cento”, refere o sindicato em comunicado.
No final desta semana (quarta e quinta-feira), os trabalhadores realizarão plenários na unidade de produção da Parmalat, para decidir outras formas de luta a concretizar em breve, caso a administração não evolua, nas suas posições, na reunião agendada para quarta-feira de manhã.
Na origem do protesto está a proposta de atualização salarial de 0,75 por cento da empresa, contra a reivindicação dos trabalhadores que querem um aumento de 4 por cento.

Empresa tenta negociar
Com vista a conseguir um acordo para dois anos, que garanta a paz social na empresa por este período, a Parmalat decidiu ainda aumentar de 23 para 24 os dias de férias dos trabalhadores, numa proposta que vai de encontro às reivindicações dos trabalhadores.
A empresa decidiu também aumentar o subsídio de alimentação dos 5,56 para os 6,83 euros, conforme reivindicado pelo sindicato, mas pretende fazê-lo através de um cartão refeição, o que não foi aceite pela generalidade dos trabalhadores.
Os trabalhadores do centro de produção de Águas de Moura, no concelho de Palmela – onde trabalham, de acordo com o sindicato, atualmente 120 pessoas – discordam também das intenções da empresa de passar as escalas do pessoal de anuais para mensais.
A administração da Parmalat Portugal ainda não se pronunciou, até ao momento, sobre a greve e as exigências dos trabalhadores.


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