PS/Grândola critica contratação de presidente de junta pela câmara
A concelhia do PS de Grândola considerou “eticamente reprovável” que a câmara municipal tenha contratado serviços, por ajuste direto, ao presidente da Junta de Freguesia do Carvalhal, mas o presidente do município, António Figueira Mendes exige alguém com “novas ideias, potencial, espírito dinâmico e trabalhador”, características que reconhece em Ricardo Costa, o presidente contratado e que acumula, segundo o PS, "o salário de trabalhador da autarquia, presidente da junta, deputado da Assembleia Municipal de Grândola e da empresa Infratróia, na qual o município tem a maior participação". PS acusa de "imoralidade" contratação de presidente da Junta |
“Além de ética e moralmente reprovável, esta contratação levanta sérias dúvidas de imparcialidade no desempenho das funções que acumula com o exercício de presidente de Junta de Freguesia no mesmo concelho e com o desempenho do lugar de deputado municipal que lhe é dado por inerência”, afirma a estrutura socialista em comunicado enviado à agência Lusa.
A contratação do autarca do Carvalhal, Ricardo Costa (independente eleito pela CDU), por ajuste direto, para a prestação de serviços em regime de avença, foi apresentada a discussão na mais recente reunião de câmara, tendo sido aprovada com os votos favoráveis da CDU e do movimento Grândola Melhor (GM) e a oposição do PS e do Movimento Independente Por Grândola (MIG).
De acordo com a proposta do presidente da Câmara Municipal, António Figueira Mendes [também eleito pela CDU] a que a Lusa teve acesso, Ricardo Costa terá a responsabilidade de coordenar “projetos e iniciativas de desenvolvimento económico”, nas áreas agroalimentar, vitivinícola e de produção florestal.
O autarca terá também a missão de conseguir o “aproveitamento pleno do próximo quadro comunitário de apoio na área da dinamização da atividade agrícola e florestal”.
Num despacho relativo ao ajuste direto, António Figueira Mendes refere que “o município não dispõe, no seu quadro de pessoal de quem possua competências e o perfil adequado para desempenhar estas funções”.
A contratação do autarca do Carvalhal, Ricardo Costa (independente eleito pela CDU), por ajuste direto, para a prestação de serviços em regime de avença, foi apresentada a discussão na mais recente reunião de câmara, tendo sido aprovada com os votos favoráveis da CDU e do movimento Grândola Melhor (GM) e a oposição do PS e do Movimento Independente Por Grândola (MIG).
De acordo com a proposta do presidente da Câmara Municipal, António Figueira Mendes [também eleito pela CDU] a que a Lusa teve acesso, Ricardo Costa terá a responsabilidade de coordenar “projetos e iniciativas de desenvolvimento económico”, nas áreas agroalimentar, vitivinícola e de produção florestal.
O autarca terá também a missão de conseguir o “aproveitamento pleno do próximo quadro comunitário de apoio na área da dinamização da atividade agrícola e florestal”.
Num despacho relativo ao ajuste direto, António Figueira Mendes refere que “o município não dispõe, no seu quadro de pessoal de quem possua competências e o perfil adequado para desempenhar estas funções”.
"ato de irrefletida imoralidade" diz PS
Ricardo Costa irá receber cerca de 1.500 euros mensais, por um período máximo de três anos, vencimento que, segundo o PS/Grândola, o autarca acumula com os montantes que recebe por parte da Junta de Freguesia, da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal e da empresa Infratróia, na qual o município tem a maior participação.
Para os socialistas de Grândola, a contratação representa “um ato de irrefletida imoralidade do presidente da Câmara Municipal de Grândola que a propõe e do presidente da Junta de Freguesia do Carvalhal que a aceita”.
A concelhia do PS acusa ainda o PCP de “conivência total” com “um ato de profunda promiscuidade entre os interesses de Grândola e os interesses partidários”.
Contactado pela Lusa, António Figueira Mendes considerou que as críticas do PS “são respeitáveis do ponto de vista político”, mas que o assunto “não tem a carga que lhe estão a imprimir”.
Segundo o autarca, a contratação de Ricardo Costa insere-se numa “mudança de paradigma do desenvolvimento do concelho”.
“O turismo está neste momento numa fase de estagnação. A nossa base da economia é a agricultura e nós temos de agarrar nessa potencialidade e pôr os solos a produzir. Temos de ajudar as pessoas a desenvolverem projetos”, explicou o chefe do executivo de Grândola.
Para o presidente do município, o cargo exige alguém com “novas ideias, potencial, espírito dinâmico e trabalhador”, características que reconhece em Ricardo Costa.
Agência de Notícias
Para os socialistas de Grândola, a contratação representa “um ato de irrefletida imoralidade do presidente da Câmara Municipal de Grândola que a propõe e do presidente da Junta de Freguesia do Carvalhal que a aceita”.
A concelhia do PS acusa ainda o PCP de “conivência total” com “um ato de profunda promiscuidade entre os interesses de Grândola e os interesses partidários”.
Contactado pela Lusa, António Figueira Mendes considerou que as críticas do PS “são respeitáveis do ponto de vista político”, mas que o assunto “não tem a carga que lhe estão a imprimir”.
Segundo o autarca, a contratação de Ricardo Costa insere-se numa “mudança de paradigma do desenvolvimento do concelho”.
“O turismo está neste momento numa fase de estagnação. A nossa base da economia é a agricultura e nós temos de agarrar nessa potencialidade e pôr os solos a produzir. Temos de ajudar as pessoas a desenvolverem projetos”, explicou o chefe do executivo de Grândola.
Para o presidente do município, o cargo exige alguém com “novas ideias, potencial, espírito dinâmico e trabalhador”, características que reconhece em Ricardo Costa.
Agência de Notícias
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