Brigada do Mar recolheu 10 toneladas de lixo e crude nas praias do concelho
A associação Brigada do Mar estimou ontem ter recolhido cerca de 10 toneladas de lixo durante uma ação voluntária de limpeza das praias do concelho de Grândola, que ficou marcada pela deteção de crude no areal. A operação de limpeza do crude, cuja origem se desconhece, foi conduzida pela Câmara de Grândola e terminou ontem. A Brigada do Mar critica as companhias petrolíferas por nunca terem apoiado o projeto que já vai no sexto ano.
A associação Brigada do Mar estimou ontem ter recolhido cerca de 10 toneladas de lixo durante uma ação voluntária de limpeza das praias do concelho de Grândola, que ficou marcada pela deteção de crude no areal. A operação de limpeza do crude, cuja origem se desconhece, foi conduzida pela Câmara de Grândola e terminou ontem. A Brigada do Mar critica as companhias petrolíferas por nunca terem apoiado o projeto que já vai no sexto ano.
Brigada do Mar retirou 10 toneladas de lixo das praias de Grândola |
Ao fazer o balanço final da iniciativa, o presidente da Brigada do Mar, Simão Acciaioli, disse à agência Lusa que as estimativas apontam para que os voluntários tenham recolhido cerca de 10 toneladas de resíduos, apesar de a contabilização exata não estar ainda feita.
“Eu diria que os números são mais baixos do que no ano passado, porque a progressão no terreno foi muito rápida e, para nós, isso é que é o indicador”, explicou Simão Acciaioli.
Este ano, referiu o dirigente, o lixo recolhido foi previamente separado por categorias em duas zonas, no Carvalhal e em Melides, o que “também serviu de sensibilização para a população”.
Depois de escolhido e separado, os resíduos serão transferidos para uma empresa no Seixal que se dedica ao fabrico de mobiliário urbano e outros produtos a partir da reciclagem de plásticos, o que, para os voluntários, é "um motivo acrescido de regozijo", porque do lixo nasce outra vida.
A iniciativa da Brigada do Mar, que decorreu durante 15 dias e terminou no passado domingo, deveria ter percorrido os 45 quilómetros de frente atlântica do concelho alentejano, entre Melides e Tróia.
“Eu diria que os números são mais baixos do que no ano passado, porque a progressão no terreno foi muito rápida e, para nós, isso é que é o indicador”, explicou Simão Acciaioli.
Este ano, referiu o dirigente, o lixo recolhido foi previamente separado por categorias em duas zonas, no Carvalhal e em Melides, o que “também serviu de sensibilização para a população”.
Depois de escolhido e separado, os resíduos serão transferidos para uma empresa no Seixal que se dedica ao fabrico de mobiliário urbano e outros produtos a partir da reciclagem de plásticos, o que, para os voluntários, é "um motivo acrescido de regozijo", porque do lixo nasce outra vida.
A iniciativa da Brigada do Mar, que decorreu durante 15 dias e terminou no passado domingo, deveria ter percorrido os 45 quilómetros de frente atlântica do concelho alentejano, entre Melides e Tróia.
Mancha de crude na costa de Grândola
Equipas recolheram mais de 2 toneladas de crude em quatro dias |
No entanto, devido à deteção de crude, na passada sexta-feira, numa extensão de 10 quilómetros, entre as praias da Aberta Nova e do Pinheirinho, a equipa de voluntários teve de desistir da limpeza da zona entre a Comporta e Tróia.
De acordo com o responsável, terão sido removidas cerca de duas toneladas de crude do areal, que foi “literalmente varrido” por várias dezenas de voluntários durante o fim de semana.
No entanto, no domingo, quando já se preparavam para regressar às suas casas, encontraram um novo foco de poluição com crude, um pouco mais a norte da zona que tinha sido limpa, "numa extensão aproximada de dois quilómetros, entre as praias da Raposa e do Pego", indicou o responsável da Brigada do Mar.
A limpeza dessa zona, que terminou ontem ao início da tarde, foi efetuada por nove funcionários da Câmara de Grândola e um elemento da Brigada do Mar, disse a chefe da Divisão de Ambiente do município de Grãndola, Isabel Santos.
O capitão do Porto de Setúbal referiu à Lusa que a Polícia Marítima iria “tentar investigar” a ocorrência, mas que seria “muito difícil identificar a fonte poluidora”, sendo que as autoridades apontam para um caso de lavagem de tanques de navio petroleiro.
Para Simão Accioli, a situação “tem a sua ironia”, uma vez que, nos últimos seis anos, desde que começaram a fazer a limpeza da costa de Grândola, têm pedido às “principais” companhias petrolíferas “ajuda” para a nível de combustível para os veículos de apoio, que é pago pelos voluntários, mas estas “dizem sempre que não é oportuno”.
Agora, concluiu o responsável da Brigada do Mar, "depois de andar a tirar dinheiro do nosso bolso para limpar o crude, que é de onde as ditas empresas ganham dinheiro”, estas mesmas empresas pouco - ou nada - dizem e contribuem para um mar mais limpo.
No entanto, no domingo, quando já se preparavam para regressar às suas casas, encontraram um novo foco de poluição com crude, um pouco mais a norte da zona que tinha sido limpa, "numa extensão aproximada de dois quilómetros, entre as praias da Raposa e do Pego", indicou o responsável da Brigada do Mar.
A limpeza dessa zona, que terminou ontem ao início da tarde, foi efetuada por nove funcionários da Câmara de Grândola e um elemento da Brigada do Mar, disse a chefe da Divisão de Ambiente do município de Grãndola, Isabel Santos.
O capitão do Porto de Setúbal referiu à Lusa que a Polícia Marítima iria “tentar investigar” a ocorrência, mas que seria “muito difícil identificar a fonte poluidora”, sendo que as autoridades apontam para um caso de lavagem de tanques de navio petroleiro.
Para Simão Accioli, a situação “tem a sua ironia”, uma vez que, nos últimos seis anos, desde que começaram a fazer a limpeza da costa de Grândola, têm pedido às “principais” companhias petrolíferas “ajuda” para a nível de combustível para os veículos de apoio, que é pago pelos voluntários, mas estas “dizem sempre que não é oportuno”.
Agora, concluiu o responsável da Brigada do Mar, "depois de andar a tirar dinheiro do nosso bolso para limpar o crude, que é de onde as ditas empresas ganham dinheiro”, estas mesmas empresas pouco - ou nada - dizem e contribuem para um mar mais limpo.
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