“O que eles querem é, do lixo tirar lucro”
A primeira reunião do Ciclo das Freguesias – Juntos Dizemos Não à Privatização dos Resíduos – teve lugar no Grupo Dramático e Recreativo “Os Leças”, na noite de 5 de Maio. Os destinatários deste primeiro encontro foram as populações do Alto do Seixalinho, Santo e Verderena. Os autarcas do Barreiro "dizem não" à privatização do lixo e "convocam" a população para a "luta". Da primeira reunião saiu um compromisso: "Não vamos desistir". Em cima da mesa, o Governo tem em marcha a privatização do 51 por cento do capital da empresa. As autarquias da região são detentoras dos restantes 49 por cento, ou seja, a minoria da empresa.
A primeira reunião do Ciclo das Freguesias – Juntos Dizemos Não à Privatização dos Resíduos – teve lugar no Grupo Dramático e Recreativo “Os Leças”, na noite de 5 de Maio. Os destinatários deste primeiro encontro foram as populações do Alto do Seixalinho, Santo e Verderena. Os autarcas do Barreiro "dizem não" à privatização do lixo e "convocam" a população para a "luta". Da primeira reunião saiu um compromisso: "Não vamos desistir". Em cima da mesa, o Governo tem em marcha a privatização do 51 por cento do capital da empresa. As autarquias da região são detentoras dos restantes 49 por cento, ou seja, a minoria da empresa.
Autarcas do Barreiro explicam à população a privatização da Amarsul |
“É importante que estejamos conscientes daquilo que nos querem fazer” disse, para começar a reunião, Carlos Moreira, Presidente da União das Freguesias do Alto do Seixalinho, Santo e Verderena. “Assistimos a um processo em que o Governo quer privatizar os ‘lixos’, ou seja, quer privatizar a empresa [a Amarsul] que hoje é pública e que gere os resíduos que nós produzimos. Trata-se de uma empresa que é economicamente viável, sustentável, financeiramente estável, e da qual são acionistas os nove municípios da Península da Setúbal. E tudo porque querem fazer fortuna à conta daquilo que é público”, referiu o presidente da Junta.
Sofia Martins, Vice-Presidente da autarquia do Barreiro, contextualizou este assunto dizendo que os passos para a privatização da Amarsul, são hoje, passos acelerados. “Esta empresa já se encontra em processo de privatização. Por isso, o que pretendemos hoje, aqui, é fazer duas coisas, uma reunião de esclarecimento e um pedido de ajuda para que possam fazer passar a palavra”.
A autarca explicou que desde o início a Câmara do Barreiro assumiu uma posição ‘contra’ esta privatização e assumiu-a junto de 174 municípios do País, de todas as cores políticas. "Mas mesmo assim, e embora, todos os municípios, a uma só voz, já tenham dito não, parece que isso já não chega. É uma ofensiva tamanha. Para a combater, vamos precisar das nossas populações para connosco lutarem”, referiu Sofia Martins.
Carlos Humberto, chefe do executivo municipal, referiu que estas são matérias muito importantes à vida de todos. Resumindo e utilizando uma linguagem de fácil compreensão, o autarca disse que “o que eles querem é, do lixo tirar lucro”.
Sofia Martins, Vice-Presidente da autarquia do Barreiro, contextualizou este assunto dizendo que os passos para a privatização da Amarsul, são hoje, passos acelerados. “Esta empresa já se encontra em processo de privatização. Por isso, o que pretendemos hoje, aqui, é fazer duas coisas, uma reunião de esclarecimento e um pedido de ajuda para que possam fazer passar a palavra”.
A autarca explicou que desde o início a Câmara do Barreiro assumiu uma posição ‘contra’ esta privatização e assumiu-a junto de 174 municípios do País, de todas as cores políticas. "Mas mesmo assim, e embora, todos os municípios, a uma só voz, já tenham dito não, parece que isso já não chega. É uma ofensiva tamanha. Para a combater, vamos precisar das nossas populações para connosco lutarem”, referiu Sofia Martins.
Carlos Humberto, chefe do executivo municipal, referiu que estas são matérias muito importantes à vida de todos. Resumindo e utilizando uma linguagem de fácil compreensão, o autarca disse que “o que eles querem é, do lixo tirar lucro”.
Para além da real possibilidade de vermos subir as tarifas da fatura do consumidor final, se esta privatização tiver lugar, "também os direitos dos trabalhadores serão postos em causa" alertou Carlos Humberto, enfatizando em seguida que “eles não podem fazer aquilo que querem, nós não podemos deixar que isso aconteça. Temos que lutar para parar este processo”.
Daí que, também o presidente do Município, tenha apelado à audiência para que esta possa esclarecer e passar a palavra sobre este assunto, junto de familiares e amigos. “Se surgirem dúvidas, nós cá estaremos para as ajudar a esclarecer”, diz Carlos Humberto.
"Colocar ‘pedras’ nesta engrenagem"
No imediato, os nove municípios que integram a Amarsul [Sesimbra, Setúbal, Palmela, Alcochete, Montijo, Moita, Seixal, Almada e Barreiro] e porque se têm deparado com uma manifesta incapacidade de dialogar com o Governo, contrataram vários juristas que estão a trabalhar nestas matérias. “Nós não desistimos”, disse Sofia Martins, “e estamos a lutar juridicamente para conseguirmos colocar ‘pedras’ nesta engrenagem. Mas, sou honesta, nós temos armas diferentes, estamos a lutar com pedras, contra armas. Mas se são pedras que temos, são pedras que arremessaremos. Este é o compromisso que aqui deixo. Não vamos desistir”.
Recorde-se que, depois de ter sido publicamente divulgada a decisão do Estado Português de privatizar a Empresa Geral de Fomento (EGF) e, por conseguinte, 51 por cento da Amarsul, empresa que detém a exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos dos nove municípios da Região de Setúbal, a Câmara do Barreiro [tal como as restantes autarquias do distrito de Setúbal] tem vindo a manifestar, claramente, uma posição contrária à alienação do capital da EGF.
No âmbito deste Ciclo está, igualmente, agendada para a próxima sexta-feira, dia 9 de Maio, a partir das 21 horas, no Santoantoniense Futebol Clube, uma reunião com as populações de Santo António da Charneca, Palhais e Coina.
No imediato, os nove municípios que integram a Amarsul [Sesimbra, Setúbal, Palmela, Alcochete, Montijo, Moita, Seixal, Almada e Barreiro] e porque se têm deparado com uma manifesta incapacidade de dialogar com o Governo, contrataram vários juristas que estão a trabalhar nestas matérias. “Nós não desistimos”, disse Sofia Martins, “e estamos a lutar juridicamente para conseguirmos colocar ‘pedras’ nesta engrenagem. Mas, sou honesta, nós temos armas diferentes, estamos a lutar com pedras, contra armas. Mas se são pedras que temos, são pedras que arremessaremos. Este é o compromisso que aqui deixo. Não vamos desistir”.
Recorde-se que, depois de ter sido publicamente divulgada a decisão do Estado Português de privatizar a Empresa Geral de Fomento (EGF) e, por conseguinte, 51 por cento da Amarsul, empresa que detém a exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos dos nove municípios da Região de Setúbal, a Câmara do Barreiro [tal como as restantes autarquias do distrito de Setúbal] tem vindo a manifestar, claramente, uma posição contrária à alienação do capital da EGF.
No âmbito deste Ciclo está, igualmente, agendada para a próxima sexta-feira, dia 9 de Maio, a partir das 21 horas, no Santoantoniense Futebol Clube, uma reunião com as populações de Santo António da Charneca, Palhais e Coina.
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