Trabalhadores da Compelmada e da Metalsines querem receber salários
Trabalhadores da Compelmada e da Metalsines decidiram avançar com uma queixa-crime no Ministério Público contra ambas as empresas, de Sines, “por o pagamento dos salários em dívida não ser feito de forma rateada”, anunciou esta semana a estrutura sindical. Os trabalhadores anunciaram ainda uma greve para a próxima segunda-feira e um protesto na sede da empresa, em Lisboa.
Os trabalhadores marcaram também uma concentração para o dia 26 deste mês, junto à sede, em Lisboa, do Grupo FTM, que detém as empresas, para “dar conhecimento público da situação”, adiantou o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (Site Sul) em comunicado enviado à agência Lusa.
Os funcionários da Compelmada Internacional e da Metalsines pretendem ainda reclamar, junto da administração do grupo empresarial, “o pagamento dos salários em dívida, uma melhor gestão e a defesa das empresas e dos postos de trabalho”, pode ler-se no documento.
As decisões foram tomadas durante um plenário realizado em Sines, que reuniu mais de 50 funcionários das duas empresas da área da metalomecânica, esclareceu Américo Flor, dirigente do Site Sul, que os representa.
A estrutura sindical afirma, no comunicado, que as empresas “são viáveis e necessárias”, mas considera que “não se verifica qualquer preocupação da administração quanto ao seu futuro”.
As empresas “estão perante uma quase total ausência de gestão, muito próximo de uma gestão danosa, já que não há organização interna”, acrescentam.
A situação tem consequências para os trabalhadores, pois os que foram admitidos este ano “têm todos os salários e subsídios pagos”, enquanto os “mais antigos” encontram-se com pagamentos em atraso.
Administração em silêncio
De acordo com a nota do sindicato, há funcionários que ainda não receberam o subsídio de Natal de 2012, nem os meses de Dezembro de 2013 e Janeiro a Abril de 2014, não sendo a situação igual para todos.
A Lusa tentou ouvir o diretor-geral das duas empresas, João Pedro Machado, mas as várias tentativas revelaram-se infrutíferas até ao final da tarde de ontem.
Há cerca de três meses, o responsável das empresas assumiu à Lusa que a metalomecânica Compelmada Internacional está “a passar por momentos complicados” e que 34 dos cerca de 80 trabalhadores com ordenados em atraso tinham suspendido os seus contratos de trabalho.
Segundo o gestor, a medida daria tempo à empresa para resolver os problemas existentes, entre os quais a falta de trabalho.
Na Metalsines, especializada no fabrico de vagões para transporte ferroviário, haveria também problemas, embora “de mais fácil resolução”, por a empresa ter “uma estrutura mais pequena”, referiu o responsável.
João Pedro Machado garantiu ainda que, apesar da situação da Compelmada Internacional, a administração não tencionava encerrá-la, até porque “anda há um ano a despender de fundos próprios para liquidação de obrigações da empresa”.
Trabalhadores da Compelmada e da Metalsines decidiram avançar com uma queixa-crime no Ministério Público contra ambas as empresas, de Sines, “por o pagamento dos salários em dívida não ser feito de forma rateada”, anunciou esta semana a estrutura sindical. Os trabalhadores anunciaram ainda uma greve para a próxima segunda-feira e um protesto na sede da empresa, em Lisboa.
Trabalhadores de duas empresas de Sines não recebem salário |
Os trabalhadores marcaram também uma concentração para o dia 26 deste mês, junto à sede, em Lisboa, do Grupo FTM, que detém as empresas, para “dar conhecimento público da situação”, adiantou o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (Site Sul) em comunicado enviado à agência Lusa.
Os funcionários da Compelmada Internacional e da Metalsines pretendem ainda reclamar, junto da administração do grupo empresarial, “o pagamento dos salários em dívida, uma melhor gestão e a defesa das empresas e dos postos de trabalho”, pode ler-se no documento.
As decisões foram tomadas durante um plenário realizado em Sines, que reuniu mais de 50 funcionários das duas empresas da área da metalomecânica, esclareceu Américo Flor, dirigente do Site Sul, que os representa.
A estrutura sindical afirma, no comunicado, que as empresas “são viáveis e necessárias”, mas considera que “não se verifica qualquer preocupação da administração quanto ao seu futuro”.
As empresas “estão perante uma quase total ausência de gestão, muito próximo de uma gestão danosa, já que não há organização interna”, acrescentam.
A situação tem consequências para os trabalhadores, pois os que foram admitidos este ano “têm todos os salários e subsídios pagos”, enquanto os “mais antigos” encontram-se com pagamentos em atraso.
Administração em silêncio
De acordo com a nota do sindicato, há funcionários que ainda não receberam o subsídio de Natal de 2012, nem os meses de Dezembro de 2013 e Janeiro a Abril de 2014, não sendo a situação igual para todos.
A Lusa tentou ouvir o diretor-geral das duas empresas, João Pedro Machado, mas as várias tentativas revelaram-se infrutíferas até ao final da tarde de ontem.
Há cerca de três meses, o responsável das empresas assumiu à Lusa que a metalomecânica Compelmada Internacional está “a passar por momentos complicados” e que 34 dos cerca de 80 trabalhadores com ordenados em atraso tinham suspendido os seus contratos de trabalho.
Segundo o gestor, a medida daria tempo à empresa para resolver os problemas existentes, entre os quais a falta de trabalho.
Na Metalsines, especializada no fabrico de vagões para transporte ferroviário, haveria também problemas, embora “de mais fácil resolução”, por a empresa ter “uma estrutura mais pequena”, referiu o responsável.
João Pedro Machado garantiu ainda que, apesar da situação da Compelmada Internacional, a administração não tencionava encerrá-la, até porque “anda há um ano a despender de fundos próprios para liquidação de obrigações da empresa”.
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