Reposição de areia não sossega concessionários das praias da Costa de Caparica
Os concessionários das praias da Costa de Caparica, em Almada, dizem que a reposição de areias, que terminou na semana passada, não é solução para impedir o avanço da água, e receiam reviver o "drama" do último inverno devido às tempestades. Os concessionários criticam ainda o facto de a reposição de areia ter sido feita durante o verão, o que prejudicou o negócio. O secretário de Estado do Ambiente assegura que estão reunidas as condições necessárias até ao final da época balnear, e garantiu que as praias da Caparica "estão agora mais resistentes e preparadas para fazer face a futuras intempéries". A autarquia de Almada está satisfeita pelo fim da obra mas lembra que há necessidade de se “prosseguirem com as intervenções de reparação e consolidação de estruturas costeiras, de concluir o plano de desenvolvimento estratégico da Costa de Caparica", refere o gabinete da presidência.
"Uma semana depois de a praia estar pronta, o mar voltou a chegar ao paredão e a areia ficou toda submersa. Se agora não há ondas e o mar já chegou outra vez às rochas, dias após eles terem terminado a reposição de areias neste local, como é que vai ser no inverno", questiona Patrícia Clinton, uma das concessionárias da Praia do Norte.
A proprietária de um café/restaurante conta que teve um prejuízo de mais de 60 mil euros por causa das inundações do último inverno. Para a comerciante, a empreitada de cinco milhões de euros para repor um milhão de metros cúbicos de areia nas praias da frente urbana da Costa de Caparica e São João, não resolve o problema.
Almada quer continuação do programa polis na Costa
A Câmara de Almada “saúda a intervenção de enchimento artificial das praias da frente urbana da Costa de Caparica” e realça a “extraordinária importância que a conclusão do processo de recuperação do areal na frente urbana e das praias representa”. Os trabalhos de intervenção das praias da Costa da Caparica começaram no início do mês de Julho.
No entanto, a autarquia considera que há necessidade de se “prosseguirem com as intervenções de reparação e consolidação de estruturas costeiras, de concluir o plano de desenvolvimento estratégico da Costa de Caparica e os instrumentos de gestão do território e corrigir as intervenções realizadas no âmbito do programa do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente (Polis)”, refere fonte do gabinete da presidência do município.
Agência de Notícias
Os concessionários das praias da Costa de Caparica, em Almada, dizem que a reposição de areias, que terminou na semana passada, não é solução para impedir o avanço da água, e receiam reviver o "drama" do último inverno devido às tempestades. Os concessionários criticam ainda o facto de a reposição de areia ter sido feita durante o verão, o que prejudicou o negócio. O secretário de Estado do Ambiente assegura que estão reunidas as condições necessárias até ao final da época balnear, e garantiu que as praias da Caparica "estão agora mais resistentes e preparadas para fazer face a futuras intempéries". A autarquia de Almada está satisfeita pelo fim da obra mas lembra que há necessidade de se “prosseguirem com as intervenções de reparação e consolidação de estruturas costeiras, de concluir o plano de desenvolvimento estratégico da Costa de Caparica", refere o gabinete da presidência.
Reposição de areias na Caparica não convence concessionários |
"Uma semana depois de a praia estar pronta, o mar voltou a chegar ao paredão e a areia ficou toda submersa. Se agora não há ondas e o mar já chegou outra vez às rochas, dias após eles terem terminado a reposição de areias neste local, como é que vai ser no inverno", questiona Patrícia Clinton, uma das concessionárias da Praia do Norte.
A proprietária de um café/restaurante conta que teve um prejuízo de mais de 60 mil euros por causa das inundações do último inverno. Para a comerciante, a empreitada de cinco milhões de euros para repor um milhão de metros cúbicos de areia nas praias da frente urbana da Costa de Caparica e São João, não resolve o problema.
"Havendo um inverno rigoroso, acredito que haja novamente o drama que vivemos no ano passado. Imagine o pânico em que os concessionários vivem ao ver o património de anos de trabalho ir literalmente por água abaixo", disse Patrícia Clinton. A mesma opinião é partilhada por vários concessionários ouvidos pela agência Lusa.
Carlos Brumm diz que a obra que terminou no final da semana passada "não é solução", e que está a pensar vender o estabelecimento comercial, com receio de que se repita o cenário do último inverno.
Os comerciantes não entendem como é que, desde 2009, nunca mais foi reposta a areia nas praias da Caparica, até este ano.
Os concessionários criticam ainda o facto de a reposição de areia ter sido feita durante o verão, o que prejudicou o negócio em Junho, Julho e parte de Agosto. A empreitada iniciou-se a 27 de Junho e terminou a 20 de Agosto; uma semana antes do inicialmente previsto.
Governo relembra os riscos dos negócios de praia
O secretário de Estado do Ambiente visitou a Costa de Caparica para assinalar o fim da empreitada e explicar que a mesma só podia ter sido realizada no verão, por razões técnicas e processuais.
Paulo Lemos disse aos jornalistas que estão reunidas as condições necessárias até ao final da época balnear, e garantiu que as praias da Costa de Caparica estão agora mais resistentes e preparadas para fazer face a futuras intempéries.
Questionado sobre os prejuízos dos concessionários provocados pelo mau tempo, o governante falou nos fatores de risco associados a este negócio.
"É o risco de quem está num negócio numa zona que tem, por um lado, um fator de risco, mas por outro lado tem grandes vantagens em relação a um restaurante que seja numa rua de Lisboa ou de Almada. Não nos podemos esquecer que as pessoas têm um espaço privilegiado, à beira-mar, que, no verão e no inverno, é visitado. Agora, associados a estas vantagens, há riscos inerentes e as pessoas têm de ter consciência dessa situação", sublinhou o secretário de Estado.
Paulo Lemos assegura, contudo, que está de consciência tranquila em relação às medidas adotadas para solucionar o problema das inundações.
"Agora, eu, e penso que o senhor vice-presidente [da Câmara de Almada], temos a consciência limpa de que fizemos o que foi possível nas condições existentes, financeiras e de tempo, para remediar a situação que os temporais trouxeram. Acho que nem os concessionários deixarão de fazer essa justiça, pois muito rapidamente se arranjaram cinco milhões de euros e se colocou um milhão de metros cúbicos de areia nestas praias", realçou o governante.
Estas obras, que "implicaram a alimentação artificial de um milhão de metros cúbicos de areia ao longo de uma frente marítima de cerca de quatro quilómetros", custaram "cerca de cinco milhões de euros", concluiu Paulo Lemos.
O mau tempo do último inverno destruiu várias estruturas na costa portuguesa, nomeadamente na Costa de Caparica, e arrastou areias de várias praias.
Carlos Brumm diz que a obra que terminou no final da semana passada "não é solução", e que está a pensar vender o estabelecimento comercial, com receio de que se repita o cenário do último inverno.
Os comerciantes não entendem como é que, desde 2009, nunca mais foi reposta a areia nas praias da Caparica, até este ano.
Os concessionários criticam ainda o facto de a reposição de areia ter sido feita durante o verão, o que prejudicou o negócio em Junho, Julho e parte de Agosto. A empreitada iniciou-se a 27 de Junho e terminou a 20 de Agosto; uma semana antes do inicialmente previsto.
Governo relembra os riscos dos negócios de praia
O secretário de Estado do Ambiente visitou a Costa de Caparica para assinalar o fim da empreitada e explicar que a mesma só podia ter sido realizada no verão, por razões técnicas e processuais.
Paulo Lemos disse aos jornalistas que estão reunidas as condições necessárias até ao final da época balnear, e garantiu que as praias da Costa de Caparica estão agora mais resistentes e preparadas para fazer face a futuras intempéries.
Questionado sobre os prejuízos dos concessionários provocados pelo mau tempo, o governante falou nos fatores de risco associados a este negócio.
"É o risco de quem está num negócio numa zona que tem, por um lado, um fator de risco, mas por outro lado tem grandes vantagens em relação a um restaurante que seja numa rua de Lisboa ou de Almada. Não nos podemos esquecer que as pessoas têm um espaço privilegiado, à beira-mar, que, no verão e no inverno, é visitado. Agora, associados a estas vantagens, há riscos inerentes e as pessoas têm de ter consciência dessa situação", sublinhou o secretário de Estado.
Paulo Lemos assegura, contudo, que está de consciência tranquila em relação às medidas adotadas para solucionar o problema das inundações.
"Agora, eu, e penso que o senhor vice-presidente [da Câmara de Almada], temos a consciência limpa de que fizemos o que foi possível nas condições existentes, financeiras e de tempo, para remediar a situação que os temporais trouxeram. Acho que nem os concessionários deixarão de fazer essa justiça, pois muito rapidamente se arranjaram cinco milhões de euros e se colocou um milhão de metros cúbicos de areia nestas praias", realçou o governante.
Estas obras, que "implicaram a alimentação artificial de um milhão de metros cúbicos de areia ao longo de uma frente marítima de cerca de quatro quilómetros", custaram "cerca de cinco milhões de euros", concluiu Paulo Lemos.
O mau tempo do último inverno destruiu várias estruturas na costa portuguesa, nomeadamente na Costa de Caparica, e arrastou areias de várias praias.
Almada quer continuação do programa polis na Costa
A Câmara de Almada “saúda a intervenção de enchimento artificial das praias da frente urbana da Costa de Caparica” e realça a “extraordinária importância que a conclusão do processo de recuperação do areal na frente urbana e das praias representa”. Os trabalhos de intervenção das praias da Costa da Caparica começaram no início do mês de Julho.
No entanto, a autarquia considera que há necessidade de se “prosseguirem com as intervenções de reparação e consolidação de estruturas costeiras, de concluir o plano de desenvolvimento estratégico da Costa de Caparica e os instrumentos de gestão do território e corrigir as intervenções realizadas no âmbito do programa do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente (Polis)”, refere fonte do gabinete da presidência do município.
Agência de Notícias
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