Desemprego recua ligeiramente em Setúbal

Região de Setúbal tem 68 mil e 58 desempregados inscritos nos centros de emprego 

A taxa de desemprego em Portugal fixou-se, em Junho, nos 14,1 por cento, de acordo com os dados do Eurostat. Esta taxa tem vindo a cair desde Abril de 2013, situando-se já em mínimos de 29 meses. No passado mês de Junho havia 723 mil portugueses sem trabalho, menos 13 mil do que no mês anterior, o que fez com que a taxa de desemprego voltasse a cair no País, para 14,1 por cento. Em Maio estava nos 14,3 por cento segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat. Em Junho a taxa de desemprego no Distrito de Setúbal registou um valor de 17 por cento, estando nesta altura 62 mil e 58 desempregados inscritos nos Centros de Emprego do distrito. Em relação ao mês anterior a percentagem da taxa de desemprego diminuiu 0,6 décimas. No entanto, o desemprego entre as mulheres subiu tal como nos jovens licenciados. O ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou que a descida da taxa de desemprego para 14,1 por cento é positiva, acrescentando que o Governo mantém uma "grande humildade" perante um nível de desemprego que considera ainda "muito alto".


Desemprego cai em Portugal mas os números ainda são "altos"

Nos centros de emprego do distrito de Setúbal há, neste momento, mais de 62 mil pessoas inscritas à procura de trabalho. Ou seja, 17 por cento da população ativa da região. Ainda assim, em relação ao mês anterior, a percentagem da taxa de desemprego diminuiu 0,6 décimas.
O desemprego feminino representava, 53,4 por cento do desemprego, sendo de 20 a percentagem dos desempregados com idade superior a 55 anos e de 45,4 a percentagem dos desempregados de longa duração.
Os jovens, até aos 25 anos de idade representavam 9,9 por cento do desemprego e os desempregados com formação académica superior representavam 10,9 por cento.
Em relação ao mês anterior verificou-se um aumento da percentagem do desemprego de mulheres, dos desempregados com idade superior a 55 anos e dos desempregados com habilitações académicas superiores e uma diminuição na percentagem do desemprego de longa duração e dos jovens.
"A ligeira redução do número de desempregados inscritos, verificada em Junho, não significa que o problema do desemprego esteja a ser resolvido", garante a União dos Sindicatos de Setúbal, afecto à CGTP em comunicado.
"A ausência de qualquer medida de relançamento da actividade produtiva, de melhoria dos salários, incluindo o salário mínimo nacional não abre qualquer perspectiva à resolução desta chaga social, bem pelo contrário, perspectiva o seu agravamento", conclui  a União dos Sindicatos de Setúbal.

Portugal recupera 143 mil empregos num ano 

Desde o Verão do ano passado que a taxa de desemprego vem recuando de forma quase ininterrupta. Em Junho, desceu mais três décimas, para os 14,1 por cento, mostram os dados publicados ontem pelo Eurostat. Ou seja, a economia nacional conta agora com 723 mil desempregados. Há um ano, a taxa estava em 16,6 por cento, o que significava 886 mil pessoas sem emprego.
A taxa de desemprego tem vindo a recuar em Portugal há 14 meses consecutivos e atinge agora mínimos de 29 meses. Só em Novembro de 2011 a taxa foi mais baixa (14 por cento), segundo o gabinete de estatísticas da Comissão Europeia.
A descida está em linha com o que se vem verificando nos últimos meses na Europa, onde a economia começa lentamente a dar sinais de querer recuperar. De acordo com o gabinete estatístico de Bruxelas, a taxa de desemprego recuou uma décima na zona euro, situando-se em 11,5 por cento em Junho.
Já na União Europeia o desemprego recuou para 10,2 por cento, também uma descida de uma décima face a Maio.
Apesar da descida, Portugal continua a ser o quarto país da zona euro com taxa de desemprego mais elevada, atrás de Grécia, Espanha e Chipre. Há um ano havia mais 143 mil desempregados. Nesta comparação homóloga Portugal apresenta o maior recuo entre todos os Estados-membros da União Europeia, de 2,5 pontos percentuais, à frente da Hungria (descida de 2,3 pontos), da Irlanda (1,8) e da Espanha (1,7).
Olhando para o desemprego jovem, também essa taxa tem vindo a cair. Em Junho atingia 33,5% da população activa entre os 15 e os 24 anos, ou seja, 128 mil jovens.

Governo ainda acha números "muito altos" 
O ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou ontem que a descida da taxa de desemprego para 14,1 por cento é positiva, acrescentando que o Governo mantém uma "grande humildade" perante um nível de desemprego que considera ainda "muito alto".
O governante, que falava à margem da apresentação de um estudo sobre o acordo comercial que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos, considerou que os "números muito positivos" significam "maior confiança" do setor privado e maior disponibilidade para contratar pessoas, mas acrescentou que o objetivo do Governo é continuar a diminuir a taxa de desemprego.
"É preciso continuarmos com uma atitude de grande humildade porque 14,1 por cento de desemprego é muito melhor do que 17,7 por cento, que era aquilo que tínhamos há 18 meses, mas continua a ser um nível de desemprego muito alto", sublinhou.
Pires de Lima acrescentou que o Governo tem "perfeita consciência e sensibilidade social para perceber que, apesar da enorme melhoria que existiu ao longo do último ano, há muitas pessoas em Portugal que querem trabalhar" e continuam sem encontrar emprego, ficando privadas "de uma parte muito importante da sua dignidade".

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