“Falta de materiais” no Hospital Garcia de Orta preocupa comunistas
O Partido Comunista Português manifesta a sua preocupação com “a falta de roupa para o banho e para a cama” no Hospital Garcia de Orta, em Almada, que coloca “sérios riscos no que se refere a higiene”. De acordo com os comunistas, "não há toalhas para os doentes internados se limparem após o banho, limpando-se a lençóis. Foram relatadas situações em que por vezes não há lençóis lavados suficientes". A situação passa-se um pouco "por todos os serviços do hospital". O funcionamento dos serviços com roupa insuficiente, diz o PCP, "coloca sérios riscos no que se refere à higiene, mas também no controlo de infeções hospitalares". Paula Santos, deputada do PCP, refere que o Governo deve “efetivamente assegurar as condições de higiene dos hospitais”. Os deputados comunistas também quiseram saber como justifica o Governo que no serviço de especialidades médicas não sejam garantidas as condições de funcionamento adequadas.
PCP revela que há falta de roupa de banho e de cama no hospital |
“Os sucessivos cortes nos orçamentos dos hospitais e a aplicação da lei dos compromissos e dos pagamentos em atraso criaram constrangimentos diários nos serviços hospitalares, nomeadamente ao nível do seu funcionamento básico”. Os deputados do PCP eleitos por Setúbal no Parlamento, Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias, afirmam que o governo tem a responsabilidade de “garantir o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde”.
Os deputados dizem ainda que há “uma degradação de resposta ao nível de necessidades dos utentes e ao Serviço Nacional de Saúde” e afirma que o Governo deve “tomar medidas para criar condições adequadas” para garantir “o adequado funcionamento dos serviços”. Os parlamentares pedem esclarecimentos ao Governo questionando “como é possível os hospitais chegarem a esta situação”.
Explicam os comunistas em comunicado que "como o Hospital Garcia de Orta, adjudicou a lavagem da roupa a uma empresa, há uma enorme pressão para reduzir a roupa, designadamente os 'quilos' de roupa para lavagem, porque o custo está associado aos quilos de roupa entregues à empresa".
Esta realidade, relembra a deputada comunista, "causa redobradas preocupações no serviço de especialidades médicas, que trata os doentes com doenças infecto-contagiosas". Neste serviço, denuncia os deputados, "há apenas uma casa de banho para os doentes internados com doenças infecto-contagiosas".
Neste serviço, relembram os deputados do PCP, "deveria existir algum recato e isolamento dos doentes, atendendo às características de cada patologia, assim como a adoção de medidas para evitar o contágio nos casos em que se justificam, estes procedimentos são absolutamente imprudentes".
Os deputados comunistas também querem saber como justifica o Governo que "no serviço de especialidades médicas não sejam garantidas as condições de funcionamento adequadas, atendendo a que algumas das patologias são contagiosas e que medidas pretende tomar para garantir o adequado funcionamento dos serviço", conclui o comunicado assinado pelos três deputados do PCP; Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias.
Agência de Notícias
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