Setúbal testa segurança em simulacro de sismo

264 crianças em exercício de sismo em hora do recreio 

Um simulacro, realizado na manhã de ontem no Centro Escolar do Bairro Afonso Costa, em Setúbal, testou os procedimentos de evacuação no caso de ocorrência de um sismo, exercício no qual participaram mais de duas centenas e meia de crianças. O simulacro promovido pela Câmara de Setúbal, através do Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros, no âmbito do Dia Internacional para a Redução de Catástrofes. “Este é um tipo de exercício realizado duas vezes por ano e que faz parte da atividade global da proteção civil, sobretudo em termos de prevenção, dinamizada no concelho”, salienta o vereador da Proteção Civil, Carlos Rabaçal, num briefing dinamizado após o simulacro.


Crianças da Escola Bairro Afonso Costa em simulacro de sismo 

O relógio marca trinta minutos depois das dez da manhã. Em horário de recreio, crianças aproveitam para brincar e tomar o primeiro lanche do dia. Saltam, correm e conversam, espalhadas pelo recinto escolar. Subitamente, a campainha toca três vezes. O sinal de alarme é imediatamente identificado pelos alunos.
À chamada de perigo, o procedimento é feito com sucesso. Dirigem-se rapidamente para o ponto de encontro definido, na área desportiva exterior da escola, local ao qual acorrem, igualmente, professores e auxiliares de educação. Em pouco tempo estão organizados por fila, a aguardar novas instruções.
Os mais pequenos juntam-se depois, até porque ainda estão em sala de aula. Também eles sabem o que fazer. Baixam-se, colocam-se debaixo das mesas, e efetuam a contagem da réplica do sismo. Tudo com coordenação da professora. Quando é seguro, vão ter com os outros ao ponto de encontro.
As 264 crianças do Centro Escolar do Bairro Afonso Costa, do pré-escolar e do 1.º ciclo, estão todas reunidas. Cada professora faz a contagem da sua turma. Não falta ninguém. O som da campainha irrompe novamente na escola. O sinal sonoro indica que está tudo bem.
Em escassos minutos, as mais de duas centenas e meia de crianças dispersam e a escola retoma a normalidade. Termina o simulacro promovido pela Câmara de Setúbal, através do Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros, no âmbito do Dia Internacional para a Redução de Catástrofes.
“Este é um tipo de exercício realizado duas vezes por ano e que faz parte da atividade global da proteção civil, sobretudo em termos de prevenção, dinamizada no concelho”, salienta o vereador da Proteção Civil, Carlos Rabaçal, num briefing dinamizado após o simulacro.

"Reação das crianças ao sinal de perigo foi muito positiva”
Carlos Rabaçal contente com reação das crianças de Setúbal 
O teste aos procedimentos e às respostas de evacuação em caso de emergência foi conduzido às 10h30 no Centro Escolar do Bairro Afonso Costa. Uma hora antes, o mesmo exercício foi realizado noutras 32 escolas do 1.º ciclo e em mais de uma dezena de estabelecimentos de ensino do 2.º ciclo e do secundário.
“Nesta escola o exercício foi realizado durante o horário de recreio porque havia a necessidade de aprimorar os procedimentos em contexto fora da sala de aula, num ambiente menos controlado”, explica o vereador, ao adiantar que o teste foi realizado com sucesso.
Carlos Rabaçal afirma que “a reação das crianças ao sinal de perigo foi muito positiva”, facto que demonstra a existência no meio escolar de “uma cultura e uma sensibilidade muito forte para a preparação e prevenção de eventuais situações de perigo iminente”.
O ponto de encontro no recinto escolar definido no plano de emergência é um espaço amplo, afastado de estruturas e de árvores, para evitar que eventuais colapsos das mesmas possam pôr em causa a integridade da comunidade escolar residente.
O balanço positivo do exercício é partilhado por Nuno Sousa, do Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros. “Os alunos corresponderam a todos os sinais que estão convencionados para resposta à probabilidade, simulada, de ocorrência de um acidente grave ou catástrofe”.
O responsável adianta que o sucesso desta iniciativa vem na “sequência do trabalho de planeamento e de preparação que tem vindo a ser realizado desde 2007 num trabalho de cooperação muito próximo entre a Câmara de Setúbal e as escolas”.
O Dia Internacional para a Redução de Catástrofes, instituído em 1989 pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, tem com o objetivo de alertar os Estados para a necessidade de adoção de políticas que visem a prevenção e a redução de danos, humanos e materiais, causados pela ocorrência de fenómenos de origem natural.

Agência de Notícias

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