O homem da minha vida
Alto e esbelto. Sempre me lembro de o ver assim. Em pequena abraçava-lhe as pernas, pois não chegava mais além desta meta. Hoje, adulta, não julguem que atingi a sua altura, mas já lhe abraço o coração. Aquele abraço de ternura que tudo cura. Abraço aconchegado por eu ser pequenina e ele, um homem de ombros largos, bem feito e bem formado. É aquele abraço que me cobre por completo, com um leve aperto. Aquele abraço de sinceridade.
O meu sonho sempre foi ser como ele, o que certamente ninguém lhe ultrapassa, não em altura, mas em personalidade. Ao menos tenho os seus olhos claros e a pele branca que até espanta qualquer raiode sol. Não é verdade meu querido avô?
Homem com “H” maiúsculo que fez de uma terra minúscula uma grande cidade – a minha doce Ribeira Grande. Lembro-me perfeitamente daquele computador ou um “televisor” onde ele escrevia. Se soubessem o orgulho que sentia, pois afinal não era qualquer avô que se adaptava às novas realidades. Hoje sinto-me radiante quando, de vez enquanto, ele me chama para confirmar e alto está “bem escrito”, se “soa” bem. Na realidade, nenhum de nós somos ícones da escrita – nem eu lhe dava um prémio só por ter escrito em torno do seu eterno amor, clube de futebol que nem vale a pena eu referir por eu ser exatamente sua adversária – mas escrevemos com extremo sentimento, o que faz de nós pessoas cobertas de sinceridade.
É quase certo que ele, neste preciso momento, esteja já em banho de lágrimas, eu bem sei como ele é. Até aposto que, se lhe telefonar, quase nem irá conseguir falar e isso, precisamente isso, é o que faz de mim igual a ele. Expressamos com faces incertas, quase incógnitas para quem não nos conhece, mas depois transbordamos uma turbulência de ideias, recheadas de visões e cobertas por emoções. Esta “receita” que transbordamos, não passa da nossa essência que tanto falamos.
Alto e esbelto. Sempre me lembro de o ver assim. Em pequena abraçava-lhe as pernas, pois não chegava mais além desta meta. Hoje, adulta, não julguem que atingi a sua altura, mas já lhe abraço o coração. Aquele abraço de ternura que tudo cura. Abraço aconchegado por eu ser pequenina e ele, um homem de ombros largos, bem feito e bem formado. É aquele abraço que me cobre por completo, com um leve aperto. Aquele abraço de sinceridade.
O meu sonho sempre foi ser como ele, o que certamente ninguém lhe ultrapassa, não em altura, mas em personalidade. Ao menos tenho os seus olhos claros e a pele branca que até espanta qualquer raiode sol. Não é verdade meu querido avô?
Homem com “H” maiúsculo que fez de uma terra minúscula uma grande cidade – a minha doce Ribeira Grande. Lembro-me perfeitamente daquele computador ou um “televisor” onde ele escrevia. Se soubessem o orgulho que sentia, pois afinal não era qualquer avô que se adaptava às novas realidades. Hoje sinto-me radiante quando, de vez enquanto, ele me chama para confirmar e alto está “bem escrito”, se “soa” bem. Na realidade, nenhum de nós somos ícones da escrita – nem eu lhe dava um prémio só por ter escrito em torno do seu eterno amor, clube de futebol que nem vale a pena eu referir por eu ser exatamente sua adversária – mas escrevemos com extremo sentimento, o que faz de nós pessoas cobertas de sinceridade.
É quase certo que ele, neste preciso momento, esteja já em banho de lágrimas, eu bem sei como ele é. Até aposto que, se lhe telefonar, quase nem irá conseguir falar e isso, precisamente isso, é o que faz de mim igual a ele. Expressamos com faces incertas, quase incógnitas para quem não nos conhece, mas depois transbordamos uma turbulência de ideias, recheadas de visões e cobertas por emoções. Esta “receita” que transbordamos, não passa da nossa essência que tanto falamos.
Beatriz Moreira da Silva
Ribeira Grande
Académica da Escola Superior de Educação de Castelo Branco
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