Associação de Futebol de Setúbal já lançou o cartão branco
Agência de Notícias
Dizem que as crianças são o futuro do amanhã e, num claro pensamento de desenvolvimento do futuro a Associação de Futebol de Setúbal decidiu começar ´de pequenino` e promover uma série de boas práticas no futebol de formação com respeito pelos valores do fairplay, com a introdução do cartão branco em seis campeonatos distritais, nos escalões de benjamins e infantis, tornando-se assim na primeira associação de Portugal a fazê-lo. Ao invés da figura castigadora dos cartões no futebol, este cartão visa motivar e premiar o comportamento correto dentro e fora do campo em relação ao adversário, tanto pelos jogadores como pelos treinadores e dirigentes. O projecto piloto arrancou este mês e um menino de Almada, num jogo entre o Almada e o Barreirense, viu o primeiro cartão branco da historia do futebol português. Um cartão que tanto árbitro como jogador gostaram. O juiz de exibi-lo, o jogador de o ter visto.
Fábio, jogador do Almada, viu cartão branco pelo fair-play que teve |
Fábio foi o primeiro jogador a receber um cartão branco. Aconteceu na partida entre o Almada e o Barreirense, a contar para a fase final do escalão de infantis da AF Setúbal, que lançou esta iniciativa para incentivar o fair play. A cartolina premiou a atitude do jogador do Almada que, depois de ter cometido uma falta perigosa sobre um adversário, apressou-se a pedir desculpa. Sensibilizado por este momento, o árbitro Rui Nunes aproximou-se do atleta almadense que, perante a novidade, não escondeu a surpresa.
Para Fábio, o cartão branco pode servir para mudar atitudes em campo e controlar os ímpetos dos mais indisciplinados. "É uma boa iniciativa para promover o fair play. Penso que, com isto, jogadores podem começar a mudar a sua atitude, sobretudo os mais indisciplinados", sublinhou o atleta juvenil do Almada.
Por seu lado, Rui Nunes estava satisfeito por ter mostrado a primeira cartolina branca e espera que isto continue nos próximos jogos. "Senti-me bem por ter dado o cartão branco. O futebol precisa disto e penso que, em qualquer desporto, todos os intervenientes, desde jogadores e treinadores a adeptos, têm de se portar bem. Não é preciso haver um cartão para que isso aconteça mas, já que existe, acho que foi uma boa ideia. Gostava de dar mais cartões brancos, seria um bom sinal", destacou o árbitro que dirigiu o jogo.
Na bancada, o presidente do conselho de arbitragem da AF Setúbal, Aníbal Guerreiro, considera que a promoção do fair play é importante num escalão complicado. "Nestas camadas, nós sabemos que são os jogos mais difíceis de apitar. Os familiares são pouco sensíveis aos erros dos árbitros jovens", concluiu o responsável pela arbitragem no distrito de Setúbal.
Cartão branco para promover boas práticas no futebol
Numa clara desmistificação da figura do árbitro e da imagem do cartão e tentando promover uma série de boas práticas em campo, a Associação de Futebol de Setúbal criou o cartão branco/fairplay, precisamente o oposto daquilo que existe, atualmente, num jogo de futebol, e que visa "reconhecer, destacar e recompensar as atitudes e comportamentos eticamente relevantes por praticantes, treinadores, dirigentes e, também, espetadores", diz a Associação de Futebol de Setúbal que iniciou o projecto piloto este mês.
O organismo que tutela o futebol na região, numa atitude inovadora, decidiu instituir o uso de um cartão branco. Ao invés da figura castigadora dos cartões no futebol, este cartão visa motivar e premiar o comportamento correto dentro e fora do campo em relação ao adversário, tanto pelos jogadores como pelos treinadores e dirigentes.
Lançado no decorrer da presente época o Cartão Branco e a atribuição dos prémio Fairplay serão aplicados em "todos os jogos das fases finais dos campeonatos distritais de futebol de 7 (sub 10,11,12 e 13) e Futsal (Infantis e Benjamins)", organizados pela Associação setubalense.
A responsabilidade da atribuição do cartão branco pertence, como é habitual, ao árbitro do jogo, "de acordo com o seu próprio critério" e deverá recorrer à sua mostragem "sempre que durante o jogo se observe uma ação ou comportamento merecedora da mesma".
Aqui surge, desde logo, uma lista peculiar e que foge completamente ao que estamos habituados em matéria de futebol e cartões, e que mais não são do que regras éticas e cívicas de comportamento, como "considerar os adversários desportivos como parceiros e não como inimigos" ou "respeitar o seu próprio corpo, bem como o dos adversários, preservando-os de qualquer ofensa à sua integridade física e mental", diz a associação.
São também premiados os repúdios à "dopagem", o reconhecimento do "valor dos adversários" bem como a felicitação "quando eles ganham o jogo/competição" e a recusa e denúncia de "fraude ou manipulação de resultados, defendendo sempre a verdade desportiva".
O objetivo é "saber utilizar a derrota como fator de melhoria" e "aprender a vencer", numa série de ações que se aplicam aos jogadores, aos treinadores e também aos dirigentes. Os cartões brancos, que não têm número limite numa partida, apenas podem ser mostrados quando o jogo estiver parado.
Tudo isto culmina no final da época com uma distinção para a equipa que tenha recebido mais cartões e, quem sabe, tornar o futebol num desporto mais solidário.Para Fábio, o cartão branco pode servir para mudar atitudes em campo e controlar os ímpetos dos mais indisciplinados. "É uma boa iniciativa para promover o fair play. Penso que, com isto, jogadores podem começar a mudar a sua atitude, sobretudo os mais indisciplinados", sublinhou o atleta juvenil do Almada.
Por seu lado, Rui Nunes estava satisfeito por ter mostrado a primeira cartolina branca e espera que isto continue nos próximos jogos. "Senti-me bem por ter dado o cartão branco. O futebol precisa disto e penso que, em qualquer desporto, todos os intervenientes, desde jogadores e treinadores a adeptos, têm de se portar bem. Não é preciso haver um cartão para que isso aconteça mas, já que existe, acho que foi uma boa ideia. Gostava de dar mais cartões brancos, seria um bom sinal", destacou o árbitro que dirigiu o jogo.
Na bancada, o presidente do conselho de arbitragem da AF Setúbal, Aníbal Guerreiro, considera que a promoção do fair play é importante num escalão complicado. "Nestas camadas, nós sabemos que são os jogos mais difíceis de apitar. Os familiares são pouco sensíveis aos erros dos árbitros jovens", concluiu o responsável pela arbitragem no distrito de Setúbal.
Cartão branco para promover boas práticas no futebol
Numa clara desmistificação da figura do árbitro e da imagem do cartão e tentando promover uma série de boas práticas em campo, a Associação de Futebol de Setúbal criou o cartão branco/fairplay, precisamente o oposto daquilo que existe, atualmente, num jogo de futebol, e que visa "reconhecer, destacar e recompensar as atitudes e comportamentos eticamente relevantes por praticantes, treinadores, dirigentes e, também, espetadores", diz a Associação de Futebol de Setúbal que iniciou o projecto piloto este mês.
O organismo que tutela o futebol na região, numa atitude inovadora, decidiu instituir o uso de um cartão branco. Ao invés da figura castigadora dos cartões no futebol, este cartão visa motivar e premiar o comportamento correto dentro e fora do campo em relação ao adversário, tanto pelos jogadores como pelos treinadores e dirigentes.
Lançado no decorrer da presente época o Cartão Branco e a atribuição dos prémio Fairplay serão aplicados em "todos os jogos das fases finais dos campeonatos distritais de futebol de 7 (sub 10,11,12 e 13) e Futsal (Infantis e Benjamins)", organizados pela Associação setubalense.
A responsabilidade da atribuição do cartão branco pertence, como é habitual, ao árbitro do jogo, "de acordo com o seu próprio critério" e deverá recorrer à sua mostragem "sempre que durante o jogo se observe uma ação ou comportamento merecedora da mesma".
Aqui surge, desde logo, uma lista peculiar e que foge completamente ao que estamos habituados em matéria de futebol e cartões, e que mais não são do que regras éticas e cívicas de comportamento, como "considerar os adversários desportivos como parceiros e não como inimigos" ou "respeitar o seu próprio corpo, bem como o dos adversários, preservando-os de qualquer ofensa à sua integridade física e mental", diz a associação.
São também premiados os repúdios à "dopagem", o reconhecimento do "valor dos adversários" bem como a felicitação "quando eles ganham o jogo/competição" e a recusa e denúncia de "fraude ou manipulação de resultados, defendendo sempre a verdade desportiva".
O objetivo é "saber utilizar a derrota como fator de melhoria" e "aprender a vencer", numa série de ações que se aplicam aos jogadores, aos treinadores e também aos dirigentes. Os cartões brancos, que não têm número limite numa partida, apenas podem ser mostrados quando o jogo estiver parado.
Agência de Notícias
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