PJ iliba polícias da morte de Nuno Pires em Setúbal

 Inquérito a morte de jovem diz que polícias estão inocentes

A investigação da Polícia Judiciária à morte de Nuno Jorge Pires – encontrado inconsciente junto à estação da CP de Setúbal na madrugada de 19 de Fevereiro e que viria a morrer três dias depois – afastou quaisquer suspeitas sobre os agentes da Equipa de Intervenção Rápida da PSP que foram filmados a identificar o jovem momentos antes. Os polícias eram, até agora, suspeitos de ter agredido a vítima à bastonada. Tudo aponta para que ‘Fantasma’, assim era conhecido o jovem, tenha morrido na sequência de uma queda acidental. Segundo diz a investigação da PJ concluiu que os agentes da PSP em questão apenas identificaram Nuno Pires depois de o verem a cambalear na rua, depois de ter deixado uma amiga na praça do Brasil. Os amigos de ‘Fantasma’ não acreditam na inocência dos agentes e ameaçam com mais protestos. Para já, a PJ não tem indícios que apontem para crime, mas a investigação ainda não está fechada. 
PJ de Setúbal  considera que morte de Nuno Pires  deveu-se a queda 

A investigação da Polícia Judiciária e o resultado da autópsia ilibam os agentes da PSP suspeitos de terem agredido o jovem Nuno Pires, em Setúbal, disse hoje à agência Lusa o director da PJ de Setúbal, Vítor Paiva.
"Está completamente excluída a hipótese de a causa da morte [do jovem Nuno Pires] ter sido uma agressão por parte da Polícia de Segurança Pública", afirmou o responsável da PJ.
Segundo Vítor Paiva, as lesões que Nuno Pires apresentava são, todas elas, justificadas por uma causa acidental, uma queda, ou pela intervenção no hospital para o entubar, e nada aponta para que a PSP seja responsável pela morte do jovem, que ocorreu a 22 de Fevereiro, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, para onde tinha sido transferido.
Embora não haja imagens do momento da queda, que terá ocorrido algum tempo depois de o jovem ter sido abordado por dois agentes das Brigadas de Intervenção Rápida da PSP, junto à estação dos caminhos-de-ferro de Setúbal, a Polícia Judiciária concluiu que se tratou de acidente, dado que não há nada que indicie a presença de outras pessoas naquele local.
De acordo com a investigação, a queda terá ocorrido momentos antes de o jovem ter sido encontrado, caído no chão, junto a uma rotunda perto da estação ferroviária, por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que passava no local.
Elemento que a PJ considera importante para a aferir o momento da queda do jovem Nuno Pires foi um hematoma num olho, que terá surgido durante o transporte de Nuno Pires para o Hospital São Bernardo, o que, segundo a investigação, indicia que a queda terá ocorrido momentos antes de ter sido encontrado e assistido pelo INEM.
A investigação da Judiciária está na fase final, faltando apenas cumprir algumas formalidades do ponto de vista instrutório, bem como a receção do relatório da autópsia (embora a PJ já conheça o seu resultado), mas, segundo o responsável, os dois elementos da PSP que abordaram o jovem não serão acusados pela sua morte.
Os amigos de ‘Fantasma’ não acreditam na inocência dos agentes da PSP e ameaçam com mais protestos. Para já, a PJ não tem indícios que apontem para crime, mas a investigação ainda não está fechada.

Agência de Notícias

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