PJ de Setúbal considera que morte de Nuno Pires deveu-se a queda |
A investigação da Polícia Judiciária e o resultado da autópsia ilibam os agentes da PSP suspeitos de terem agredido o jovem Nuno Pires, em Setúbal, disse hoje à agência Lusa o director da PJ de Setúbal, Vítor Paiva.
"Está completamente excluída a hipótese de a causa da morte [do jovem Nuno Pires] ter sido uma agressão por parte da Polícia de Segurança Pública", afirmou o responsável da PJ.
Segundo Vítor Paiva, as lesões que Nuno Pires apresentava são, todas elas, justificadas por uma causa acidental, uma queda, ou pela intervenção no hospital para o entubar, e nada aponta para que a PSP seja responsável pela morte do jovem, que ocorreu a 22 de Fevereiro, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, para onde tinha sido transferido.
Embora não haja imagens do momento da queda, que terá ocorrido algum tempo depois de o jovem ter sido abordado por dois agentes das Brigadas de Intervenção Rápida da PSP, junto à estação dos caminhos-de-ferro de Setúbal, a Polícia Judiciária concluiu que se tratou de acidente, dado que não há nada que indicie a presença de outras pessoas naquele local.
De acordo com a investigação, a queda terá ocorrido momentos antes de o jovem ter sido encontrado, caído no chão, junto a uma rotunda perto da estação ferroviária, por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que passava no local.
Elemento que a PJ considera importante para a aferir o momento da queda do jovem Nuno Pires foi um hematoma num olho, que terá surgido durante o transporte de Nuno Pires para o Hospital São Bernardo, o que, segundo a investigação, indicia que a queda terá ocorrido momentos antes de ter sido encontrado e assistido pelo INEM.
A investigação da Judiciária está na fase final, faltando apenas cumprir algumas formalidades do ponto de vista instrutório, bem como a receção do relatório da autópsia (embora a PJ já conheça o seu resultado), mas, segundo o responsável, os dois elementos da PSP que abordaram o jovem não serão acusados pela sua morte.
Os amigos de ‘Fantasma’ não acreditam na inocência dos agentes da PSP e ameaçam com mais protestos. Para já, a PJ não tem indícios que apontem para crime, mas a investigação ainda não está fechada.
Agência de Notícias
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