Câmara defende manutenção das 35 horas de trabalho
O Município de Alcochete contesta a intervenção directa do Governo que impede a entrada em vigor dos Acordos Colectivos de Entidade Empregadora celebrados com os sindicatos e que há cerca de ano e meio fixaram a manutenção na autarquia do período normal de trabalho em 35 horas semanais. Esta tomada de posição consta da moção foi aprovada por maioria, com a abstenção do vereador Vasco Pinto, do CDS/PP, na reunião de Câmara realizada na semana passada. Em Fevereiro, o Governo disse que vai permitir a redução da semana de trabalho de 40 para 35 horas apenas nas autarquias que tenham as contas em ordem e que se comprometam a não aumentar as despesas com pessoal. Um argumento que não convence os municípios portugueses. A medida, a entrar em vigor, pode afectar os trabalhadores da Câmara de Alcochete.
Para o executivo municipal de Alcochete, o documento enviado pela Secretaria de Estado à Associação de Municípios Portugueses e a alguns municípios “é inaceitável” porque pretende “reiniciar processos negociais”, o que representa “um acto de manifesta má-fé, como se as autarquias e, em particular o Município de Alcochete, não houvessem já, de forma válida e ao abrigo de regimes legais habilitantes em vigor, realizado todo esse percurso”.
Segundo a vereadora dos Recursos Humanos, a moção aprovada afirma “o direito das Autarquias Locais a encetar e concluírem, num quadro de autonomia efectiva compatível com as normas nacionais e internacionais vigentes, as negociações tendentes à celebração de Acordos Colectivos de Entidade Empregadora (ACEEP)”. De acordo com Raquel Prazeres, “a convicta rejeição de qualquer intervenção do Governo nos processos de negociação colectiva” e “a necessidade de publicação e depósito de todos os ACEEP validamente celebrados, fazendo assim cessar os obstáculos levantados pelo Governo que, ilegalmente, têm obstado às mesmas”.
Governo ainda não aprovou acordo para as 35 horas de trabalho |
Para o executivo municipal de Alcochete, o documento enviado pela Secretaria de Estado à Associação de Municípios Portugueses e a alguns municípios “é inaceitável” porque pretende “reiniciar processos negociais”, o que representa “um acto de manifesta má-fé, como se as autarquias e, em particular o Município de Alcochete, não houvessem já, de forma válida e ao abrigo de regimes legais habilitantes em vigor, realizado todo esse percurso”.
Segundo a vereadora dos Recursos Humanos, a moção aprovada afirma “o direito das Autarquias Locais a encetar e concluírem, num quadro de autonomia efectiva compatível com as normas nacionais e internacionais vigentes, as negociações tendentes à celebração de Acordos Colectivos de Entidade Empregadora (ACEEP)”. De acordo com Raquel Prazeres, “a convicta rejeição de qualquer intervenção do Governo nos processos de negociação colectiva” e “a necessidade de publicação e depósito de todos os ACEEP validamente celebrados, fazendo assim cessar os obstáculos levantados pelo Governo que, ilegalmente, têm obstado às mesmas”.
A autarca diz ainda que, “o ACEEP surgiu essencialmente com a questão de aumentar o período normal do horário de trabalho das 35 para as 40 horas sem a respectiva compensação remuneratória, sem o acordo dos trabalhadores e da entidade patronal, neste caso o Município de Alcochete”.
35 horas de trabalho só nas Câmaras com contas em ordem
O Governo vai permitir a redução da semana de trabalho das 40 para as 35 horas apenas nas Câmaras Municipais que tenham as contas em ordem e que se comprometam a não aumentar as despesas com pessoal. Estes dois critérios, apresentados pelo Ministério das Finanças à Associação Nacional de Municípios de Portugueses (ANMP), irão ser ponderados quando as autarquias forem negociar acordos coletivos de trabalho com os sindicatos.
A ANMP, por seu lado, rejeita os requisitos propostos pelo executivo por considerar tratar-se de uma ingerência na vida das autarquias, e deixam nas mãos de cada município as decisões sobre as negociações dos ACEP. O documento governamental em causa refere que devem ser definidos critérios "cumulativos a reunir pelos empregadores públicos, para que possa ser considerada a possibilidade de em ACEP se reduzir o período normal de trabalho".
Sobre esta matéria, o Governo entende que a possibilidade de reduzir o horário semanal só deve ser permitida nas câmaras que não estão sujeitas à obrigação de reduzir os trabalhadores. O Governo entende que quando as autarquias estão em situação de rutura ou saneamento financeiros, a redução do tempo de trabalho "agravará os efeitos da redução de trabalhadores" e poderá levar a uma necessidade de alargar os limites do trabalho suplementar.
Por outro lado, o executivo considera ainda que terá de resultar claro que a redução para as 35 horas não levará a um aumento das despesas com pessoal, como trabalho extraordinário, novas contratações ou prestações de serviços, bem como terá de ficar demonstrado que a redução do tempo de trabalho se traduz em melhorias de produtividade.
O Governo vai permitir a redução da semana de trabalho das 40 para as 35 horas apenas nas Câmaras Municipais que tenham as contas em ordem e que se comprometam a não aumentar as despesas com pessoal. Estes dois critérios, apresentados pelo Ministério das Finanças à Associação Nacional de Municípios de Portugueses (ANMP), irão ser ponderados quando as autarquias forem negociar acordos coletivos de trabalho com os sindicatos.
A ANMP, por seu lado, rejeita os requisitos propostos pelo executivo por considerar tratar-se de uma ingerência na vida das autarquias, e deixam nas mãos de cada município as decisões sobre as negociações dos ACEP. O documento governamental em causa refere que devem ser definidos critérios "cumulativos a reunir pelos empregadores públicos, para que possa ser considerada a possibilidade de em ACEP se reduzir o período normal de trabalho".
Sobre esta matéria, o Governo entende que a possibilidade de reduzir o horário semanal só deve ser permitida nas câmaras que não estão sujeitas à obrigação de reduzir os trabalhadores. O Governo entende que quando as autarquias estão em situação de rutura ou saneamento financeiros, a redução do tempo de trabalho "agravará os efeitos da redução de trabalhadores" e poderá levar a uma necessidade de alargar os limites do trabalho suplementar.
Por outro lado, o executivo considera ainda que terá de resultar claro que a redução para as 35 horas não levará a um aumento das despesas com pessoal, como trabalho extraordinário, novas contratações ou prestações de serviços, bem como terá de ficar demonstrado que a redução do tempo de trabalho se traduz em melhorias de produtividade.
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