Munícipe ameaça e insulta deputados social-democratas na Assembleia Municipal
Terá sido por "muito pouco" que a Assembleia Municipal do Seixal não terminou com uma cena de pancadaria, escreve o jornal Diário de Notícias. Um munícipe é acusado de ter proferido insultos e ameaças de agressão aos representantes do PSD, tendo mesmo chegado a perseguir o líder da bancada social-democrata, Rui Belchior, quando este se dirigia à casa de banho. "Acabou por ser agarrado por pessoas que estavam ali. Caso contrário, já se preparava para o agredir", denuncia Paulo Edson Cunha, vereador do PSD na autarquia de maioria comunista. O presidente do PSD Seixal diz, em comunicado, que “estas situações são de lamentar num órgão democraticamente eleito. Deve-se respeitar a Assembleia e qualquer tentativa de calar a liberdade dos agentes políticos, é grave e deve ser condenável”. PS, BE e CDS já se solidarizaram com os social-democratas.
De acordo com o que Paulo Edson da Cunha contou ao Diário de Notícias, o munícipe fez uma intervenção no período antes da ordem do dia na Assembleia Municipal de terça-feira, que teve lugar Sociedade Filarmónica União Seixalense. Depois de um discurso "inflamado" contra o Governo, o homem dirigiu-se para a zona da sala destinada ao público e terá começado a ameaçar os autarcas do PSD.
"Mandava bocas desagradáveis e punha as mãos no pescoço, a simular que o torcia, o que deixou as pessoas incomodadas e indignadas", conta o vereador, para quem o presidente da mesa - que nesta altura era o vice-presidente Américo Costa - "deveria logo ter tomado uma atitude".
Ainda assim, os ânimos lá acalmaram e a tranquilidade regressou por cerca de uma hora. Até que as ameaças se voltaram a ouvir na sala, segundo os autarcas do PSD. Um primeiro elemento social-democrata seria abordado quando saiu para atender uma chamada telefónica, mas foi no momento que Rui Belchior foi à casa de banho que o caso ganhou contornos mais preocupantes.
O homem foi atrás do autarca e seria agarrado por dois populares. Os deputados municipais saltaram dos seus acentos para impedir males maiores, graças a um deputado do PCP que terá segurado o munícipe. A insólita agitação levou mesmo a um intervalo forçado da assembleia.
Nesta altura, escreve o Diário de Notícias, já era Alfredo Monteiro (ex-presidente da Câmara do Seixal) que presidia aos trabalhos, sendo criticado pela oposição por ter permitido que o munícipe continuasse na sala. "Não podia permitir isso, porque as pessoas se estavam a sentir ameaçadas", diz Paulo Edson Cunha, enquanto o vereador do PS, Samuel Cruz, que confirma as "tentativas de agressão", classifica mesmo de "lamentável" a atitude do presidente da Mesa, que "podia resultar num incidente grave".
O representante socialista diz que os eleitos do PSD se sentiram "coagidos", mas "nada foi feito em sentido contrário".
PSD critica ação de Alfredo Monteiro
O líder da bancada do PSD Seixal, Rui Belchior Pereira diz em comunicado que: “fomos vítimas de ameaças e tentativas de agressão. Acho inacreditável que as pessoas a quem incumbe dirigir os trabalhos – Américo Costa e depois Alfredo Monteiro – tenham permitido durante o todo o tempo o indivíduo na Assembleia Municipal constringindo a intervenção livre da bancada”. Acrescenta ainda que depois de conferenciar com os outros elementos, “não abandonámos a Assembleia Municipal por respeito ao nosso eleitorado”.
Os actos foram severa e veemente condenados por todas as bancadas da Assembleia Municipal e o presidente do PSD Seixal, Bruno Vasconcelos diz em comunicado que “estas situações são de lamentar num órgão democraticamente eleito. Deve-se respeitar a Assembleia e qualquer tentativa de calar a liberdade dos agentes políticos, é grave e deve ser condenável”. Acrescenta ainda estar “solidário com toda a bancada do PSD Seixal na Assembleia Municipal, no excelente trabalho que têm efectuado em prol da população do Concelho do Seixal”.
Os trabalhos prosseguiram mais tarde sem que, no entanto, o munícipe fosse retirado da audiência. Apesar de alguns eleitos terem equacionado chamar a PSP, a intervenção das autoridades acabaria por ser dispensada. Alfredo Monteiro ainda não falou publicamente do assunto.
Agência de Notícias
Terá sido por "muito pouco" que a Assembleia Municipal do Seixal não terminou com uma cena de pancadaria, escreve o jornal Diário de Notícias. Um munícipe é acusado de ter proferido insultos e ameaças de agressão aos representantes do PSD, tendo mesmo chegado a perseguir o líder da bancada social-democrata, Rui Belchior, quando este se dirigia à casa de banho. "Acabou por ser agarrado por pessoas que estavam ali. Caso contrário, já se preparava para o agredir", denuncia Paulo Edson Cunha, vereador do PSD na autarquia de maioria comunista. O presidente do PSD Seixal diz, em comunicado, que “estas situações são de lamentar num órgão democraticamente eleito. Deve-se respeitar a Assembleia e qualquer tentativa de calar a liberdade dos agentes políticos, é grave e deve ser condenável”. PS, BE e CDS já se solidarizaram com os social-democratas.
Deputados do PSD na Assembleia Municipal foram ameaçados |
De acordo com o que Paulo Edson da Cunha contou ao Diário de Notícias, o munícipe fez uma intervenção no período antes da ordem do dia na Assembleia Municipal de terça-feira, que teve lugar Sociedade Filarmónica União Seixalense. Depois de um discurso "inflamado" contra o Governo, o homem dirigiu-se para a zona da sala destinada ao público e terá começado a ameaçar os autarcas do PSD.
"Mandava bocas desagradáveis e punha as mãos no pescoço, a simular que o torcia, o que deixou as pessoas incomodadas e indignadas", conta o vereador, para quem o presidente da mesa - que nesta altura era o vice-presidente Américo Costa - "deveria logo ter tomado uma atitude".
Ainda assim, os ânimos lá acalmaram e a tranquilidade regressou por cerca de uma hora. Até que as ameaças se voltaram a ouvir na sala, segundo os autarcas do PSD. Um primeiro elemento social-democrata seria abordado quando saiu para atender uma chamada telefónica, mas foi no momento que Rui Belchior foi à casa de banho que o caso ganhou contornos mais preocupantes.
O homem foi atrás do autarca e seria agarrado por dois populares. Os deputados municipais saltaram dos seus acentos para impedir males maiores, graças a um deputado do PCP que terá segurado o munícipe. A insólita agitação levou mesmo a um intervalo forçado da assembleia.
Nesta altura, escreve o Diário de Notícias, já era Alfredo Monteiro (ex-presidente da Câmara do Seixal) que presidia aos trabalhos, sendo criticado pela oposição por ter permitido que o munícipe continuasse na sala. "Não podia permitir isso, porque as pessoas se estavam a sentir ameaçadas", diz Paulo Edson Cunha, enquanto o vereador do PS, Samuel Cruz, que confirma as "tentativas de agressão", classifica mesmo de "lamentável" a atitude do presidente da Mesa, que "podia resultar num incidente grave".
O representante socialista diz que os eleitos do PSD se sentiram "coagidos", mas "nada foi feito em sentido contrário".
PSD critica ação de Alfredo Monteiro
O líder da bancada do PSD Seixal, Rui Belchior Pereira diz em comunicado que: “fomos vítimas de ameaças e tentativas de agressão. Acho inacreditável que as pessoas a quem incumbe dirigir os trabalhos – Américo Costa e depois Alfredo Monteiro – tenham permitido durante o todo o tempo o indivíduo na Assembleia Municipal constringindo a intervenção livre da bancada”. Acrescenta ainda que depois de conferenciar com os outros elementos, “não abandonámos a Assembleia Municipal por respeito ao nosso eleitorado”.
Os actos foram severa e veemente condenados por todas as bancadas da Assembleia Municipal e o presidente do PSD Seixal, Bruno Vasconcelos diz em comunicado que “estas situações são de lamentar num órgão democraticamente eleito. Deve-se respeitar a Assembleia e qualquer tentativa de calar a liberdade dos agentes políticos, é grave e deve ser condenável”. Acrescenta ainda estar “solidário com toda a bancada do PSD Seixal na Assembleia Municipal, no excelente trabalho que têm efectuado em prol da população do Concelho do Seixal”.
Os trabalhos prosseguiram mais tarde sem que, no entanto, o munícipe fosse retirado da audiência. Apesar de alguns eleitos terem equacionado chamar a PSP, a intervenção das autoridades acabaria por ser dispensada. Alfredo Monteiro ainda não falou publicamente do assunto.
Agência de Notícias
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