“Os Verdes” preocupados com Saúde em Corroios

“Os Verdes” questionam Governo sobre “condições precárias” do Centro de Saúde

Considera o Governo que o atual Centro de Saúde de Corroios, no Seixal, a funcionar num prédio de três andares, cuja construção tinha como objetivo habitação, sem elevadores, cujo acesso aos pisos é feito somente através de escadas, se encontra adequado a prestar os devidos cuidados de saúde à população? A pergunta foi colocada  pelo Grupo Parlamentar “Os Verdes” ao Ministério da Saúde. De acordo com o comunicado, o grupo parlamentar  refere que “o edifício de três andares, onde o atual Centro de Saúde funciona, não possui elevador, situação grave sob o ponto de vista não só da mobilidade dos seus utentes, mas também da segurança, levando, em muitos casos, que os médicos se tenham de deslocar ao rés-do-chão para atender os utentes que possuem mobilidade reduzida”. “Os Verdes” recordam ainda que “há muito tempo que a Comissão de Utentes de Saúde, as autarquias e a população reivindicam a construção de um novo centro de saúde, designadamente através de petições entregues na Assembleia da República, de várias manifestações e vigílias”.
Centro de Saúde de Corroios com "condições precárias"

A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Saúde sobre as condições precárias do Centro de Saúde de Corroios em Vale de Milhaços, Concelho do Seixal, com implicações graves para os utentes, nomeadamente para os utentes com mobilidade reduzida.
No passado mês de Março, uma delegação do PEV visitou as instalações do Centro de Saúde de Corroios, acompanhados pela Comissão de Utentes de Saúde de Corroios, pela Comissão de Utentes de Saúde de Almada e Seixal, e pelo Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, a delegação do PEV pode verificar as condições precárias em que aquele Centro de Saúde se encontra a funcionar.
"O edifício de três andares, onde o atual Centro de Saúde funciona, não possui elevador, situação grave sob o ponto de vista não só da mobilidade dos seus utentes, mas também da segurança, levando, em muitos casos, que os médicos se tenham de deslocar ao rés-do-chão para atender os utentes que possuem mobilidade reduzida", refere uma nota do partido.
Apesar de, ao longo dos anos, o edifício ter sido objeto de diversas obras de reparação, "estas não resolveram a questão dos acessos - uma vez que funciona num prédio de habitação – e muito menos a sobrelotação do edifício, onde neste momento todos os espaços são aproveitados, sendo que até dispensas servem como consultório, prejudicando gravemente o desempenho dos profissionais de saúde e como consequência a prestação de cuidados de saúde aos utentes", denuncia "Os Verdes".
Há muito que a Comissão de Utentes de Saúde, as autarquias e a população reivindicam a construção de um novo centro de saúde, designadamente através de petições entregues na Assembleia da República, de várias manifestações e vigílias, não tendo sido por falta de insistência da parte da Comissão e da população que o Centro de Saúde não foi construído no terreno cedido pela Câmara do Seixal, há perto de quinze anos, na zona de Santa Marta do Pinhal.

20 mil utentes sem médico de família na freguesia de Corroios 
De acordo com o Grupo Parlamentar “Os Verdes”, "dos perto de 50 mil utentes na freguesia de Corroios, cerca de 40 por cento, entre 18 e 20 mil utentes, não tinham médico de família, numa freguesia onde se tem verificado um crescimento da população. Esta situação foi recentemente agravada pela saída, já em 2015, de três médicos dos 10 ali existentes, acrescentando mais cerca de seis mil utentes àquela lista", conta Helóisa Apolónia.
"O desespero começa a tomar conta dos seus profissionais, alguns em evidente estado de exaustão e burnout, não compatíveis com o exercício seguro do ato médico", dizem  "Os Verdes" que puderam constatar que a situação do Centro de Saúde de Corroios "é mais um exemplo do retrato do desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, com graves consequências para os profissionais de saúde e para os utentes, comprometendo gravemente o seu acesso aos cuidados de saúde".
Perante esse cenário "caótico", o Grupo Parlamentar “Os Verdes” quer que o Ministério da Saúde possa explicar como é "que o atual Centro de Saúde de Corroios, a funcionar num prédio de três andares, cuja construção tinha como objetivo habitação, sem elevadores, cujo acesso aos pisos é feito somente através de escadas, se encontra adequado a prestar os devidos cuidados de saúde à população?". Heloísa Apolónia pergunta ainda quando prevê o Governo "iniciar a construção do novo Centro de Saúde de Corroios, há muito reivindicado, e já com terreno cedido pela autarquia do Seixal"  e quando prevê o Governo "repor e reforçar o número de médicos de família na freguesia de Corroios e em que medida?". Perguntas que Paulo Macedo vai ter de explicar ao Grupo Parlamentar “Os Verdes”.
Agência de Notícias

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