Ritual histórico anima época da Páscoa nas ruas de Palmela antiga
No sábado de Páscoa, dia 26 de Março, o Centro Histórico de Palmela volta a encher-se de gente e de festa para a tradicional Queima do Judas. O ritual teatral já é um dos momentos altos da cultura da vila. Recuperado à 21 anos, a Queima tem sabido crescer e envolver o movimento associativo e as populações locais. A Queima do Judas foi recuperada em 1995 pelo Município de Palmela e deriva de um ritual de origens pagãs, ligado à celebração do equinócio da primavera e ao início de um novo ciclo de vida. O evento tem, ano após ano, vindo a crescer em número de participantes e visitantes, o que mostra, de acordo com o vereador da cultura da autarquia, "a expressão de uma população participativa e de um tecido associativo muito dinâmico".Queima do Judas acontece este sábado à noite na vila de Palmela |
O percurso pelos vários pontos de queima tem início às 21h30, deste sábado, no Largo dos Loureiros, e conduz o público, à luz dos archotes, até cada um dos Judas – bonecos de palha com recheio pirotécnico - dinamizados pelas associações e grupos locais de teatro, com a dramatização de textos satíricos. O desfile termina, no Largo de S. João, onde será lido o testamento da Câmara de Palmela, seguindo-se animação pela Orquestra e pelos Diabos do Bardoada – Grupo do Sarrafo e um espetáculo de fogo de artifício.
No total, serão treze Judas, da responsabilidade da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, do grupo da Sociedade Filarmónica Humanitária, do Passos e Compassos/Grupo das Férias Culturais, do Grupo de Teatro da Associação dos Serviços Sociais e Culturais dos Trabalhadores do Município de Palmela, do ATA – Acção Teatral Artimanha, da Associação Teatro Sem Dono, da Sociedade Columbófila de Palmela, da Associação de Escoteiros de Portugal – Grupo 40 de Palmela, dos INdiferentes, da Associação de Idosos de Palmela, do Moto Clube de Palmela, da TELA – Teatro Estranhamente Louco e Absurdo e do Grupo Coral “Ausentes do Alentejo”.
Luís Miguel Calha, vereador responsável pela área da Cultura, sublinha o papel da Queima do Judas enquanto "fator de identidade cultural e memória da comunidade de Palmela", recordando que "a cultura, a história, as tradições e costumes são, cada vez mais, reconhecidos, enquanto valores fundamentais de atratividade turística do nosso território, pelo que a Câmara de Palmela vai continuar a preservar e a fortalecer estas exemplares iniciativas", diz o responsável pela pasta da cultura do concelho.
Recuperado em 1995 pela autarquia, este ritual de origens pagãs, ligado à celebração do equinócio da Primavera, está, hoje, integrado no Programa Municipal de Teatro e tem contribuído para a divulgação do trabalho dos grupos de teatro amadores do concelho.
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