Munícipes do concelho obrigados a ir à Segurança Social em Setúbal
Serviços da Segurança Social já encerraram no concelho |
A reorganização dos serviços da Segurança Social, imposta pelo Governo, não está a ser bem aceite no concelho de Palmela. Desde logo,
porque “esta medida impõe aos munícipes do concelho, em situação de maior fragilidade económica, a necessidade de se deslocarem a Setúbal para tratarem dos procedimentos necessários à obtenção de apoios prestados pelas medidas de proteção social, levando-os a um acréscimo dos gastos financeiros ou a desistirem, muitas vezes, dos direitos sociais que lhes assistem”, alerta a moção.
O documento sublinha ainda que “as características geo-demográficas muito específicas do concelho não foram tidas em conta, em particular, a situação de povoamento disperso”, lembrando que “a rede de transportes públicos no concelho, insuficiente e, em alguns pontos, inexistente, representa um forte entrave ao acesso à resposta de atendimento de ação social centralizado, na cidade de Setúbal”.
A autarquia de Palmela mostra-se, igualmente, preocupada com a “falta de informação e de esclarecimento sobre a forma como vão ser implementadas as Redes Locais de Intervenção Social”, subsistindo dúvidas sobre os papéis que vão caber, no novo modelo, às várias entidades, Conselho Local de Acção Social de Palmela, Instituições Particulares de Solidariedade Social, autarquias e Segurança Social.
“Na implementação da Redes Locais de Intervenção Social, vão poder estar em curso um caminho que transforma os municípios em meros executores de um serviço de apoio social, tutelado pela Administração Central, sendo evidente a perda de autonomia nestas matérias”, receia o município.
Por isso, defende que é “urgente proporcionar aos agentes locais a reflexão e o debate sobre que modelo de funcionamento deve ser adotado e o que se pretende das parcerias num futuro próximo” e que “as soluções a encontrar não vão poder significar a redução da intervenção do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, nem a redução da responsabilidade que cabe ao Estado”, conclui o texto da moção.
Agência de Notícias
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