Um século de idas aos banhos em exposição na Cova da Piedade
Como era ir a banhos nas praias de Almada em meados do século XIX e durante o século XX? As memórias dos tempos em que se ia para o mar de vestido e não de biquíni, e em que os pescadores eram banheiros nas horas vagas, estão expostas a partir deste sábado no Museu da Cidade, na Cova da Piedade. Esta exposição retrata as memórias das vivências associadas à praia no concelho de Almada, desde o uso balnear nas pequenas praias ribeirinhas da Mutela, Margueira e Alfeite (século XIX), à primeira colónia balnear da Trafaria (nas primeiras décadas de 1900), com referência à Cova do Vapor (década de 1940/50), e a “descoberta” da Costa da Caparica, com os seus quilómetros de praia contínua, que se tornou numa das mais importantes praias portuguesas a partir de 1925. Fotografias, imprensa, vestuário, adereços de praia, publicidade, bilhética e testemunhos, darão uma leitura sobre o turismo balnear, numa abordagem até à atualidade, destacando a massificação das praias da Costa da Caparica como destino balnear da Área Metropolitana de Lisboa. Patente ao público até ao final de Outubro, a exposição Ir a Banhos proporciona ainda visitas guiadas, para grupos escolares e o público em geral, e ateliês para grupos organizados a partir do 1.º ciclo.
Como era ir a banhos nas praias de Almada em meados do século XIX e durante o século XX? As memórias dos tempos em que se ia para o mar de vestido e não de biquíni, e em que os pescadores eram banheiros nas horas vagas, estão expostas a partir deste sábado no Museu da Cidade, na Cova da Piedade. Esta exposição retrata as memórias das vivências associadas à praia no concelho de Almada, desde o uso balnear nas pequenas praias ribeirinhas da Mutela, Margueira e Alfeite (século XIX), à primeira colónia balnear da Trafaria (nas primeiras décadas de 1900), com referência à Cova do Vapor (década de 1940/50), e a “descoberta” da Costa da Caparica, com os seus quilómetros de praia contínua, que se tornou numa das mais importantes praias portuguesas a partir de 1925. Fotografias, imprensa, vestuário, adereços de praia, publicidade, bilhética e testemunhos, darão uma leitura sobre o turismo balnear, numa abordagem até à atualidade, destacando a massificação das praias da Costa da Caparica como destino balnear da Área Metropolitana de Lisboa. Patente ao público até ao final de Outubro, a exposição Ir a Banhos proporciona ainda visitas guiadas, para grupos escolares e o público em geral, e ateliês para grupos organizados a partir do 1.º ciclo.
Praias da Costa da Caparica, década de 1950 |
O espólio da exposição “Ir a banhos” inclui desde fotografias antigas a trajes de banho do início do século XX, cedidos por particulares. “Recolhemos também pequenos anúncios junto dos lojistas, dos restaurantes e das barbearias, que publicitavam os seus produtos como uma grande mais-valia para os banhistas”, explica Ângela Luzia, chefe da Divisão de Museus e Património Cultural da Câmara de Almada.
A este material juntam-se recortes de jornais da época e folhetos turísticos que publicitam os extensos areais da Costa da Caparica, que se tornou uma das praias portuguesas mais importantes a partir de 1925. “Era um local de veraneio das famílias nobres de Lisboa”, explica Ângela Luzia. A exposição retrata também o uso balnear das pequenas praias ribeirinhas da Mutela, da Margueira e do Alfeite, no século XIX, e as memórias relativas à primeira colónia balnear da Trafaria (desde 1900 até 1920) e em particular da Cova do Vapor (nas décadas de 1940 e 1950).
“Este é um tema muito emotivo, porque as pessoas têm uma grande recordação das praias, do extenso areal, como espaços de liberdade e do contacto inter-geracional”, diz a chefe de divisão.
Patente no Museu da Cidade até 31 de Outubro, a exposição inclui ainda antigos equipamentos de socorros a náufragos, numa homenagem aos banheiros que deram nome a algumas praias urbanas, como a do Tarquínio ou a do Tarzan. “Os banheiros eram pescadores que no Verão asseguraram a segurança dos banhistas, ajudavam as senhoras a irem ao mar e ensinavam as crianças a nadar”, explica a responsável pelos museus do concelho.
“Este é um tema muito emotivo, porque as pessoas têm uma grande recordação das praias, do extenso areal, como espaços de liberdade e do contacto inter-geracional”, diz a chefe de divisão.
Patente no Museu da Cidade até 31 de Outubro, a exposição inclui ainda antigos equipamentos de socorros a náufragos, numa homenagem aos banheiros que deram nome a algumas praias urbanas, como a do Tarquínio ou a do Tarzan. “Os banheiros eram pescadores que no Verão asseguraram a segurança dos banhistas, ajudavam as senhoras a irem ao mar e ensinavam as crianças a nadar”, explica a responsável pelos museus do concelho.
Os Robertos...
Também os "Robertos", pequenos teatro com fantoches de luva que faziam as delícias das crianças, são lembrados na exposição. "Vamos recordar os senhores que corriam as praias a fazer teatros de fantoches, com histórias tradicionais", explica. Na cerimónia de inauguração, neste sábado às 16h, e também durante as visitas guiadas destinadas a grupos escolares, estará presente o filho de um desses homens, que acompanhava o pai no Verão e percorria 20 quilómetros de praia por dia para levar o teatro às crianças.
No espaço do museu serão projectados testemunhos registados em vídeo de pessoas que têm memória das praias de Almada nos anos 1930 e 1940. "Respondem a duas perguntas: como era ir à praia nessa altura e o que mudou com a massificação do uso balnear, ou seja, que influência tiveram os banhistas na população e nos locais", explica Ângela Luzia. Os visitantes que queiram também partilhar as suas memórias podem fazê-lo, num espaço dedicado ao efeito.
A exposição pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas. A entrada custa 0,60 euros para o público em geral, 0,30 euros para pessoas com mais de 65 anos e portadores do Cartão Jovem, e é gratuita para crianças até 12 anos e grupos escolares até ao 9.º ano.
Também os "Robertos", pequenos teatro com fantoches de luva que faziam as delícias das crianças, são lembrados na exposição. "Vamos recordar os senhores que corriam as praias a fazer teatros de fantoches, com histórias tradicionais", explica. Na cerimónia de inauguração, neste sábado às 16h, e também durante as visitas guiadas destinadas a grupos escolares, estará presente o filho de um desses homens, que acompanhava o pai no Verão e percorria 20 quilómetros de praia por dia para levar o teatro às crianças.
No espaço do museu serão projectados testemunhos registados em vídeo de pessoas que têm memória das praias de Almada nos anos 1930 e 1940. "Respondem a duas perguntas: como era ir à praia nessa altura e o que mudou com a massificação do uso balnear, ou seja, que influência tiveram os banhistas na população e nos locais", explica Ângela Luzia. Os visitantes que queiram também partilhar as suas memórias podem fazê-lo, num espaço dedicado ao efeito.
A exposição pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas. A entrada custa 0,60 euros para o público em geral, 0,30 euros para pessoas com mais de 65 anos e portadores do Cartão Jovem, e é gratuita para crianças até 12 anos e grupos escolares até ao 9.º ano.
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