Atingiu a mulher a tiro e barricou-se em casa
Um homem que disparou sobre a companheira esta madrugada na Moita e se fechou depois em casa, acabou por ser encontrado morto ao princípio da manhã, revelou à Lusa fonte da GNR. De acordo com fonte daquela unidade policial, as negociações de rendição com a força de segurança não deram qualquer resultado e, cerca das 7h30 de hoje, quando as autoridades entraram na casa depararam com o homem já cadáver. Segundo a GNR, o homem terá disparado sobre a companheira ao início da madrugada de hoje, fechando-se depois em casa, enquanto a mulher foi transportada para o hospital de São José, em Lisboa, não correndo perigo de vida.
Vítima foi socorrida por uma equipa do INEM esta manhã |
Era, aparentemente, um casal normal. Moravam juntos à cerca de um ano num terceiro andar na vila da Moita e, esta madrugada, uma "forte discussão", relatada por vizinhos, poderá explicar o ato desesperado de Miguel, um homem com cerca de 30 anos, sobre a sua namorada, de 35 anos.
O homem, segurança em vários hospitais, terá disparado um tiro no rosto da mulher. Paula, conseguiu sair de casa sozinha e correr até um café, de camisa de noite e completamente ensenguentada. Foi socorrida pelos vizinhos, antes da chegada do INEM. Está internada, em estado grave mas estável, no Hospital de São José, onde vai ser submetida a uma intervenção cirúrgica. Segundo relatos de vizinhos, o agressor era uma pessoa problemática e obsessiva, que em relações anteriores apresentara comportamentos controladores e ciumentos em relação às companheiras. Depois de disparar sobre a mulher, Miguel barricou-se em casa.
Por volta das duas da madrugada desta terça-feira, a Guarda Nacional Republicana reuniu todo o dispositivo policial chamado ao local, onde se contavam elementos do corpo territorial da GNR, do corpo de intervenção, negociadores, equipas cinotécnicas e elementos das operações especiais da GNR. Depois de os militares terem montado um perímetro de segurança em redor do edifício onde o homem se fechou, os negociadores tentaram, durante várias horas, com a ajuda da irmã que também mora no mesmo prédio, estabelecer contacto com o agressor, mas sem sucesso.
GNR tentou negociar
O comandante do destacamento territorial da GNR do Montijo contou à CMTV que esta força policial esteve longas horas a tentar negociar com o atirador, mas que o suspeito não reagiu a nenhuma das tentativas de contacto efetuadas pelas autoridades, pelo que a polícia decidiu tomar de assalto a habitação. Pelas 7h25 da manhã viram-se e foram ouvidas quatro explosões na varanda do terceiro andar do prédio, local onde o casal vivia, após um elemento do grupo de operações especiais da GNR atirar granadas de atordoamento do telhado para aquele local. Este foi o mote para a intervenção policial na casa onde o homem se tinha barricado.
Ao entrar na casa do crime, as autoridades policiais depararam-se com o homem morto. Tinha disparado um tiro sobre si próprio, provavelmente antes de o dispositivo policial ter chegado ao local. Por volta das oito horas desta terça-feira, elementos da Polícia Judiciária entraram na casa para recolher indícios, antes de o corpo ser retirado do local, cerca de 1h20 depois.
De acordo com a SIC, este não é o primeiro caso de suicídio na família de Miguel. Um irmão, terá se enforcado, por razões passionais, no seu local de trabalho e há cerca de um mês a mãe atirou-se para debaixo de um comboio na Moita.
Miguel deixa um filho menor de uma anterior relação.
Agência de Notícias
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