Lisboa combate listas de espera do Hospital de Almada

Doentes em espera no Garcia de Orta operados nos hospitais da capital 

Os médicos do Centro Hospitalar de Lisboa Norte estão a dar resposta à lista de espera do Hospital Garcia de Orta, em Almada, e a prestar cuidados de saúde em especialidades em que há maior carência de recursos humanos, como psiquiatria, cardiologia, pediatria ou patologia clínica. O presidente do conselho de administração, Carlos Martins, falou ao  jornal Diário de Notícias, sobre os acordos com quatro unidades distintas, como o Hospital Garcia de Orta, que trazem "mais-valias por resolver as listas de espera e necessidades em áreas com maiores deficiências, poupando recursos ao Estado e resolvendo os problemas das pessoas onde eles existem". Os hospitais da capital dão ainda apoio às carências das unidades de saúde do Oeste e do Hospital da Terceira, Açores. A solução parte do Centro Hospitalar Lisboa Norte e abrange apenas a cirurgia geral, como operações à tiróide ou a uma hérnia. Estão previstas até 300 cirurgias por ano. 
Lisboa assegura operações em espera de Almada 

Os doentes que se encontram em lista de espera para serem operados no Hospital Garcia de Orta, em Almada, podem ser chamados mais cedo para serem submetidos a cirurgia no Centro Hospitalar Lisboa Norte.
“A primeira fase desta cooperação que vamos iniciar em Agosto pressupõe a intervenção cirúrgica de doentes em lista de espera no Hospital de Santa Maria e no Hospital Pulido Valente, parte em cirurgia programada, a outra parte em cirurgia de ambulatório”, disse à rádio Renascença o administrador do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Carlos Martins.
O acordo foi  assinado esta sexta-feira e é válido apenas para cirurgia geral, como uma operação à tiroide ou a uma hérnia. O objectivo é rentabilizar os blocos operatórios, pelo que as cirurgias podem ser feitas também à noite ou aos fins-de-semana.
“Temos infraestruturas que estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, portanto, iremos verificar quais os melhores períodos para podermos cumprir a nossa parte”, afirma Carlos Martins.
O acordo prevê até 300 cirurgias por ano, sendo garantido, diz o administrador, que os doentes de Santa Maria e do Pulido Valente não vão ser prejudicados.
“Temos de garantir que não vamos perturbar a nossa actividade, isto é aumentar com isto tempos ou listas de espera ou aumentar custos”, diz o administrador do Centro Hospitalar Lisboa Norte.
E por falar em custos, Carlos Martins aponta outra vantagem: “Não faz qualquer sentido termos capacidade instalada e o Serviço Nacional de Saúde estar a pagar ao sector privado”.
Em troca, o Centro Hospitalar Lisboa Norte recebe pela produção adicional de cirurgias, que não vai para o Garcia de Orta, em Almada, nem sai do Serviço Nacional de Saúde.

Agência de Notícias

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