El Rei D. João I desembarcou no Cais das Colunas chegado de Alhos Vedros... 600 anos depois
El Rei D. João I desembarcou no Cais das Colunas, em Lisboa, chegado de Alhos Vedros, para retomar a expedição da tomada de Ceuta. O rio Tejo e 15 embarcações tradicionais serviram de cenário à recriação deste momento histórico que decorreu há precisamente 600 anos e que envolveu cerca de seis dezenas de figurantes. O regresso do rei foi anunciado por um arauto: “Real, real D. João I, el rei de Portugal está de regresso à capital do Reino” e a ínclita geração (os três Infantes, D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique), acompanhada de alguns conselheiros do rei, elementos da nobreza, burguesia e povo, aguardou a chegada do monarca ao Cais. Vitor Cabral, da Associação Alius Vetus, faz um balanço positivo desta iniciativa e destaca “a importante colaboração da Câmara da Moita e de todos os intervenientes, para que a recriação histórica fosse um sucesso e que tivesse projeção não só no concelho da Moita, mas no país”.
Sob o olhar atento e as objetivas de dezenas de turistas e curiosos, o rei, recém-enlutado pela morte da rainha D. Filipa de Lencastre, desembarcou do varino municipal “O Boa Viagem”, no Cais das Colunas, acompanhado pela sua real comitiva: o filho bastardo, D. Afonso, Conde de Barcelos, por Gomes Martins de Lemos, seu conselheiro, um membro do clero e alguma da criadagem e guarda pessoal que estivera ao serviço do rei no período de tempo em que esteve hospedado em Alhos Vedros. Desembarcado em Lisboa, o rei D. João I, o de Boa Memória, foi aclamado por todos e anunciou a sua partida para a conquista de Ceuta, seguindo-se momentos de música e dança.
Esta reconstituição histórica, que envolveu cerca de seis dezenas de figurantes, entre os quais atores e músicos, trajados a rigor, assinala os 600 anos da passagem de D. João I por Alhos Vedros e foi organizada pela Câmara da Moita e pela Alius Vetus - Associação Cultural História e Património, com a colaboração da Marinha do Tejo e da Câmara de Lisboa.
Todo o ambiente e cenário criado no Cais das Colunas e o guarda-roupa e calçado dos figurantes foram da responsabilidade da Associação Alius Vetus. A recriação contou ainda com a participação do ator Nuno Nogueira, de atores do Gil Teatro, de Alcochete, do Grupo de Danças Antigas de Alhos Vedros, dos Soldados da Espada Lusitana e dos Gaiteiros da Bardoada, do Pinhal Novo. No Cais das Colunas, esteve também patente uma exposição alusiva ao tema.
Um rei ligado a Alhos Vedros
Vitor Cabral, da Associação Alius Vetus, faz um balanço positivo desta iniciativa e destaca “a importante colaboração da Câmara da Moita e de todos os intervenientes, para que a recriação histórica fosse um sucesso e que tivesse projeção não só no concelho da Moita, mas no país”. Vitor Cabral salienta ainda “a participação das embarcações tradicionais que deram um contributo valioso à iniciativa”, confessa Vitor Cabral.
Note-se que Alhos Vedros era considerada, no século XV, como uma povoação de ares saudáveis e aprazíveis, funcionando então como zona de veraneio para algumas famílias nobres. No ano de 1415, quando grassava a peste bubónica na cidade de Lisboa, vitimando a rainha D. Filipa de Lencastre, D. João I, a pedido do seu Conselho, refugiou-se em Alhos Vedros para se afastar dos ambientes pestíferos da epidemia.
Após a morte da rainha, os infantes reuniram-se duas vezes com o seu pai, em Alhos Vedros. No segundo encontro, o debate foi acalorado e o monarca tomou a decisão final de dar continuidade à expedição da tomada de Ceuta que estava já planeada desde o ano de 1412. O rei manteve-se em Alhos Vedros por mais alguns dias, enquanto os três Infantes regressaram a Lisboa para ultimarem os preparativos da viagem. Na quarta-feira, dia 23 de Julho de 1415, ou seja, na antevéspera da partida da armada para Ceuta, D. João I saiu de Alhos Vedros para o Restelo, na galé do seu filho, D. Afonso, Conde de Barcelos.
Agência de Notícias
El Rei D. João I desembarcou no Cais das Colunas, em Lisboa, chegado de Alhos Vedros, para retomar a expedição da tomada de Ceuta. O rio Tejo e 15 embarcações tradicionais serviram de cenário à recriação deste momento histórico que decorreu há precisamente 600 anos e que envolveu cerca de seis dezenas de figurantes. O regresso do rei foi anunciado por um arauto: “Real, real D. João I, el rei de Portugal está de regresso à capital do Reino” e a ínclita geração (os três Infantes, D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique), acompanhada de alguns conselheiros do rei, elementos da nobreza, burguesia e povo, aguardou a chegada do monarca ao Cais. Vitor Cabral, da Associação Alius Vetus, faz um balanço positivo desta iniciativa e destaca “a importante colaboração da Câmara da Moita e de todos os intervenientes, para que a recriação histórica fosse um sucesso e que tivesse projeção não só no concelho da Moita, mas no país”.
Reconstituição atraiu centenas de pessoas ao Cais das Colunas |
Sob o olhar atento e as objetivas de dezenas de turistas e curiosos, o rei, recém-enlutado pela morte da rainha D. Filipa de Lencastre, desembarcou do varino municipal “O Boa Viagem”, no Cais das Colunas, acompanhado pela sua real comitiva: o filho bastardo, D. Afonso, Conde de Barcelos, por Gomes Martins de Lemos, seu conselheiro, um membro do clero e alguma da criadagem e guarda pessoal que estivera ao serviço do rei no período de tempo em que esteve hospedado em Alhos Vedros. Desembarcado em Lisboa, o rei D. João I, o de Boa Memória, foi aclamado por todos e anunciou a sua partida para a conquista de Ceuta, seguindo-se momentos de música e dança.
Esta reconstituição histórica, que envolveu cerca de seis dezenas de figurantes, entre os quais atores e músicos, trajados a rigor, assinala os 600 anos da passagem de D. João I por Alhos Vedros e foi organizada pela Câmara da Moita e pela Alius Vetus - Associação Cultural História e Património, com a colaboração da Marinha do Tejo e da Câmara de Lisboa.
Todo o ambiente e cenário criado no Cais das Colunas e o guarda-roupa e calçado dos figurantes foram da responsabilidade da Associação Alius Vetus. A recriação contou ainda com a participação do ator Nuno Nogueira, de atores do Gil Teatro, de Alcochete, do Grupo de Danças Antigas de Alhos Vedros, dos Soldados da Espada Lusitana e dos Gaiteiros da Bardoada, do Pinhal Novo. No Cais das Colunas, esteve também patente uma exposição alusiva ao tema.
Um rei ligado a Alhos Vedros
Vitor Cabral, da Associação Alius Vetus, faz um balanço positivo desta iniciativa e destaca “a importante colaboração da Câmara da Moita e de todos os intervenientes, para que a recriação histórica fosse um sucesso e que tivesse projeção não só no concelho da Moita, mas no país”. Vitor Cabral salienta ainda “a participação das embarcações tradicionais que deram um contributo valioso à iniciativa”, confessa Vitor Cabral.
Note-se que Alhos Vedros era considerada, no século XV, como uma povoação de ares saudáveis e aprazíveis, funcionando então como zona de veraneio para algumas famílias nobres. No ano de 1415, quando grassava a peste bubónica na cidade de Lisboa, vitimando a rainha D. Filipa de Lencastre, D. João I, a pedido do seu Conselho, refugiou-se em Alhos Vedros para se afastar dos ambientes pestíferos da epidemia.
Após a morte da rainha, os infantes reuniram-se duas vezes com o seu pai, em Alhos Vedros. No segundo encontro, o debate foi acalorado e o monarca tomou a decisão final de dar continuidade à expedição da tomada de Ceuta que estava já planeada desde o ano de 1412. O rei manteve-se em Alhos Vedros por mais alguns dias, enquanto os três Infantes regressaram a Lisboa para ultimarem os preparativos da viagem. Na quarta-feira, dia 23 de Julho de 1415, ou seja, na antevéspera da partida da armada para Ceuta, D. João I saiu de Alhos Vedros para o Restelo, na galé do seu filho, D. Afonso, Conde de Barcelos.
Agência de Notícias
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