Respire fundo e caminhe no interior da Ponte 25 de Abril

Empresa oferece viagem a pé ao interior da Ponte 25 de  Abril 

E quando dizemos caminhar, é caminhar mesmo. A 70 metros de altura, sem carros e apenas com muita adrenalina à mistura.  O Open House Lisboa 2015 abre pela quarta vez as portas à arquitetura da capital e promete ser um dia inesquecível para os mais curiosos e aventureiros. Nos dias 10 e 11 de Outubro vai ser possível visitar gratuitamente vários espaços arquitetónicos da capital e ainda o ‘interior’ da Ponte 25 de Abril, numa visita imprópria para cardíacos e para vertiginosos, mas à medida de todos os que gostam de arquitetura e procuram aventura e adrenalina. Contudo, esta visita a 70 metros de altura do rio Tejo não é para todos. O limite por visita é de 18 pessoas e as inscrições devem ser feitas a partir do dia 2 de Outubro.
Em Outubro 36 pessoas vão passear dentro da Ponte 25 de Abril 

Adrenalina. Esta é a única premissa para aquela que consideramos ser a visita mais cool da quarta edição do Open House Lisboa, que decorre dias 10 e 11 de Outubro. Em que consiste? Simplesmente numa visita radical a uma das maiores pontes suspensas do mundo, a 70 metros do rio, durante cerca de duas horas. 
O truque é não olhar para baixo e desfrutar de uma das melhores vistas deste país. Afinal de contas, a Ponte 25 de Abril é uma autêntica ode à arquitectura e engenharia realizada em Portugal, que todos os dias adormece sob um pôr de sol magnífico no Tejo.
A oportunidade está limitada a 18 pessoas por visita, sendo que uma decorre pela manhã, às 9h30 de dia 10 e outra às 14h30 do mesmo dia. As inscrições abrem no site dia 2 de Outubro e incluem uma explicação ao pormenor sobre a história e engenharia da ponte.
Quanto ao look da visita, escusado será dizer que calçado e roupa confortável são imperativos e que a condição física – além de seres maior de 18 anos – merece ser tida em conta. Capacete, luvas e colete é por conta da entidade Infraestruturas de Portugal, parceira nesta iniciativa e que concede não só o espaço tão peculiar como também as explicações mencionadas acima. “É obrigatório o uso de calçado fechado e de borracha”. Serão ainda “fornecidos pela entidade equipamentos de proteção individual” e “recomenda-se ter boa preparação física”, lê-se no site do Open House Lisboa.
Conhecer por dentro a Ponte 25 de Abril tem muitos requisitos e não é para todos. As visitas são raras. Aliás, raríssimas.
A Infraestruturas de Portugal já abriu a ponte aos visitantes, no âmbito das Jornadas Europeias do Património, este ano dedicadas ao património industrial, em parceria com a APRUPP - Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património. Duas visitas, apenas 36 visitantes, dois grupos de 18 pessoas, o máximo permitido, segundo o engenheiro Pedro Abegão, da Infraestruturas de Portugal (IP), empresa que gere a Ponte 25 de Abril, com a Lusoponte.
A visita começa na sede da empresa, resultado da fusão entre a Estradas de Portugal e a Refer, escondida atrás da Praça das Portagens da ponte. Uma colina que só existe porque serviu de aterro às terras que vinham do rio quando a primeira ponte sobre o Tejo em Lisboa foi construída. A história começa a contar-se com um filme (também ele histórico).

A história da Ponte
A Ponte 25 de Abril – outrora Ponte Salazar, por ter sido inaugurada a 6 de Agosto de 1966 – é numa gigantesca construção de lego, cujas peças resultam num total de 72600 toneladas de aço e 263 mil metros cúbicos de betão. Está assente em dois pilares de 190 metros de altura e demorou apenas quatro anos a ser construída. Teve um gasto de 11 milhões de euros e mais tarde, já na década de 90, foi alargada a seis faixas e adquiriu um tabuleiro ferroviário.
Tecnologicamente falando, a Ponte que liga a capital portuguesa a Almada é um elemento tão complexo e magnânimo que possui sensores que, de segundo a segundo, fazem 400 leituras dos seus dados, posteriormente enviados para o LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), para que sejam captados quaisquer desvios ou desequilíbrios.
Por curiosidade, e em termos de números, todos os dias a ponte serve de passagem para cerca de 85 mil passageiros que viajam quer nos seus automóveis quer nos transportes públicos.
Segundo a Trienal de Arquitectura de Lisboa, organizadora do evento, a edição deste ano consiste em olhar Lisboa de três perspectivas diferentes: uma super macro, outra de bairro e outra de edifícios em diferentes escalas. Cabe por isso à Ponte ficar com aquela que nos parece ser a mais acarinhada pelo público. Olhar o Tejo de outra forma com o coração aos saltos.
 A oportunidade é única e vai esgotar. Sê rápido. O limite por visita é de 18 pessoas e as inscrições devem ser feitas a partir do dia 2 de Outubro.



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