Aumentos de salário na Transtejo e Soflusa adiados até chegada do novo Governo
Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, que fazem ligações fluviais no Tejo, e a administração das empresas não chegaram a acordo para rever os salários, ficando eventuais novas negociações adiadas para quando houver novo Governo. "A administração manifestou abertura para negociar numa primeira reunião, fizemos uma proposta, mas na reunião de hoje decidiu acabar com as negociações", disse à Lusa Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marina Mercante, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
Deram "em nada" as cinco greves de Setembro e as consecutivas reuniões entre administração da Transtejo e Soflusa e os sindicatos para o aumento salarial dos trabalhadores dos barcos que ligam o Barreiro, Seixal, Montijo, Trafaria, Cacilhas e Porto Brandão a Lisboa.
O responsável sindical referiu que ficou "desiludido" com o resultado da reunião entre as partes, explicando que esperava "outro desfecho". "A administração da empresa disse que nos ia voltar a chamar nas próximas semanas, deu a ideia que estava à espera da definição do novo Governo. Nós vamos informar os trabalhadores e aguardar por esse encontro", salientou Carlos Costa.
Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, que fazem ligações fluviais no Tejo, e a administração das empresas não chegaram a acordo para rever os salários, ficando eventuais novas negociações adiadas para quando houver novo Governo. "A administração manifestou abertura para negociar numa primeira reunião, fizemos uma proposta, mas na reunião de hoje decidiu acabar com as negociações", disse à Lusa Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marina Mercante, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
Greves ficam, para já, suspensas até à estrada do novo Governo |
Deram "em nada" as cinco greves de Setembro e as consecutivas reuniões entre administração da Transtejo e Soflusa e os sindicatos para o aumento salarial dos trabalhadores dos barcos que ligam o Barreiro, Seixal, Montijo, Trafaria, Cacilhas e Porto Brandão a Lisboa.
O responsável sindical referiu que ficou "desiludido" com o resultado da reunião entre as partes, explicando que esperava "outro desfecho". "A administração da empresa disse que nos ia voltar a chamar nas próximas semanas, deu a ideia que estava à espera da definição do novo Governo. Nós vamos informar os trabalhadores e aguardar por esse encontro", salientou Carlos Costa.
Na semana passada, depois de um plenário de trabalhadores no Barreiro, o responsável sindical explicou que os trabalhadores decidiram manter a greve ao trabalho extraordinário que decorre há vários meses.
"Vamos manter a greve ao trabalho extraordinário e aguardar. Neste momento, estão excluídas outras formas de luta até se concluírem as reuniões", defendeu.
Em Setembro, os trabalhadores da Soflusa realizaram cinco dias de greve parcial, que afetou as ligações, em especial nas horas de ponta da manhã e tarde, exigindo uma revisão da massa salarial.
Segundo um comunicado da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, a greve de Setembro foi convocada “em defesa do cumprimento integral do Acordo de Empresa, pela negociação colectiva e contra a onda repressiva traduzida em cerca de 90 processos disciplinares”.
“Esta é a resposta às medidas prepotentes e arbitrárias da actual administração desta empresa que recusa negociar as condições de trabalho e procede a aumentos de salários de quadros superiores em valores que atingiram 2 500 euros por mês”, dizem os sindicalistas.
Aquela federação sindical acusa o Governo de estar a “proceder à destruição da organização e funcionamento das quatro empresas – Carris, Metro, Transtejo e Soflusa – para gerar a extinção de centenas de postos de trabalho e embaratecer a operação se subconcessão/privatização em curso”.
Essa luta continua com os trabalhadores a exigir uma revisão da massa salarial. Vão, no entanto, esperar agora pela entrada de um novo Governo para decidir as medidas a tomar. Uma nova greve? "É possível se não nos ouvirem", garante fonte dos trabalhadores.
A Lusa contactou a administração da Transtejo e da Soflusa, mas não foi possível obter uma reação.
Barcos transportam 74 mil pessoas por dia
De acordo com dados do Relatório de Caraterização e Diagnóstico do Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal (PMTI) o Estuário do Tejo representa cerca de 11 por cento do “território” da Área Metropolitana de Lisboa, com cerca de 330 km2, o sistema fluvial do grupo Transtejo/Soflusa, no conjunto das suas ligações, movimenta diariamente cerca de 74 mil passageiros (4º maior do mundo, acima do Star Ferry de Hong-Kong e muito próximo do volume da ligação Manhathan/Staten Island, em Nova Iorque, com um volume médio de 75 mil passageiros/dia com a particularidade de ser gratuita), representando um tráfego superior ao do serviço ferroviário metropolitano de atravessamento do estuário realçando que a ligação fluvial Barreiro-Lisboa representa hoje mais de 50 por cento do volume total do sistema fluvial, com cerca de 41 mil passageiros/dia, e é o interface de transportes mais movimentado do Distrito de Setúbal.
O Grupo Transtejo é responsável pelas ligações marítimas no Tejo entre o Barreiro, Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria à capital portuguesa.
"Vamos manter a greve ao trabalho extraordinário e aguardar. Neste momento, estão excluídas outras formas de luta até se concluírem as reuniões", defendeu.
Em Setembro, os trabalhadores da Soflusa realizaram cinco dias de greve parcial, que afetou as ligações, em especial nas horas de ponta da manhã e tarde, exigindo uma revisão da massa salarial.
Segundo um comunicado da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, a greve de Setembro foi convocada “em defesa do cumprimento integral do Acordo de Empresa, pela negociação colectiva e contra a onda repressiva traduzida em cerca de 90 processos disciplinares”.
“Esta é a resposta às medidas prepotentes e arbitrárias da actual administração desta empresa que recusa negociar as condições de trabalho e procede a aumentos de salários de quadros superiores em valores que atingiram 2 500 euros por mês”, dizem os sindicalistas.
Aquela federação sindical acusa o Governo de estar a “proceder à destruição da organização e funcionamento das quatro empresas – Carris, Metro, Transtejo e Soflusa – para gerar a extinção de centenas de postos de trabalho e embaratecer a operação se subconcessão/privatização em curso”.
Essa luta continua com os trabalhadores a exigir uma revisão da massa salarial. Vão, no entanto, esperar agora pela entrada de um novo Governo para decidir as medidas a tomar. Uma nova greve? "É possível se não nos ouvirem", garante fonte dos trabalhadores.
A Lusa contactou a administração da Transtejo e da Soflusa, mas não foi possível obter uma reação.
Barcos transportam 74 mil pessoas por dia
De acordo com dados do Relatório de Caraterização e Diagnóstico do Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal (PMTI) o Estuário do Tejo representa cerca de 11 por cento do “território” da Área Metropolitana de Lisboa, com cerca de 330 km2, o sistema fluvial do grupo Transtejo/Soflusa, no conjunto das suas ligações, movimenta diariamente cerca de 74 mil passageiros (4º maior do mundo, acima do Star Ferry de Hong-Kong e muito próximo do volume da ligação Manhathan/Staten Island, em Nova Iorque, com um volume médio de 75 mil passageiros/dia com a particularidade de ser gratuita), representando um tráfego superior ao do serviço ferroviário metropolitano de atravessamento do estuário realçando que a ligação fluvial Barreiro-Lisboa representa hoje mais de 50 por cento do volume total do sistema fluvial, com cerca de 41 mil passageiros/dia, e é o interface de transportes mais movimentado do Distrito de Setúbal.
O Grupo Transtejo é responsável pelas ligações marítimas no Tejo entre o Barreiro, Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria à capital portuguesa.
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