PJ detém 18 pessoas por tráfico de pessoas, extorsão e lenocínio
18 pessoas, 13 homens e cinco mulheres, foram ontem detidas pela PJ por tráfico de pessoas, extorsão, lenocínio (incentivo à prostituição com fins lucrativos), falsificação de documentos e de associação criminosa, informou aquela polícia. Luís Neves, coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo, disse à agência Lusa que foi desmantelada uma associação criminosa, com uma "liderança forte" e com membros, na maioria estrangeiros, que se repartiam entre tarefas administrativas, coação e violência das vítimas no trabalho e transporte entre explorações. A maioria das buscas decorreram no concelho de Santiago do Cacém, Vila Nova de Milfontes e São Teotónio, em Odemira, além de outros pontos do país.
A associação transportava imigrantes dos seus países, através de carrinhas, prometendo-lhes "bons salários, horário de trabalho, cama e roupa lavada" em explorações agrícolas, mas na chegada a Portugal esses trabalhadores não encontravam as condições oferecidas, explicou o responsável da Polícia Judiciária.
Forte disposição policial detiveram ontem 18 pessoas em todo o país |
A associação transportava imigrantes dos seus países, através de carrinhas, prometendo-lhes "bons salários, horário de trabalho, cama e roupa lavada" em explorações agrícolas, mas na chegada a Portugal esses trabalhadores não encontravam as condições oferecidas, explicou o responsável da Polícia Judiciária.
O grupo criminoso organizado agora desmantelado era formado maioritariamente por estrangeiros, que se dedicavam à angariação de trabalhadores, mediante a promessa de melhoria de vida das vítimas que depois explorava através do recurso à violência, ameaça física e coacção, bem como à exploração sexual de mulheres e à extorsão de outras pessoas.
Tanto as mais de cem vítimas identificadas como os suspeitos detidos são, na sua grande maioria, de nacionalidade romena.
Os investigadores descrevem o grupo como muito bem organizado, com funções e tarefas rigorosamente definidas. Fonte ligada ao processo disse à Rádio Renascença que os contornos são de uma estrutura tipicamente mafiosa.
Tem uma liderança forte e violenta e vários outros patamares responsáveis pela logística, pela gestão financeira, pela segurança da própria estrutura, e ainda pela selecção, transporte, e alojamento das vítimas.
Tanto as mais de cem vítimas identificadas como os suspeitos detidos são, na sua grande maioria, de nacionalidade romena.
Os investigadores descrevem o grupo como muito bem organizado, com funções e tarefas rigorosamente definidas. Fonte ligada ao processo disse à Rádio Renascença que os contornos são de uma estrutura tipicamente mafiosa.
Tem uma liderança forte e violenta e vários outros patamares responsáveis pela logística, pela gestão financeira, pela segurança da própria estrutura, e ainda pela selecção, transporte, e alojamento das vítimas.
Buscas no Litoral Alentejano
O grupo criminoso é suspeito dos crimes de tráfico de seres humanos para exploração laboral, bem como de exploração sexual de mulheres e extorsão de outras pessoas.
No decurso da operação "corda bamba" foram realizadas mais de 30 buscas domiciliárias e a empresas, nas localidades do Ameal (Torres Vedras), Olho Marinho e Usseira (Óbidos), na região Oeste, Santiago do Cacém, Vila Nova de Milfontes e São Teotónio (Odemira), Beja e Serpa, no distrito de Beja.
A PJ efetuou ainda diversas apreensões relacionadas com os crimes e identificou mais de uma centena de vítimas.
Os detidos, com idades entre 20 e os 63 anos, vão começar a ser ouvidos esta quarta-feira no Tribunal da Comarca de Lisboa Oeste, em Sintra, em primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
No decurso da operação "corda bamba" foram realizadas mais de 30 buscas domiciliárias e a empresas, nas localidades do Ameal (Torres Vedras), Olho Marinho e Usseira (Óbidos), na região Oeste, Santiago do Cacém, Vila Nova de Milfontes e São Teotónio (Odemira), Beja e Serpa, no distrito de Beja.
A PJ efetuou ainda diversas apreensões relacionadas com os crimes e identificou mais de uma centena de vítimas.
Os detidos, com idades entre 20 e os 63 anos, vão começar a ser ouvidos esta quarta-feira no Tribunal da Comarca de Lisboa Oeste, em Sintra, em primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
Comentários
Enviar um comentário