Alcochete quer requalificar zona urbana da vila

Câmara unânime na aprovação da visão estratégica para o município

O executivo municipal de Alcochete aprovou, por unanimidade, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Alcochete, na reunião de Câmara descentralizada que decorreu na Junta de Freguesia do Samouco. Este plano, diz a autarquia, está definida a visão estratégica do município para o concelho, enquadrado no acordo de parceria Portugal 2020 e nos respetivos programas operacionais candidatáveis a fundos comunitários. O Plano de Ação de Regeneração Urbana, que comporta um investimento de um milhão e 100 mil euros para a requalificação do Miradouro Amália Rodrigues, reabilitação do espaço público e do ambiente urbano e reabilitação de um edifício. A autarquia pretende ainda avançar com o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, cujo investimento para projetos públicos a desenvolver é de um milhão 700 mil euros para construção de bike sharing e construção da rede ciclável e pedonal.
Miradouro Amália Rodrigues em Alcochete vai ser requalificado 

“Há um consenso na Câmara Municipal relativamente à visão que se preconiza”, destacou o presidente da Câmara que acrescentou: “Estamos perante um quadro comunitário designado de Portugal 2020 que se deve prolongar até 2023, se tudo correr normalmente, e é preciso garantir que os municípios conseguem angariar os fundos comunitários para as ações e os projetos que consideram mais relevantes, e também devemos considerar que este quadro comunitário vai para além do final deste mandato, e portanto um horizonte temporal mais amplo que vai para além de 2017”, sublinhou Luís Miguel Franco.
As ações integradas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano circunscrevem-se à ARU- Área de Reabilitação Urbana de Alcochete, mas é objetivo da Câmara Municipal estender a filosofia e os contornos das áreas de reabilitação urbana às freguesias de Samouco e São Francisco.
O plano recupera projetos anteriormente identificados pela autarquia que não foram contemplados no anterior quadro comunitário e constaram no Programa de Ação para a Regeneração da Frente Ribeirinha, nomeadamente: o Miradouro Amália Rodrigues e o PEDAL, “em que estava incluído o sistema de bike sharing, a aquisição de uma viatura movida a energias alternativas, e que infelizmente, os contratos que estavam celebrados entre a autarquia e o gestor operacional do QREN foram revogadas unilateralmente por esse mesmo gestor”, lamentou Luís Miguel Franco.
“O sistema de bike sharing e também a rede pedonal e ciclável passa por uma interligação, não só intraconcelhia relacionando territórios que estão inseridos no concelho de Alcochete, mas também interconcelhios, porque o objetivo é criar um espaço amigável para peões que queiram fazer caminhadas ou algo mais exigente, ou para utilizadores das bicicletas como um modo suave de mobilidade”, acrescentou o autarca.
O Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano reflete, diz a autarquia, "numa visão para o futuro do concelho para o território de Alcochete no horizonte 2020, ou seja, é uma visão integrada e focalizada nos domínios social, económico, urbanístico e ambiental, que identifica como fundamental o processo de participação da população, comerciantes, investidores e entidades da esfera social e educativa. Destaque-se a participação da população local nos fóruns realizados, exatamente para auscultar as suas expetativas, uns dirigidos para o investimento e outros orientados para as vivências, a integração social e demais questões associadas".
Recorde-se que há muito que a autarquia ribeirinha tem vindo a investir em instrumentos de planeamento numa visão integrada do desenvolvimento do concelho num horizonte temporal mais alargado.

Investimento superior a sete milhões de euros  
No Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano estão estabelecidos quatro objetivos estratégicos, que estão relacionados com a promoção da reabilitação urbana e da centralidade funcional, com o reforço da coesão territorial e a inclusão social, com o projetar da conetividade e da sustentabilidade e com o fomento de uma governação cooperativa e partilhada.
O Plano de Ação de Regeneração Urbana, que comporta um investimento de um milhão e 100 mil euros para a requalificação do Miradouro Amália Rodrigues, instalação de mobiliário urbano na ARU, reabilitação do espaço público e do ambiente urbano da ARU e reabilitação de um edifício; e três milhões de euros de investimento privado.
O Plano de Ação Integrado para as comunidades desfavorecidas, que integra um investimento de 720 mil euros para a reabilitação de edifícios de habitação social e espaço público envolvente, reabilitação de equipamentos públicos, agência do empreendedor jovem, criação de movimento associativo de emigrantes, orientação e formação profissional de jovens e loja social; e 45 mil euros de investimento privado.
O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, cujo investimento para projetos públicos a desenvolver é de um milhão 700 mil euros para construção de bike sharing e construção da rede ciclável e pedonal.


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