Suspeito é acusado de homicídio por negligência
Filipe Andrade, um escultor de 29 anos que na manhã de 27 de Dezembro do ano passado atropelou mortalmente João Gomes, no Fogueteiro, Seixal, fugindo em seguida, foi acusado pelo Ministério Público do Seixal pelos crimes de homicídio por negligência grosseira e omissão de auxílio. Enfrenta uma pena de até sete anos de prisão. A família de João Gomes vai homenagear o jovem na manhã de 27 de Dezembro, junto ao local do atropelamento, marcando o primeiro aniversário da sua morte. João, residente em Sesimbra, deslocava-se para o trabalho – numa pastelaria do centro comercial Rio Sul, no Fogueteiro – quando foi atropelado mortalmente numa berma. Jovem foi colhido quando saiu do autocarro para ir trabalhar |
O despacho de acusação foi emitido nos primeiros dias deste mês. Foi recolhida prova de que o condutor estava ao volante do Citroën C3 que, pelas 7h40, colheu pelas costas o jovem João Gomes, de 22 anos. Durante o inquérito, Filipe Andrade disse à PJ (que realizou as peritagens), que tinha ido a Lisboa divertir-se com amigos nessa noite. Voltou de carro para casa, na Amora, Seixal. Ao sair da A2 e entrar na Estrada Nacional 10, encontrou a vítima, que tinha saído do autocarro e caminhava pela berma em direção ao Centro Comercial Rio Sul, atropelando-a.
João Gomes viria a morrer no Hospital Garcia de Orta, em Almada. Segundo a acusação, o Citroën C3 foi guardado e lavado por Filipe Andrade numa garagem.
A 5 de Janeiro, nove dias após o acidente, o escultor contactou a companhia de seguros dizendo que queria arranjar o carro, que tinha danos do atropelamento. A PSP foi alertada e ligou Filipe Andrade ao caso.A amostra de ADN presente no carro do arguido e o trabalho de recolha dos destroços deixados no local do atropelamento ajudaram a ligar o condutor ao crime. O arguido está com termo de identidade e residência. O julgamento ainda não tem data marcada.
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