A Câmara de Palmela inaugurou na terça-feira, o “Espaço Cidadão – Serviço de Apoio à Comunidade”. Localizado no coração do Centro Histórico de Palmela, junto ao Mercado Municipal, o Espaço Cidadão já está de portas abertas e acolhe todos os serviços públicos prestados pela Junta de Freguesia de Palmela e serviços de proximidade, como o apoio jurídico, dinamização de atividades culturais e educativas, abertas às instituições locais, ao movimento associativo e à população em geral. A Câmara de Palmela, considera a conclusão desta obra "um marco importante na requalificação do Centro Histórico da vila", encerrando uma etapa da reabilitação, "no âmbito de um investimento mais vasto que temos consolidado e que terá, em breve, novas fases", sublinha o presidente da autarquia. A partir de Janeiro, o Espaço Cidadão passa a ser mais um dos pontos de paragem obrigatória nos roteiros de visitas guiadas promovidas pelo Museu Municipal, contribuindo para uma nova compreensão sobre a forma como esta zona da vila tem evoluído.
Centenas de pessoas assistiram à inauguração do novo espaço |
Depois do descerramento da placa, e perante uma vasta audiência, que fez questão de conhecer de perto este novo equipamento, a Junta de Palmela e o município celebraram o contrato de comodato, que formaliza a cedência de instalações para o funcionamento dos serviços desta autarquia. Fernando Baião, presidente da Junta, está confiante de que a sua equipa contará, a partir de agora, "com melhores condições de trabalho e de que este será um espaço vivo, dinâmico e de afetos, no coração do Centro Histórico, contribuindo para a coesão social". Na opinião do autarca, "a evolução deste núcleo mais antigo está a ser positiva, com mais negócios, mais turismo e o sentimento de que as pessoas acreditam em Palmela", sublinha Fernando Baião.
Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, considerou a conclusão do Espaço Cidadão "um marco importante na requalificação do Centro Histórico da vila", encerrando uma etapa da reabilitação, "no âmbito de um investimento mais vasto que temos consolidado e que terá, em breve, novas fases".
A cerimónia contou com momentos de animação, a cargo dos jovens músicos da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” e do Conservatório Regional de Música de Palmela da Sociedade Filarmónica Humanitária, bem como do Grupo Coral “Ausentes do Alentejo”.
Continua o investimento no Centro Histórico
No Orçamento para 2016 e nas Grandes Opções do Plano, estão incluídas obras "importantes para o quotidiano das pessoas, mas também, para tornar Palmela ainda mais bonita", sublinhou o presidente do Município. São exemplo a requalificação e iluminação do Jardim Joaquim José de Carvalho, a remodelação de infraestruturas e pavimento da Rua Serpa Pinto, a requalificação do Largo do Chafariz D. Maria I e da Alameda 25 de Abril e a reabilitação de edifícios de grande interesse patrimonial, como o Salão Nobre dos Paços do Concelho e a Igreja de S. João, esta última, em parceria com a diocese de Setúbal.
Álvaro Amaro aproveitou a ocasião para recordar medidas de incentivo que têm sido desenvolvidas e que têm conseguido atrair empreendedores, imprimindo uma nova dinâmica no Centro Histórico de Palmela, e desafiou os proprietários e investidores privados a continuarem a participar "neste esforço coletivo de recuperação de imóveis, investimento no comércio e serviços de proximidade", para que esta possa ser, cada vez mais, "a nossa sala de visitas".
Álvaro Amaro aproveitou a ocasião para recordar medidas de incentivo que têm sido desenvolvidas e que têm conseguido atrair empreendedores, imprimindo uma nova dinâmica no Centro Histórico de Palmela, e desafiou os proprietários e investidores privados a continuarem a participar "neste esforço coletivo de recuperação de imóveis, investimento no comércio e serviços de proximidade", para que esta possa ser, cada vez mais, "a nossa sala de visitas".
Um edifício com muitos séculos de história para contar
Espaço Cidadão situa-se em pleno coração do Centro Histórico |
Além dos serviços a prestar, a própria recuperação deste conjunto edificado vem contribuir, fortemente, para a valorização e qualificação do Centro Histórico, como atestaram a arqueóloga Michele Santos e a antropóloga Teresa Sampaio, técnicas da autarquia que têm desenvolvido trabalho de invetsigação sobre o espaço e dinamizaram as visitas guiadas.
Testemunha de cerca de sete séculos de ocupação humana, por diversas culturas, este edifício municipal exibe elementos arquitetónicos de grande valor para perceber a vivência deste núcleo mais antigo da vila. Muitos destes elementos e das várias centenas de vestígios arqueológicos recolhidos estão, ainda, em estudo e investigação, mas esta parece tratar-se, para já, da habitação de um cristão novo - possivelmente, um judeu convertido - situada no termo da vila, que se estendia desde o Castelo e o arrabalde. Coloca-se, até, a hipótese de ter sido utilizada, em tempos, como lugar de culto ou mesmo, sinagoga.
De grande importância são, também, os elementos relacionados com a captação e distribuição de água nesta zona, que se encontram musealizados e podem ser visitados no logradouro. Desde a porta original, rasgada na parede virada para o Mercado Municipal, até às múltiplas molduras de janelas e arcos embutidos nas paredes interiores e exteriores, o projeto, da autoria do arquiteto palmelense Sérgio Camolas, procurou preservar e exibir estes elementos, que nos falam da história do edifício e dos vários usos que teve, ao longo dos tempos.
No interior, encontra-se uma exposição permanente de espólio arqueológico recuperado e a primeira das exposições temporárias a realizar sobre atividades tradicionais do Centro Histórico, desta feita, dedicada à relojoaria e elaborada em parceria com Altino Bernardes.
A partir de Janeiro, o Espaço Cidadão passa a ser mais um dos pontos de paragem obrigatória nos roteiros de visitas guiadas promovidas pelo Museu Municipal, contribuindo para uma nova compreensão sobre a forma como esta zona da vila tem evoluído.
Testemunha de cerca de sete séculos de ocupação humana, por diversas culturas, este edifício municipal exibe elementos arquitetónicos de grande valor para perceber a vivência deste núcleo mais antigo da vila. Muitos destes elementos e das várias centenas de vestígios arqueológicos recolhidos estão, ainda, em estudo e investigação, mas esta parece tratar-se, para já, da habitação de um cristão novo - possivelmente, um judeu convertido - situada no termo da vila, que se estendia desde o Castelo e o arrabalde. Coloca-se, até, a hipótese de ter sido utilizada, em tempos, como lugar de culto ou mesmo, sinagoga.
De grande importância são, também, os elementos relacionados com a captação e distribuição de água nesta zona, que se encontram musealizados e podem ser visitados no logradouro. Desde a porta original, rasgada na parede virada para o Mercado Municipal, até às múltiplas molduras de janelas e arcos embutidos nas paredes interiores e exteriores, o projeto, da autoria do arquiteto palmelense Sérgio Camolas, procurou preservar e exibir estes elementos, que nos falam da história do edifício e dos vários usos que teve, ao longo dos tempos.
No interior, encontra-se uma exposição permanente de espólio arqueológico recuperado e a primeira das exposições temporárias a realizar sobre atividades tradicionais do Centro Histórico, desta feita, dedicada à relojoaria e elaborada em parceria com Altino Bernardes.
A partir de Janeiro, o Espaço Cidadão passa a ser mais um dos pontos de paragem obrigatória nos roteiros de visitas guiadas promovidas pelo Museu Municipal, contribuindo para uma nova compreensão sobre a forma como esta zona da vila tem evoluído.
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