Artista foi considerado o português que mais contribuiu para levar o nome do país ao estrangeiro
O artista Vhils, cujo percurso artístico começou no Seixal, foi escolhido pela imprensa estrangeira sediada em Portugal como a personalidade portuguesa este ano, anunciou hoje a Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal. "O artista vai receber o Prémio Martha de la Cal da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal por ter sido considerado o português que mais contribuiu durante este ano para levar o nome do país ao exterior", refere a entidade.
Vhils vai receber o vigésimo sexto Prémio Personalidade do Ano Martha de la Cal da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal.
Transformar a paisagem urbana degradada num espaço de diálogo sobre a condição humana é o que marca os rostos escavados por Vhils - nome adotado por Alexandre Farto - nas paredes, em obras de arte que realizou não apenas em Lisboa, Porto e Aveiro, mas também em Nova Iorque, Moscovo, Londres, Los Angeles e Bogotá, entre outras cidades, refere a Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal.
O percurso artístico começou em 1988, com apenas 11 anos, na região do Seixal, realizando grafites nas paredes e em comboios. Tecnicamente, o grande salto ocorreu em 2011, quando desenvolveu a técnica de baixos-relevos que o tornou conhecido.
Criado em 1990, o galardão atribuído a Vhils reconhece o mérito de pessoas ou instituições que mais fizeram pelo nome do país no estrangeiro.
A escolha é realizada através de votação pelos cerca de 60 membros da associação, jornalistas acreditados em Portugal que trabalham para meios de comunicação estrangeiros.
O convite para fazer uma intervenção no edifício partiu da escola, da professora Maria Dâmaso, que deu aulas a Alexandre Farto quando este frequentava a Secundária José Afonso, na área de Artes, mas a ideia de fazer o trabalho em conjunto com alunos partiu do artista, recordou o próprio artista.
Vhils voltou à escola, onde estudou entre 2001 e 2005, para esculpir o retrato de Zeca Afonso numa das paredes, participando assim nas actividades do cinquentenário daquele estabelecimento de ensino.
A experiência foi "superinteressante". Os alunos, de Artes, "já conheciam o trabalho" do artista que esculpiu rostos em paredes um pouco por todo o mundo. "Mostraram-se muito à vontade e quase fizeram a peça sozinhos. Não estava à espera que [a actividade] tivesse tanta adesão inicial e [os alunos tivessem] tanto à vontade para criar aquele tipo de peça", contou.
Alexandre Farto deixou a José Afonso há dez anos, quando a escola começou a ser remodelada". Este regresso foi encarado pelo artista como "um contributo" para uma escola que lhe "deu bastante, não só em termos de escola de ensino, mas também de um background que é muito particular" naquele estabelecimento de ensino. "Era uma escola bastante aberta. Tinha pessoas de mundos diferentes, de sítios completamente diferentes, era muito multicultural", disse.
Vhils recordou que nem sempre foi "o aluno mais fácil" e nem sempre teve "as melhores médias"; no entanto, a secundária José Afonso deu-lhe "uma noção do que é crescer e viver num subúrbio de Lisboa". "Sem dúvida que isso se reflecte no trabalho e na consciência que eu ganhei no trabalho que faço hoje", afirmou.
O artista começou por pintar paredes com 13 anos, mas foi a escavá-las com retratos que captou a atenção do mundo. A técnica consiste em criar imagens em paredes ou murais através da remoção de camadas de materiais de construção, criando uma imagem em negativo.
O artista Vhils, cujo percurso artístico começou no Seixal, foi escolhido pela imprensa estrangeira sediada em Portugal como a personalidade portuguesa este ano, anunciou hoje a Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal. "O artista vai receber o Prémio Martha de la Cal da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal por ter sido considerado o português que mais contribuiu durante este ano para levar o nome do país ao exterior", refere a entidade.
Uma das suas obras está na Escola José Afonso, no Seixal |
Vhils vai receber o vigésimo sexto Prémio Personalidade do Ano Martha de la Cal da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal.
Transformar a paisagem urbana degradada num espaço de diálogo sobre a condição humana é o que marca os rostos escavados por Vhils - nome adotado por Alexandre Farto - nas paredes, em obras de arte que realizou não apenas em Lisboa, Porto e Aveiro, mas também em Nova Iorque, Moscovo, Londres, Los Angeles e Bogotá, entre outras cidades, refere a Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal.
O percurso artístico começou em 1988, com apenas 11 anos, na região do Seixal, realizando grafites nas paredes e em comboios. Tecnicamente, o grande salto ocorreu em 2011, quando desenvolveu a técnica de baixos-relevos que o tornou conhecido.
Criado em 1990, o galardão atribuído a Vhils reconhece o mérito de pessoas ou instituições que mais fizeram pelo nome do país no estrangeiro.
A escolha é realizada através de votação pelos cerca de 60 membros da associação, jornalistas acreditados em Portugal que trabalham para meios de comunicação estrangeiros.
Vhils regressou à escola onde estudou
Em Março do ano passado, Alexandre Farto, que assina Vhils, voltou à escola secundária onde estudou, no Seixal, para criar numa das paredes, com a ajuda de alunos daquele estabelecimento, um retrato do cantor Zeca AfonsoO convite para fazer uma intervenção no edifício partiu da escola, da professora Maria Dâmaso, que deu aulas a Alexandre Farto quando este frequentava a Secundária José Afonso, na área de Artes, mas a ideia de fazer o trabalho em conjunto com alunos partiu do artista, recordou o próprio artista.
Vhils voltou à escola, onde estudou entre 2001 e 2005, para esculpir o retrato de Zeca Afonso numa das paredes, participando assim nas actividades do cinquentenário daquele estabelecimento de ensino.
A experiência foi "superinteressante". Os alunos, de Artes, "já conheciam o trabalho" do artista que esculpiu rostos em paredes um pouco por todo o mundo. "Mostraram-se muito à vontade e quase fizeram a peça sozinhos. Não estava à espera que [a actividade] tivesse tanta adesão inicial e [os alunos tivessem] tanto à vontade para criar aquele tipo de peça", contou.
Alexandre Farto deixou a José Afonso há dez anos, quando a escola começou a ser remodelada". Este regresso foi encarado pelo artista como "um contributo" para uma escola que lhe "deu bastante, não só em termos de escola de ensino, mas também de um background que é muito particular" naquele estabelecimento de ensino. "Era uma escola bastante aberta. Tinha pessoas de mundos diferentes, de sítios completamente diferentes, era muito multicultural", disse.
Vhils recordou que nem sempre foi "o aluno mais fácil" e nem sempre teve "as melhores médias"; no entanto, a secundária José Afonso deu-lhe "uma noção do que é crescer e viver num subúrbio de Lisboa". "Sem dúvida que isso se reflecte no trabalho e na consciência que eu ganhei no trabalho que faço hoje", afirmou.
O artista começou por pintar paredes com 13 anos, mas foi a escavá-las com retratos que captou a atenção do mundo. A técnica consiste em criar imagens em paredes ou murais através da remoção de camadas de materiais de construção, criando uma imagem em negativo.
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