Montijo espera decisão “urgente” sobre aeroporto

Nuno Canta reuniu com ministro do Planeamento e Infraestruturas

O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, pediu ao governo uma decisão “urgente” sobre a localização do novo aeroporto completar à Portela, referindo que espera que seja tomada uma decisão em breve. Nuno Canta reuniu na sexta-feira com o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, para fazer um ponto de situação sobre o processo. O aeroporto da Portela registou 20 milhões de passageiros em 2015, numa altura em que a capacidade prevista no contrato com a ANA é de apenas 22 milhões. O valor poderá ser atingido ainda este ano e obriga, por isso, a alternativas.
Ministro Pedro Marques recebeu autarca do Montijo 

“Reunimos e e ainda não temos uma resposta definitiva. O que nos foi transmitido é que ainda existem estudos a fazer, mas quer o governo quer as autarquias tem urgência em saber, apesar de compreender que o novo governo precisa de tempo para estudar o processo”, disse Nuno Canta.
O autarca socialista referiu que a deslocação das companhias lowcost para a base aérea número 6, no Montijo, pode ser importante para o concelho mas também para toda a região de Setúbal.
“Quisemos saber como estava a decorrer o processo e fico satisfeito por considerarem o Montijo como a solução mais eficiente e por estarem inclinados a continuar a avançar com o trabalho. Esta infraestrutura tem que ser pensada de forma clara, pois pode aumentar toda a competitividade da região”, defendeu o presidente da Câmara do Montijo.
Nuno Canta mostrou-se ainda satisfeito pela disponibilidade do ministro em o ter recebido.
“Já tinha solicitado muitas vezes reuniões ao anterior governo e tal não aconteceu, agora conseguimos reunir. Esperamos uma resolução do processo para breve”, concluiu o autarca do Montijo.

Ministro avalia Montijo 
O aeroporto da Portela atingiu em 2015 os 20 milhões de passageiros. O número, que já era esperado, vem assim dar força à necessidade de dar resposta ao aumento da capacidade em Lisboa. A base aérea do Montijo como aeroporto complementar tem sido a solução em cima da mesa. "Não se coloca em causa. Qualquer governo irá indicar esta solução", afirmou em Novembro do ano passado o presidente socialista da Câmara do Montijo, Nuno Canta. O autarca recordou as declarações públicas de António Costa há uns meses, enquanto secretário-geral do PS, que indicava a solução do Montijo como "óbvia" e a ser "aproveitada".
Já este mês, o governo admite estar a estudar a possibilidade de avançar para a solução Montijo como complemento ao aeroporto da Portela. A hipótese foi admitida pelo ministro do Equipamento e Infraestruturas, Pedro Marques.
“Este patamar coloca-nos um conjunto de desafios do ponto de vista da nossa capacidade de manter as infraestruturas competitivas”, afirmou Pedro Marques, lembrando que o Governo está a “estudar as soluções” com a ANA para que esta competitividade se mantenha “tanto em Lisboa como em Portugal”.
O aeroporto da Portela registou 20 milhões de passageiros em 2015, numa altura em que a capacidade prevista no contrato com a ANA é de apenas 22 milhões. O valor poderá ser atingido ainda este ano e obriga, por isso, a alternativas.
“O aeroporto tem capacidade, aliás os triggers [fatores que desencadeiam uma ação] não estão ainda atingidos. Mas é absolutamente verdade que o crescimento tem sido muito superior às previsões. Nesta fase o que me preocupa é pegar num trabalho que não estava completo e aprofundá-lo. E tem que ser feito. Há componentes operacionais, do ponto de vista da acessibilidade que tem de ser feito”, detalhou o ministro da Infraestrutura e Planeamento, que já foi vereador na Câmara de Montijo.
O anterior executivo chegou a preparar um memorando de entendimento relativo ao desenvolvimento do aeroporto no Montijo, mas as autarquias envolvidas (Lisboa e Montijo) acabaram por não assinar o documento antes das eleições.

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