Retratos que permitem redescobrir a história da cidade
O quotidiano de Setúbal do século XX está representado numa exposição de homenagem a Américo Ribeiro, mostra patente até 5 de Fevereiro na Casa da Cultura e que assinala o início das comemorações do 110.º aniversário do nascimento do fotógrafo. “É impressionante que, passados tantos anos, o trabalho deste homem ainda nos surpreenda, inclusivamente a quem trabalha diariamente com este riquíssimo arquivo”, sublinhou o vereador da Cultura da Câmara de Setúbal, Pedro Pina, na inauguração da exposição “Dizem que é Américo! Um Fotógrafo | Outras Imagens | Novos Olhares”. A mostra é constituída por uma seleção de algumas imagens menos conhecidas do público e que retratam momentos isolados, de temáticas díspares e de períodos distintos do século XX, compreendidos entre os anos 30 e 80.
Américo Ribeiro foi um dos fotógrafos setubalenses mais ativos ao longo do século XX e, além de vários registos feitos para a imprensa local e nacional, captou milhares de momentos que constituem hoje um arquivo fotográfico municipal criado em sua homenagem.
A exposição que dá início ao leque de eventos comemorativos previsto para 2016 em Setúbal no âmbito do 110.º do nascimento do fotógrafo sadino resulta de uma seleção cuidada de técnicos da Autarquia do Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro e do Museu do Trabalho Michel Giacometti.
Entre as imagens presentes na mostra pode admirar-se um exercício dos bombeiros realizado em 1936 na Avenida Luísa Todi, a distribuição de sopa a crianças pobres pela Junta de Freguesia de Santa Maria da Graça na década de 30, a enorme de fila gerada às portas dos Paços do Concelho para as eleições de 25 de abril de 1975 e o descanso de um descarregador de peixe, a dormir uma sesta na doca de Setúbal captado num registo sem data.
Bruno Ferro, do Arquivo Américo Ribeiro, salientou que a seleção das imagens tentou abranger “as diferentes preocupações do fotógrafo em retratar a realidade contemporânea de Setúbal”.
Este critério levou à inclusão de outras fotografias curiosas na exposição, como o momento em que um barbeiro passa a lâmina na barba de um cliente e o retrato de uma família, após uma refeição, com o pai e o filho, ainda bebé, a posarem com um cigarro no canto da boca.
A exposição, que, realça o vereador Pedro Pina, “permite redescobrir a cidade”, inclui um anexo dedicado ao Centro de Memórias, a funcionar desde 2007 no Museu do Trabalho Michel Giacometti.
O projeto da Câmara Municipal conta com a colaboração de um grupo de voluntários que ajudam na identificação e contextualização de fotografias captadas por Américo Ribeiro mas sobre as quais não há registos históricos.
O quotidiano de Setúbal do século XX está representado numa exposição de homenagem a Américo Ribeiro, mostra patente até 5 de Fevereiro na Casa da Cultura e que assinala o início das comemorações do 110.º aniversário do nascimento do fotógrafo. “É impressionante que, passados tantos anos, o trabalho deste homem ainda nos surpreenda, inclusivamente a quem trabalha diariamente com este riquíssimo arquivo”, sublinhou o vereador da Cultura da Câmara de Setúbal, Pedro Pina, na inauguração da exposição “Dizem que é Américo! Um Fotógrafo | Outras Imagens | Novos Olhares”. A mostra é constituída por uma seleção de algumas imagens menos conhecidas do público e que retratam momentos isolados, de temáticas díspares e de períodos distintos do século XX, compreendidos entre os anos 30 e 80.
Obra de Américo Ribeiro em exposição na cidade de Setúbal |
Américo Ribeiro foi um dos fotógrafos setubalenses mais ativos ao longo do século XX e, além de vários registos feitos para a imprensa local e nacional, captou milhares de momentos que constituem hoje um arquivo fotográfico municipal criado em sua homenagem.
A exposição que dá início ao leque de eventos comemorativos previsto para 2016 em Setúbal no âmbito do 110.º do nascimento do fotógrafo sadino resulta de uma seleção cuidada de técnicos da Autarquia do Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro e do Museu do Trabalho Michel Giacometti.
Entre as imagens presentes na mostra pode admirar-se um exercício dos bombeiros realizado em 1936 na Avenida Luísa Todi, a distribuição de sopa a crianças pobres pela Junta de Freguesia de Santa Maria da Graça na década de 30, a enorme de fila gerada às portas dos Paços do Concelho para as eleições de 25 de abril de 1975 e o descanso de um descarregador de peixe, a dormir uma sesta na doca de Setúbal captado num registo sem data.
Bruno Ferro, do Arquivo Américo Ribeiro, salientou que a seleção das imagens tentou abranger “as diferentes preocupações do fotógrafo em retratar a realidade contemporânea de Setúbal”.
Este critério levou à inclusão de outras fotografias curiosas na exposição, como o momento em que um barbeiro passa a lâmina na barba de um cliente e o retrato de uma família, após uma refeição, com o pai e o filho, ainda bebé, a posarem com um cigarro no canto da boca.
A exposição, que, realça o vereador Pedro Pina, “permite redescobrir a cidade”, inclui um anexo dedicado ao Centro de Memórias, a funcionar desde 2007 no Museu do Trabalho Michel Giacometti.
O projeto da Câmara Municipal conta com a colaboração de um grupo de voluntários que ajudam na identificação e contextualização de fotografias captadas por Américo Ribeiro mas sobre as quais não há registos históricos.
Recuperação da memória coletiva e contemporânea de Setúbal
Dez imagens, complementadas por apontamentos e comentários realizados pelos voluntários que se associaram ao projeto, explicam quem são os protagonistas retratados, o ano ou período em que foram registadas e ainda o tipo de evento a que se reportam.
Maria Miguel, do Museu do Trabalho Michel Giacometti, assinalou na inauguração da exposição que o grupo do Centro de Memórias se reúne todas as sextas-feiras para analisar fotografias de Américo Ribeiro.
“Estamos a caminhar a passos largos para as sete mil fotografias tratadas e analisadas”, frisou a técnica municipal sobre o trabalho desenvolvido pelo grupo de voluntários constituído por Alberto Sousa Pereira, Alexandre Portela, Raúl Gamito Gomes e Rogério Vaz de Carvalho, além de José Pedrosa, entretanto falecido em 2010.
Este importante trabalho de recuperação da memória coletiva e contemporânea de Setúbal, também sublinhado pelo vereador Pedro Pina, permite, ainda, uma maior interação dos espaços museológicos da cidade com a população.
Frequentemente, cópias das imagens de Américo Ribeiro saem dos núcleos museológicos para que os voluntários do Centro de Memórias as mostrem a outros munícipes que, eventualmente, consigam ajudar na identificação dos momentos registados. “Promove a proximidade entre museus e cidadãos, num desafio imenso de manter viva a memória coletiva de todos”, salientou Maria Miguel.
O arquivo municipal conta com mais de 140 mil fotografias de Américo Ribeiro, que retratam cerca de setenta anos da história do concelho e estão a ser recuperadas e digitalizadas.
Dez imagens, complementadas por apontamentos e comentários realizados pelos voluntários que se associaram ao projeto, explicam quem são os protagonistas retratados, o ano ou período em que foram registadas e ainda o tipo de evento a que se reportam.
Maria Miguel, do Museu do Trabalho Michel Giacometti, assinalou na inauguração da exposição que o grupo do Centro de Memórias se reúne todas as sextas-feiras para analisar fotografias de Américo Ribeiro.
“Estamos a caminhar a passos largos para as sete mil fotografias tratadas e analisadas”, frisou a técnica municipal sobre o trabalho desenvolvido pelo grupo de voluntários constituído por Alberto Sousa Pereira, Alexandre Portela, Raúl Gamito Gomes e Rogério Vaz de Carvalho, além de José Pedrosa, entretanto falecido em 2010.
Este importante trabalho de recuperação da memória coletiva e contemporânea de Setúbal, também sublinhado pelo vereador Pedro Pina, permite, ainda, uma maior interação dos espaços museológicos da cidade com a população.
Frequentemente, cópias das imagens de Américo Ribeiro saem dos núcleos museológicos para que os voluntários do Centro de Memórias as mostrem a outros munícipes que, eventualmente, consigam ajudar na identificação dos momentos registados. “Promove a proximidade entre museus e cidadãos, num desafio imenso de manter viva a memória coletiva de todos”, salientou Maria Miguel.
O arquivo municipal conta com mais de 140 mil fotografias de Américo Ribeiro, que retratam cerca de setenta anos da história do concelho e estão a ser recuperadas e digitalizadas.
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