Câmara apela à subscrição de abaixo-assinado para mais cuidados de saúde
A sessão de câmara descentralizada no Passil, marcou “o momento zero” de um conjunto de ações que a câmara de Alcochete e as juntas de freguesia do concelho vão concretizar em prol de mais serviços de saúde no concelho de Alcochete. “Mais e melhores cuidados de saúde no concelho de Alcochete” é o título que encabeça a tomada de posição que foi aprovada por unanimidade, pelo executivo municipal, e da qual resultou já um abaixo-assinado endereçado ao ministro da saúde e que se pretende que seja subscrito massivamente pelos cidadãos do concelho. O encerramento total da extensão do centro de saúde no Passil, com a transferência de todos os equipamentos e recursos para o concelho do Montijo, foi uma das últimas ações da administração central que têm deteriorado e reduzido a prestação de cuidados de saúde no concelho de Alcochete.
Autarcas de Alcochete defendem reabertura de centros de saúde |
O contexto, diz a autarquia, "só piora, se tivermos em consideração que este é um lugar, assistido por uma rede de transportes públicos insuficiente, e no qual residem 408 munícipes que têm de se deslocar ao centro de saúde de Alcochete, que dista cerca de 10 km".
Assim, “à semelhança do que se passou convosco, também nós ficámos muito surpreendidos e perplexos perante esta situação. Nada indiciava que esta extensão, no lugar do Passil, viesse a ser encerrada. Aliás, por cautela, em tempos realizámos uma reunião com o então diretor do agrupamento dos centros de saúde do arco ribeirinho (ACES), Paulo Espiga, no sentido de criarmos todas as condições logísticas para que o posto de atendimento de saúde no Passil se mantivesse”, explicou o presidente da câmara municipal que não escondeu que a saúde tem sido uma preocupação constante em Alcochete, com um histórico nada benéfico para a população de todo o concelho que cada vez tem menos profissionais de saúde à sua disposição.
As opções dos sucessivos governos, no que à prestação de cuidados de saúde diz respeito, contrasta, por outro lado, com o aumento da população do concelho, visto que Alcochete foi “o quinto concelho que mais cresceu demograficamente entre censos (2001-2011), cerca de 35 por cento (6149 novos munícipes)”, como se refere na tomada de posição.
Assim, “à semelhança do que se passou convosco, também nós ficámos muito surpreendidos e perplexos perante esta situação. Nada indiciava que esta extensão, no lugar do Passil, viesse a ser encerrada. Aliás, por cautela, em tempos realizámos uma reunião com o então diretor do agrupamento dos centros de saúde do arco ribeirinho (ACES), Paulo Espiga, no sentido de criarmos todas as condições logísticas para que o posto de atendimento de saúde no Passil se mantivesse”, explicou o presidente da câmara municipal que não escondeu que a saúde tem sido uma preocupação constante em Alcochete, com um histórico nada benéfico para a população de todo o concelho que cada vez tem menos profissionais de saúde à sua disposição.
As opções dos sucessivos governos, no que à prestação de cuidados de saúde diz respeito, contrasta, por outro lado, com o aumento da população do concelho, visto que Alcochete foi “o quinto concelho que mais cresceu demograficamente entre censos (2001-2011), cerca de 35 por cento (6149 novos munícipes)”, como se refere na tomada de posição.
Problemas em todas as freguesias
Se a questão é problemática no lugar do Passil, em que residem muitos munícipes com idade avançada e com dificuldades de mobilidade, o panorama também não é muito melhor na freguesia de São Francisco, onde a extensão de saúde está encerrada desde 2010, tal como recordou Luís Miguel Franco: “assistimos nos últimos anos ao encerramento da extensão do centro de saúde de São Francisco, com o argumento de que esta freguesia dista 3 km do centro de saúde Alcochete e, portanto, as pessoas deveriam ter os meios necessários para se deslocarem de São Francisco até Alcochete. E nós sabemos que São Francisco é uma freguesia eminentemente rural, com pessoas que vivem dispersamente no território, com uma população menos jovem, com problemas de saúde e com dificuldades, cada vez maiores, em suportarem os custos de deslocação até ao centro de saúde de Alcochete e, quando não há essa possibilidade económica, há ausência de tratamento”, sublinha o autarca.
Na freguesia do Samouco, a situação não se revelou idêntica porque, tal como afirmou Luís Miguel Franco, “fazia parte dos compromissos da câmara municipal substituir-se ao ministério da saúde e construir uma nova extensão de saúde na freguesia e terá sido essa iniciativa da câmara municipal que terá impedido o governo de tomar a decisão de também encerrar a extensão de saúde”.
Se a questão é problemática no lugar do Passil, em que residem muitos munícipes com idade avançada e com dificuldades de mobilidade, o panorama também não é muito melhor na freguesia de São Francisco, onde a extensão de saúde está encerrada desde 2010, tal como recordou Luís Miguel Franco: “assistimos nos últimos anos ao encerramento da extensão do centro de saúde de São Francisco, com o argumento de que esta freguesia dista 3 km do centro de saúde Alcochete e, portanto, as pessoas deveriam ter os meios necessários para se deslocarem de São Francisco até Alcochete. E nós sabemos que São Francisco é uma freguesia eminentemente rural, com pessoas que vivem dispersamente no território, com uma população menos jovem, com problemas de saúde e com dificuldades, cada vez maiores, em suportarem os custos de deslocação até ao centro de saúde de Alcochete e, quando não há essa possibilidade económica, há ausência de tratamento”, sublinha o autarca.
Na freguesia do Samouco, a situação não se revelou idêntica porque, tal como afirmou Luís Miguel Franco, “fazia parte dos compromissos da câmara municipal substituir-se ao ministério da saúde e construir uma nova extensão de saúde na freguesia e terá sido essa iniciativa da câmara municipal que terá impedido o governo de tomar a decisão de também encerrar a extensão de saúde”.
Todavia, ainda permanece uma situação de incumprimento, visto que a câmara municipal "ainda não foi ressarcida em 400 mil euros, valor correspondente apenas à construção da extensão do centro de saúde, tendo em conta que a autarquia doou o terreno para a construção deste equipamento, tão necessário à população do Samouco", explicou o presidente da Câmara de Alcochete.
Abaixo-assinado disponível na sede da autarquia e nas juntas de freguesia
Apesar deste esforço da câmara municipal, e mesmo com novas instalações não houve aumento dos profissionais e serviços de saúde nesta extensão e os seus 2593 utentes continuam sem médico de família.
No início deste mês, perante um centro comunitário do Passil repleto de munícipes, o executivo municipal, assim como os três presidentes das juntas de freguesia puderam ouvir, de viva voz, as várias preocupações que assolam a população deste lugar. As dificuldades de deslocação para levantamento de receituário, os dispendiosos custos de quem se tem que deslocar diariamente de táxi para usufruir de cuidados de enfermagem, porque são escassos os horários de transportes públicos, as dificuldades de assistência de utentes com doenças crónicas, como a diabetes, foram alguns dos casos expostos pelos munícipes.
Perante este panorama, a câmara de Alcochete exige a reabertura imediata das extensões de saúde no Passil e em São Francisco, a colocação de mais médicos e enfermeiros em todas as extensões de saúde, a retoma dos programas de saúde e das consultas de especialidade, a elaboração dos estudos necessários à construção de um hospital Montijo/ Alcochete e o pagamento da construção da extensão de saúde na freguesia do Samouco.
Apelando à subscrição massiva do abaixo-assinado, que vai estar em curso durante o mês de Março e estará disponível nos paços do concelho e juntas de freguesia, o processo de reivindicação de mais cuidados de saúde no concelho contempla ainda a solicitação de audiências ao ministro da saúde e à comissão de saúde da Assembleia da República.
“Nada nos garante que vamos vencer esta luta, mas se não lutarmos vamos perder de certeza absoluta, e é convosco que queremos trilhar este caminho”, sublinhou Luís Miguel Franco.
Abaixo-assinado disponível na sede da autarquia e nas juntas de freguesia
Apesar deste esforço da câmara municipal, e mesmo com novas instalações não houve aumento dos profissionais e serviços de saúde nesta extensão e os seus 2593 utentes continuam sem médico de família.
No início deste mês, perante um centro comunitário do Passil repleto de munícipes, o executivo municipal, assim como os três presidentes das juntas de freguesia puderam ouvir, de viva voz, as várias preocupações que assolam a população deste lugar. As dificuldades de deslocação para levantamento de receituário, os dispendiosos custos de quem se tem que deslocar diariamente de táxi para usufruir de cuidados de enfermagem, porque são escassos os horários de transportes públicos, as dificuldades de assistência de utentes com doenças crónicas, como a diabetes, foram alguns dos casos expostos pelos munícipes.
Perante este panorama, a câmara de Alcochete exige a reabertura imediata das extensões de saúde no Passil e em São Francisco, a colocação de mais médicos e enfermeiros em todas as extensões de saúde, a retoma dos programas de saúde e das consultas de especialidade, a elaboração dos estudos necessários à construção de um hospital Montijo/ Alcochete e o pagamento da construção da extensão de saúde na freguesia do Samouco.
Apelando à subscrição massiva do abaixo-assinado, que vai estar em curso durante o mês de Março e estará disponível nos paços do concelho e juntas de freguesia, o processo de reivindicação de mais cuidados de saúde no concelho contempla ainda a solicitação de audiências ao ministro da saúde e à comissão de saúde da Assembleia da República.
“Nada nos garante que vamos vencer esta luta, mas se não lutarmos vamos perder de certeza absoluta, e é convosco que queremos trilhar este caminho”, sublinhou Luís Miguel Franco.
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