"Golpe de calor" provoca morte de militar e internamento de outro
Um militar de 20 anos morreu no domingo à noite devido a um "golpe de calor" (insolação) após se ter sentido mal durante um treino do curso de Comandos, que decorria num campo de tiro, em Alcochete, informou na segunda-feira o Exército. Um outro militar, também de 20 anos, a quem foi diagnosticado o mesmo problema, está internado na unidade de cuidados intensivos do Hospital do Barreiro, mas segundo o porta-voz do Exército, o tenente-coronel Vicente Pereira, "não corre risco de vida". O general chefe do Estado-Maior do Exército ordenou já um inquérito para apurar as causas em que o "trágico acontecimento ocorreu", pode ler-se ainda num comunicado do Exército que adianta também que a Polícia Judiciária Militar já se encontra a investigar o caso. Governo e Presidente da República já lamentaram a morte do militar.
O próprio Exército estava a registar a temperatura que se fazia sentir no campo de tiro, tendo contabilizado a meio da tarde 40,7 graus centígrados, adianta o porta-voz da instituição. O tenente-coronel Vicente Pereira sublinha, no entanto, que, devido às condições metereológicas, não houve restrições à água distribuída aos 67 alunos do curso, que estavam na primeira de 12 semanas de instrução.
Segundo o Exército, a vítima mortal, o segundo furriel Hugo Abreu, sentiu-se "indisposto durante uma prova de tiro", tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava o curso. O militar, que está nas Forças Armadas desde Novembro de 2014, tinha começado a instrução às 7h30. Tinha parado para almoço entre as 12h30 e as 14 horas e foi por volta das 15h40 que se sentiu mal, um pouco antes do colega, entretanto hospitalizado, que fazia um treino de progressão no terreno. Este último é um soldado natural de Viana do Castelo que está no Exército apenas desde Fevereiro.
A ambos foi diagnosticado "um golpe de calor" e os dois foram transferidos pelo médico do Exército para a enfermaria de campanha montada no campo, onde ficaram durante a tarde em observação. "Às 19 horas, o médico decide que os dois militares devem" ser transportados "para o Hospital das Forças Armadas", adianta o tenente-coronel Vicente Pereira. Mas o transporte acaba por não se fazer e às 20h36 Hugo Abreu, natural da Ribeira Brava, na Madeira, entra em paragem cardiorrespiratória. Quatro horas e meia após ter entrado na enfermaria de campanha. "O INEM é chamado. Entra no campo às 21 horas e chega ao militar às 21h20. Nessa altura, assumiu o controlo das manobras de reanimação e declarou o óbito às 21h45", descreve o porta-voz do Exército. O médico do INEM também avalia a situação do soldado, decidindo transportá-lo para o Hospital do Barreiro, o que acontece pelas 23h40.
O golpe de calor ou insolação é uma situação resultante da exposição prolongada ao calor; num local fechado e sobreaquecido ou da exposição prolongada ao sol, segundo explica o Serviço Nacional de Saúde (SNS) na sua página da Internet. É uma situação grave que necessita de transporte urgente para o hospital.
Estado-Maior do Exército ordenou um inquérito
O general chefe do Estado-Maior do Exército ordenou já um inquérito para apurar as causas em que o "trágico acontecimento ocorreu", pode ler-se ainda num comunicado do Exército que adianta também que a Polícia Judiciária Militar já se encontra a investigar o caso.
O ministro da Defesa Nacional, emitiu nesta segunda-feira um comunicado em seu nome pessoal e em nome do Governo para manifestar “profundo pesar pelo falecimento ocorrido na noite de ontem de um militar do curso de Comandos”.
“Foi com profunda consternação que o ministro da Defesa Nacional recebeu ao final da noite de ontem [domingo] notícia do sucedido pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Rovisco Duarte”, diz a nota do ministério.
O comunicado revela ainda que Ministro da Defesa Nacional teve já a possibilidade de falar com a família e transmitir-lhe a sua solidariedade pessoal e do Governo neste momento de dor e sofrimento.
“Os familiares e os camaradas do militar falecido estão a receber apoio psicológico disponibilizado pelo Exército. Foram também tomadas todas as diligências necessárias para se apurar as circunstâncias e causas desta morte trágica”, acrescenta.
Já ao final da tarde desta segunda-feira, o Presidente da República reagiu à morte do militar. “Tendo tomado conhecimento do falecimento de um militar do curso de Comandos, apresento as minhas mais profundas condolências aos familiares deste militar do Exército que pereceu ao serviço de Portugal. Quero igualmente manifestar o meu pesar e solidariedade a todos aqueles que sentem com maior dor a perda súbita deste seu camarada e amigo, desejando também um célere restabelecimento do militar que se encontra hospitalizado", disse Marcelo Rebelo de Sousa em comunicado.
Um militar de 20 anos morreu no domingo à noite devido a um "golpe de calor" (insolação) após se ter sentido mal durante um treino do curso de Comandos, que decorria num campo de tiro, em Alcochete, informou na segunda-feira o Exército. Um outro militar, também de 20 anos, a quem foi diagnosticado o mesmo problema, está internado na unidade de cuidados intensivos do Hospital do Barreiro, mas segundo o porta-voz do Exército, o tenente-coronel Vicente Pereira, "não corre risco de vida". O general chefe do Estado-Maior do Exército ordenou já um inquérito para apurar as causas em que o "trágico acontecimento ocorreu", pode ler-se ainda num comunicado do Exército que adianta também que a Polícia Judiciária Militar já se encontra a investigar o caso. Governo e Presidente da República já lamentaram a morte do militar.
Jovem militar da Madeira morreu em treino em Alcochete |
O próprio Exército estava a registar a temperatura que se fazia sentir no campo de tiro, tendo contabilizado a meio da tarde 40,7 graus centígrados, adianta o porta-voz da instituição. O tenente-coronel Vicente Pereira sublinha, no entanto, que, devido às condições metereológicas, não houve restrições à água distribuída aos 67 alunos do curso, que estavam na primeira de 12 semanas de instrução.
Segundo o Exército, a vítima mortal, o segundo furriel Hugo Abreu, sentiu-se "indisposto durante uma prova de tiro", tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava o curso. O militar, que está nas Forças Armadas desde Novembro de 2014, tinha começado a instrução às 7h30. Tinha parado para almoço entre as 12h30 e as 14 horas e foi por volta das 15h40 que se sentiu mal, um pouco antes do colega, entretanto hospitalizado, que fazia um treino de progressão no terreno. Este último é um soldado natural de Viana do Castelo que está no Exército apenas desde Fevereiro.
A ambos foi diagnosticado "um golpe de calor" e os dois foram transferidos pelo médico do Exército para a enfermaria de campanha montada no campo, onde ficaram durante a tarde em observação. "Às 19 horas, o médico decide que os dois militares devem" ser transportados "para o Hospital das Forças Armadas", adianta o tenente-coronel Vicente Pereira. Mas o transporte acaba por não se fazer e às 20h36 Hugo Abreu, natural da Ribeira Brava, na Madeira, entra em paragem cardiorrespiratória. Quatro horas e meia após ter entrado na enfermaria de campanha. "O INEM é chamado. Entra no campo às 21 horas e chega ao militar às 21h20. Nessa altura, assumiu o controlo das manobras de reanimação e declarou o óbito às 21h45", descreve o porta-voz do Exército. O médico do INEM também avalia a situação do soldado, decidindo transportá-lo para o Hospital do Barreiro, o que acontece pelas 23h40.
O golpe de calor ou insolação é uma situação resultante da exposição prolongada ao calor; num local fechado e sobreaquecido ou da exposição prolongada ao sol, segundo explica o Serviço Nacional de Saúde (SNS) na sua página da Internet. É uma situação grave que necessita de transporte urgente para o hospital.
Estado-Maior do Exército ordenou um inquérito
O general chefe do Estado-Maior do Exército ordenou já um inquérito para apurar as causas em que o "trágico acontecimento ocorreu", pode ler-se ainda num comunicado do Exército que adianta também que a Polícia Judiciária Militar já se encontra a investigar o caso.
O ministro da Defesa Nacional, emitiu nesta segunda-feira um comunicado em seu nome pessoal e em nome do Governo para manifestar “profundo pesar pelo falecimento ocorrido na noite de ontem de um militar do curso de Comandos”.
“Foi com profunda consternação que o ministro da Defesa Nacional recebeu ao final da noite de ontem [domingo] notícia do sucedido pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Rovisco Duarte”, diz a nota do ministério.
O comunicado revela ainda que Ministro da Defesa Nacional teve já a possibilidade de falar com a família e transmitir-lhe a sua solidariedade pessoal e do Governo neste momento de dor e sofrimento.
“Os familiares e os camaradas do militar falecido estão a receber apoio psicológico disponibilizado pelo Exército. Foram também tomadas todas as diligências necessárias para se apurar as circunstâncias e causas desta morte trágica”, acrescenta.
Já ao final da tarde desta segunda-feira, o Presidente da República reagiu à morte do militar. “Tendo tomado conhecimento do falecimento de um militar do curso de Comandos, apresento as minhas mais profundas condolências aos familiares deste militar do Exército que pereceu ao serviço de Portugal. Quero igualmente manifestar o meu pesar e solidariedade a todos aqueles que sentem com maior dor a perda súbita deste seu camarada e amigo, desejando também um célere restabelecimento do militar que se encontra hospitalizado", disse Marcelo Rebelo de Sousa em comunicado.
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