Trabalhadores da Palmela Desporto estiveram em greve

Trabalhadores da empresa municipal de desporto em luta contra plano estratégico

A esmagadora maioria dos 37 trabalhadores da Palmela Desporto cumpriram na terça-feira uma greve de 24 horas contra a plano estratégico daquela empresa municipal, que dizem prever “alterações na estrutura orgânica e nos horários de trabalho”, em prejuízo dos trabalhadores. A paralisação, segundo a União de Sindicatos de Setúbal, teve uma adesão de 95 por cento e obrigou ao encerramento das piscinas municipais de Palmela, bem como do pavilhão e piscinas municipais do Pinhal Novo. A Câmara de Palmela diz que Conselho de Gestão da empresa está mandatado para chegar a acordo com sindicatos e acredita num “entendimento” entre as partes. 
Trabalhadores das piscinas e pavilhões estiveram em greve 

No último verão, os trabalhadores da Palmela Desporto realizaram várias acções de luta, incluindo algumas paralisações parciais, e reuniram com o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, para discutir os problemas daquela empresa municipal.
“Na altura, os trabalhadores saíram satisfeitos da reunião, face à expectativa criada pelo diálogo com o presidente da Câmara Municipal, mas tem sido tudo diferente do que esperávamos”, disse à agência Lusa o coordenador da União de Sindicatos de Setúbal, Luís Leitão, lamentando que o Conselho de Gestão da Palmela Desporto persista em concretizar o Plano Estratégico, que, alegadamente, penaliza os trabalhadores.
De acordo com o sindicato, alguns dos 37 funcionários da Palmela Desporto alegam, também, que estão a ser vítimas de represálias, por terem subscrito um abaixo-assinado pela defesa dos seus direitos e pela negociação do Acordo de Empresa.

Câmara de Palmela acredita num “entendimento” entre as partes
Confrontado com as acusações dos trabalhadores, o vereador do Desporto das Câmara de Palmela, Luís Calha, que tutela a Palmela Desporto, disse estar confiante num “entendimento” entre as partes, apesar de reconhecer que o diferendo entre os trabalhadores e o Conselho de Gestão da Palmela Desporto já se arrasta há alguns meses.
“O diferendo entre trabalhadores e Conselho de Gestão está ligado ao desenho estratégico, estrutura orgânica e quadro de pessoal, que foi apresentado aos trabalhadores”, disse o autarca, referindo que se trata de um documento com “matérias que se inserem no âmbito da contratação colectiva”.
“A Câmara de Palmela deu instruções muito claras e precisas ao Conselho de Gestão, para que negoceie com os representantes dos trabalhadores, para que seja possível chegar a um entendimento com vista a ultimar um Acordo de Empresa”, disse, advertindo que a “autarquia saberá tirar as devidas ilações” se as duas partes não chegarem a um entendimento para viabilizar o Acordo de Empresa.
Luís Calha escusou-se, no entanto, a esclarecer quais as medidas que a autarquia poderá vir a adoptar, caso se mantenha o impasse nas negociações, e se a eventual tomada de posição da Câmara de Palmela poderá passar pelo afastamento do actual Conselho de Gestão.

Agência de Notícias com Lusa

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