Convento reabilitado após 50 anos de abandono total na Arrábida
“É mais um passo num processo que a associação iniciou há cerca de cinco anos, de intervenção para recuperar o património da Quinta de São Paulo, dois conventos de grande valor histórico”, sublinhou Rui Garcia, lembrando que ao "longo dos últimos cinco anos a associação já gastou cerca de 600 mil euros em obras de consolidação do Convento de São Paulo e no Convento dos Capuchos, também no interior da Quinta de São Paulo".
O Convento de São Paulo, monumento de 1383, construído numa das encostas da Serra da Arrábida, em Setúbal, e que se encontra encerrado há 50 anos, vai voltar a poder receber visitas no próximo ano após obras de reabilitação anunciadas nesta semana que vão arrancar ainda este mês. A Associação de Municípios da Região de Setúbal [dona do convento] adjudicou à empresa Signinum, Gestão de Património Cultural, o contrato de reabilitação do monumento por 400 mil euros. O acordo prevê a reabilitação de grande parte do Convento de São Paulo, designadamente do claustro, da nave da igreja e do antigo refeitório e respectiva cozinha, espaços que a associação espera ter recuperados no prazo de seis meses e que admite vir a utilizar para eventos culturais. O espaço será usado, também, para eventos promovidos pelos nove municípios da Península de Setúbal.
Obra irá começar ainda este mês no Convento de São Paulo |
Segundo Associação de Municípios da Região de Setúbal, não está prevista a abertura ao público do convento, em permanência, nem qualquer utilização turística do espaço. A associação rejeita qualquer hipótese de “mercantilização” deste património, realçou Rui Garcia, presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal.
“Acabámos de assinar dois contratos com vista à recuperação do Convento de São Paulo e da Casa da Nora, um edifício anexo ao Convento de São Paulo”, disse Rui Garcia, após a cerimónia de assinatura dos dois contratos e adjudicação das obras.“É mais um passo num processo que a associação iniciou há cerca de cinco anos, de intervenção para recuperar o património da Quinta de São Paulo, dois conventos de grande valor histórico”, sublinhou Rui Garcia, lembrando que ao "longo dos últimos cinco anos a associação já gastou cerca de 600 mil euros em obras de consolidação do Convento de São Paulo e no Convento dos Capuchos, também no interior da Quinta de São Paulo".
Convento dos Capuchos não tem solução
Rui Garcia esclareceu, no entanto, que o Convento dos Capuchos “apresenta um processo de deterioração mais acentuado do que o Convento de São Paulo e já não reúne condições para o mesmo tipo de intervenção”, que, na prática, exigiria uma reconstrução de todo o edifício, cenário que Rui Garcia disse não estar no horizonte imediato da Associação de Municípios da Região de Setúbal.
Rui Garcia esclareceu, no entanto, que o Convento dos Capuchos “apresenta um processo de deterioração mais acentuado do que o Convento de São Paulo e já não reúne condições para o mesmo tipo de intervenção”, que, na prática, exigiria uma reconstrução de todo o edifício, cenário que Rui Garcia disse não estar no horizonte imediato da Associação de Municípios da Região de Setúbal.
O arquitecto responsável pela intervenção contratualizada, Vítor Mestre, confirmou a impossibilidade de se realizar o mesmo tipo de intervenção nos dois conventos.
"São dois edifícios com um estado de degradação distinto. Quando a Associação de Municípios da Região de Setúbal adquiriu a quinta, o Convento de São Paulo, apesar de tudo, ainda tinha alguma coerência física. O Convento dos Capuchos tinha várias derrocadas e um processo de degradação acentuado", disse.
"Se a Associação não tivesse tido a atitude de conter, com a instalação de uma cobertura provisória e algum escoramento, o processo de degradação do Convento de São Paulo, ele tinha caído também", disse o arquitecto, acrescentando que o monumento esteve sujeito a um “abandono muito violento nos últimos 50 anos”.
O financiamento das obras será integralmente assegurado por verbas da Associação de Municípios da Região de Setúbal dado que, segundo Rui Garcia, "não há nenhum programa comunitário para este tipo de intervenção".
"Se a Associação não tivesse tido a atitude de conter, com a instalação de uma cobertura provisória e algum escoramento, o processo de degradação do Convento de São Paulo, ele tinha caído também", disse o arquitecto, acrescentando que o monumento esteve sujeito a um “abandono muito violento nos últimos 50 anos”.
O financiamento das obras será integralmente assegurado por verbas da Associação de Municípios da Região de Setúbal dado que, segundo Rui Garcia, "não há nenhum programa comunitário para este tipo de intervenção".
Consulte aqui a história da Quinta de São Paulo.
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