Estudos voltam a incluir aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete
A construção de um novo aeroporto de Lisboa ou de um aeroporto complementar à Portela tem estado em discussão nos últimos anos. Autarca do Montijo considera que a base aérea n.º 6 é a "opção óbvia", mas faltam estudos que arrancam em 2017. Em cima da mesa estão duas alternativas: recuperar o projeto de Alcochete ou fazer a reconversão da base aérea do Montijo. O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, admite que as obras do novo aeroporto de Lisboa poderão estar no terreno em 2019. “É irreversível que o aeroporto Humberto Delgado (Portela) precisa de um acrescento de capacidade, isto para nós é evidente”, sublinha o governante em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
A construção de um novo aeroporto de Lisboa ou de um aeroporto complementar à Portela tem estado em discussão nos últimos anos. Autarca do Montijo considera que a base aérea n.º 6 é a "opção óbvia", mas faltam estudos que arrancam em 2017. Em cima da mesa estão duas alternativas: recuperar o projeto de Alcochete ou fazer a reconversão da base aérea do Montijo. O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, admite que as obras do novo aeroporto de Lisboa poderão estar no terreno em 2019. “É irreversível que o aeroporto Humberto Delgado (Portela) precisa de um acrescento de capacidade, isto para nós é evidente”, sublinha o governante em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
Todos esperam decisão do local do novo aeroporto em 2017 |
Segundo o ministro, já foram iniciadas negociações com a ANA- Aeroportos de Lisboa para antecipar “o calendário de decisão e de implementação de uma nova solução aeroportuária”.
Isto significa que a ANA irá começar já em 2017 os estudos para a construção de um novo aeroporto, antecipando em um ano o calendário que estava previsto no contrato de concessão.
Em cima da mesa estão duas alternativas: recuperar o projeto de Alcochete ou fazer a reconversão da base aérea do Montijo, alternativa que mais agrada à ANA. “A diferença de custos entre as opções é demasiado grande para não considerarmos tão seriamente como estamos a fazer a opção de uma pista complementar e em particular, neste momento e com mais intensidade, o Montijo”, sublinha o ministro.
Contudo, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, considerou que tem sido “muito empolada” a hipótese de alargamento do aeroporto de Lisboa, e disse “não perceber porquê”, frisando que ainda se está numa fase “muito inicial da realização de estudos”.
Falando em “pressões” que disse surgirem de vários lados, Azeredo Lopes frisou ser necessário “não se deixar influenciar muito pelo ruído” e insistiu que a preocupação do ministério da Defesa é “salvaguardar a operação da Força Aérea Portuguesa”.
“Do que se trata aqui é, percebendo eu muito bem quando vem pressão para um lado ou quando vem pressão para o outro, de não nos deixarmos influenciar muito pelo ruído e insistindo politicamente no seguinte, não está nada decidido, estão estudos a decorrer”, disse, em entrevista à agência Lusa citada na imprensa.
Quanto à possibilidade da instalação de um terminal civil na Base Aérea militar n.º 6, Montijo, “há essa hipótese e há aparentemente essa pressão” mas, insistiu, não há mais nada para além de estudos que estão a decorrer.
Em cima da mesa estão duas alternativas: recuperar o projeto de Alcochete ou fazer a reconversão da base aérea do Montijo, alternativa que mais agrada à ANA. “A diferença de custos entre as opções é demasiado grande para não considerarmos tão seriamente como estamos a fazer a opção de uma pista complementar e em particular, neste momento e com mais intensidade, o Montijo”, sublinha o ministro.
Contudo, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, considerou que tem sido “muito empolada” a hipótese de alargamento do aeroporto de Lisboa, e disse “não perceber porquê”, frisando que ainda se está numa fase “muito inicial da realização de estudos”.
Falando em “pressões” que disse surgirem de vários lados, Azeredo Lopes frisou ser necessário “não se deixar influenciar muito pelo ruído” e insistiu que a preocupação do ministério da Defesa é “salvaguardar a operação da Força Aérea Portuguesa”.
“Do que se trata aqui é, percebendo eu muito bem quando vem pressão para um lado ou quando vem pressão para o outro, de não nos deixarmos influenciar muito pelo ruído e insistindo politicamente no seguinte, não está nada decidido, estão estudos a decorrer”, disse, em entrevista à agência Lusa citada na imprensa.
Quanto à possibilidade da instalação de um terminal civil na Base Aérea militar n.º 6, Montijo, “há essa hipótese e há aparentemente essa pressão” mas, insistiu, não há mais nada para além de estudos que estão a decorrer.
Montijo é a "opção óbvia" diz a Câmara
Pedro Marques quer anunciar decisão em 2017 |
Depois de em 2007 se ter tornado um tema político incontornável e o Governo ter sido obrigado a recuar quanto à escolha da Ota (concelho de Alenquer, distrito de Lisboa), a decisão "prévia e preliminar" de construir o novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete foi anunciada pelo então primeiro-ministro, José Sócrates, a 10 de Janeiro de 2008, tendo sido aprovada em Conselho de Ministros cerca de quatro meses depois.
A opção pelo Campo de Tiro de Alcochete foi legitimada pelo estudo comparativo elaborado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que apontou a localização da infraestrutura aeroportuária na margem sul do Tejo como "globalmente mais favorável" do que na Ota, localização confirmada em 1999.
Os primeiros trabalhos do projecto tiveram início em Agosto de 2008, com prospecção e sondagens no terreno, mas o novo aeroporto acabou por não passar dos estudos e a decisão foi revertida no Governo de Pedro Passos Coelho, surgindo a hipótese de uma base militar funcionar como aeroporto complementar à Portela, como o caso do Montijo.
A localização de um novo aeroporto complementar na base aérea do Montijo deve ser decidida durante o ano de 2017, com o autarca do concelho a defender que é a solução "óbvia" e que a Portela necessita de uma pista que funcione em cooperação.
"Temos vindo a trabalhar nos últimos anos para a localização de um aeroporto complementar à Portela na base aérea n.º 6, no Montijo, para as ‘low-cost’. A ANA [Aeroportos de Portugal] tem conversado connosco e mostrou que tinha viabilidade, mas o processo que existe é incipiente e é preciso uma fundamentação técnica, por isso estamos numa fase de estudos", diz o presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, à agência Lusa.
A localização de um novo aeroporto complementar na base aérea do Montijo deve ser decidida durante o ano de 2017, com o autarca do concelho a defender que é a solução "óbvia" e que a Portela necessita de uma pista que funcione em cooperação.
"Temos vindo a trabalhar nos últimos anos para a localização de um aeroporto complementar à Portela na base aérea n.º 6, no Montijo, para as ‘low-cost’. A ANA [Aeroportos de Portugal] tem conversado connosco e mostrou que tinha viabilidade, mas o processo que existe é incipiente e é preciso uma fundamentação técnica, por isso estamos numa fase de estudos", diz o presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, à agência Lusa.
O autarca salienta que o Montijo é a "opção óbvia", mas que tem que ser fundamentada com os estudos necessários.
"Do que tenho conhecimento, o Montijo é a única que tem uma pista paralela com a Portela, o que permite operar ao mesmo tempo. As outras hipóteses levantam até alguns problemas de segurança. Penso que nenhuma outra hipótese está a ser estudada como a base no Montijo, mas a decisão tem de estar fundamentada", comenta.
Autarquia acredita e decisão final no próximo ano
Nuno Canta acredita que, durante o ano de 2017, será tomada uma decisão do Governo sobre o processo, referindo que o aeroporto da Portela necessita de uma pista que funcione em "cooperação" para responder às necessidades.
Nuno Canta acredita que, durante o ano de 2017, será tomada uma decisão do Governo sobre o processo, referindo que o aeroporto da Portela necessita de uma pista que funcione em "cooperação" para responder às necessidades.
"Com o processo de privatização, o Governo comprou os terrenos da Portela à Câmara de Lisboa e uma solução que era historicamente provisória passou a definitiva. A estratégia foi alterada e penso que a solução do aeroporto complementar vai funcionar e desanuviar Lisboa", salienta.
O autarca explica, ainda, que é preciso desenvolver os estudos necessários, como o caso dos impactos ambientais, bem como garantir que o concelho recebe todas as infraestruturas para servir um aeroporto complementar.
"Existe a possibilidade de a ligação entre o novo aeroporto e Lisboa ser feita de barco. Estamos mais avançados neste processo do aeroporto complementar do que em 2015", conclui.
Agência de Notícias com Lusa
O autarca explica, ainda, que é preciso desenvolver os estudos necessários, como o caso dos impactos ambientais, bem como garantir que o concelho recebe todas as infraestruturas para servir um aeroporto complementar.
"Existe a possibilidade de a ligação entre o novo aeroporto e Lisboa ser feita de barco. Estamos mais avançados neste processo do aeroporto complementar do que em 2015", conclui.
Agência de Notícias com Lusa
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