Autarquia espera "luz verde" do Governo para lançar a Cidade da Água
O presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, afirmou que é urgente resolver a titularidade do território da Margueira, referindo que existem interessados no plano Almada Nascente. “É urgente resolver o assunto da titularidade do território da Margueira. Podemos promover um território quando é nosso, quando não é torna tudo muito complicado”, afirmou Joaquim Judas, durante uma conferência de imprensa de apresentação das contas do município no ano de 2016. Nos terrenos da Margueira, está previsto nascer a Cidade da Água, um megaprojecto urbanístico, com habitação, serviços, uma marina, um terminal multimodal, hotéis, escritórios e áreas culturais e de lazer. O plano foi aprovado e publicado em 2009. Até hoje está "por concretizar".
Antigos terrenos da Lisnave estão ao abandono |
“Quando reunimos com o primeiro-ministro e com vários ministros abordámos esta questão. Sabemos que foram dados passos mas não está ainda concluído o processo e é da máxima urgência que seja resolvido”, defendeu o autarca.
Joaquim Judas explicou que a Agência Portuguesa do Ambiente, a Administração do Porto de Lisboa, a Parpública e o governo têm que “acertar” a titularidade do território. “São todas entidades da administração central e terá que ser o governo a resolver”, diz o presidente da Câmara de Almada.
Para o território da Margueira existe já um plano de requalificação definido, o Plano Almada Nascente, com Joaquim Judas a afirmar que existem interessados.
“O Plano Almada Nascente é reconhecido e existem interessados chineses, ingleses, franceses e norte-americanos. Temos interessados e é um território que não tem grandes problemas ao nível da contaminação dos solos”, afirmou Joaquim Judas.
A Margueira integra, juntamente com a Quimiparque, no Barreiro, e a Siderurgia, no Seixal, o projecto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação das três antigas áreas industriais, num projecto a cargo da empresa Baía do Tejo, do universo Parpública (empresas detidas pelo Estado). Os territórios localizados no Barreiro e no Seixal são geridos pela Baía do Tejo.
Em Setembro de 2016, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, afirmou que tinha o objectivo de resolver os problemas administrativos que envolvem o território da Margueira, em Almada.
“Existe um plano ambicioso para resolver problemas de natureza administrativa, nomeadamente no município de Almada, onde existem pareceres que têm que ser dados a propósito do plano para o território. Vamos tentar ser um factor de aceleração para que se possam materializar os ambiciosos projectos”, disse na ocasião o governante.
“Existe a questão da delimitação do domínio hídrico e outras questões que não tiverem resolução no passado, mas que para que o plano se concretize é preciso uma resolução”, acrescentou Carlos Martins.
Em Setembro de 2016, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, afirmou que tinha o objectivo de resolver os problemas administrativos que envolvem o território da Margueira, em Almada.
“Existe um plano ambicioso para resolver problemas de natureza administrativa, nomeadamente no município de Almada, onde existem pareceres que têm que ser dados a propósito do plano para o território. Vamos tentar ser um factor de aceleração para que se possam materializar os ambiciosos projectos”, disse na ocasião o governante.
“Existe a questão da delimitação do domínio hídrico e outras questões que não tiverem resolução no passado, mas que para que o plano se concretize é preciso uma resolução”, acrescentou Carlos Martins.
O dia 31 de Dezembro de 2000, às zero horas, fica marcado pela desactivação do estaleiro da Margueira (e o arranque da actividade da Lisnave na Mitrena, Setúbal). Durante 33 anos, foram reparados nos estaleiros junto ao Tejo, que ostentavam a maior doca seca do mundo, 5.200 navios. A empresa chegou a empregar mais de 10 mil trabalhadores.
No recinto, são os letreiros que se apagam a cada ano que passa que assinalam a utilização que tiveram os diferentes edifícios. Do serviço de medicina no trabalho à central de bombagem, da sala de refeições à ferramentaria universal. Do alto dos seus 90 metros, o pórtico vermelho que identifica a Lisnave a quem a observa de Lisboa assiste à ruína.
Os antigos estaleiros servem de parque de estacionamento a embarcações desactivadas da Marinha (o Arsenal do Alfeite é ao lado). Ali descansam fragatas e um dos submarinos que, durante mais de 40 anos, esteve ao serviço da Armada Portuguesa. Na histórica doca 13, que tinha capacidade para receber navios até um milhão de toneladas, apenas param os barcos da Transtejo, que diariamente asseguram o vaivém entre as duas margens.
Nos terrenos da Margueira, está previsto nascer a Cidade da Água, um megaprojecto urbanístico, com habitação, serviços, uma marina, um terminal multimodal, hotéis, escritórios e áreas culturais e de lazer. O plano foi aprovado e publicado em 2009. No entanto, questões administrativas, como a da titularidade dos terrenos, têm atrasado o processo. Joaquim Judas acredita que agora se esteja na recta final e que este património possa passar para a Baía do Tejo em breve.
A esta entidade pública, que tem como pilares de actuação a requalificação urbanística, a recuperação ambiental e a promoção dos terrenos do projecto Arco Ribeirinho Sul, já chegaram cartas de intenção de investimento na Cidade da Água de três grandes grupos internacionais. O projecto está previsto custar 1,2 mil milhões de euros. E irá demorar cerca de 10 a 15 anos a construir. Quem vier a vencer o concurso terá de cumprir na totalidade o plano que foi previsto pelo consórcio entre Atkins, Santa-Rita Arquitectos e o escritório de Richard Rogers, que no currículo tem os projectos do Centro Georges Pompidou, em Paris, e do Millennium Dome, em Londres.
A área do plano para a Margueira atinge os 115 hectares, da Cova da Piedade até Cacilhas. Serão 630 mil metros quadrados de área bruta de construção dividida pelas diferentes vocações, sendo que cerca de 70 por cento será para uso misto. Lisboa fica a menos de dois quilómetros. Oito minutos num dos antigos cacilheiros.
A Cidade da Água já é o terceiro plano para aquele território. Para a zona chegou a ser apresentado o projecto de Manuel Graça Dias, chamado "A Elipse", mas conhecido como a "Manhattan de Cacilhas", pela altura que atingiam as torres previstas. Antes ainda houve um projecto do arquitecto Carlos Ramos, mais parecido com a Cidade da Água, mas com menos construção. Os três apresentavam pontos em comum: a localização da marina, o aproveitamento da doca 13 para o terminal multimodal e a manutenção do pórtico vermelho, ainda que todos o fizesse avançar na direcção do rio.
No recinto, são os letreiros que se apagam a cada ano que passa que assinalam a utilização que tiveram os diferentes edifícios. Do serviço de medicina no trabalho à central de bombagem, da sala de refeições à ferramentaria universal. Do alto dos seus 90 metros, o pórtico vermelho que identifica a Lisnave a quem a observa de Lisboa assiste à ruína.
Os antigos estaleiros servem de parque de estacionamento a embarcações desactivadas da Marinha (o Arsenal do Alfeite é ao lado). Ali descansam fragatas e um dos submarinos que, durante mais de 40 anos, esteve ao serviço da Armada Portuguesa. Na histórica doca 13, que tinha capacidade para receber navios até um milhão de toneladas, apenas param os barcos da Transtejo, que diariamente asseguram o vaivém entre as duas margens.
Nos terrenos da Margueira, está previsto nascer a Cidade da Água, um megaprojecto urbanístico, com habitação, serviços, uma marina, um terminal multimodal, hotéis, escritórios e áreas culturais e de lazer. O plano foi aprovado e publicado em 2009. No entanto, questões administrativas, como a da titularidade dos terrenos, têm atrasado o processo. Joaquim Judas acredita que agora se esteja na recta final e que este património possa passar para a Baía do Tejo em breve.
A esta entidade pública, que tem como pilares de actuação a requalificação urbanística, a recuperação ambiental e a promoção dos terrenos do projecto Arco Ribeirinho Sul, já chegaram cartas de intenção de investimento na Cidade da Água de três grandes grupos internacionais. O projecto está previsto custar 1,2 mil milhões de euros. E irá demorar cerca de 10 a 15 anos a construir. Quem vier a vencer o concurso terá de cumprir na totalidade o plano que foi previsto pelo consórcio entre Atkins, Santa-Rita Arquitectos e o escritório de Richard Rogers, que no currículo tem os projectos do Centro Georges Pompidou, em Paris, e do Millennium Dome, em Londres.
A área do plano para a Margueira atinge os 115 hectares, da Cova da Piedade até Cacilhas. Serão 630 mil metros quadrados de área bruta de construção dividida pelas diferentes vocações, sendo que cerca de 70 por cento será para uso misto. Lisboa fica a menos de dois quilómetros. Oito minutos num dos antigos cacilheiros.
A Cidade da Água já é o terceiro plano para aquele território. Para a zona chegou a ser apresentado o projecto de Manuel Graça Dias, chamado "A Elipse", mas conhecido como a "Manhattan de Cacilhas", pela altura que atingiam as torres previstas. Antes ainda houve um projecto do arquitecto Carlos Ramos, mais parecido com a Cidade da Água, mas com menos construção. Os três apresentavam pontos em comum: a localização da marina, o aproveitamento da doca 13 para o terminal multimodal e a manutenção do pórtico vermelho, ainda que todos o fizesse avançar na direcção do rio.
Agência de Notícias com Lusa
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