Almada quer levar Metro Sul do Tejo ao Barreiro

Autarquia quer metro de superfície nos concelhos vizinhos

A Assembleia Municipal de Almada vai pedir ao Governo um investimento para alargamento da rede do Metro Sul do Tejo, avança o jornal O Seixalense. Em reunião camarária, os deputados da autarquia de Almada consideraram o alargamento do Metro Sul do Tejo como fundamental para um melhor funcionamento da mobilidade no concelho e, por conseguinte, uma melhor qualidade de vida para os munícipes. O pedido ao Governo vai, por isso, solicitar um alargamento da rede metropolitana ao Seixal e Barreiro, tal como estava já previsto no contrato assinado entre o Estado e a concessionária do Metro. Os deputados exigem ainda “um novo interface multimodal na cidade da Costa de Caparica, que permita a articulação entre os vários transportes públicos, incluindo a articulação com o comboio de praia, Transpraia”.
Almada quer que o Estado alargue rede do Metro Sul do Tejo 


A extensão do Metro Sul do Tejo ao Seixal e Barreiro, tal como ficou previsto nas bases de concessão assinada entre e o Governo e a concessionária Metro Transportes do Sul, e o prolongamento da rede até à Costa de Caparica, são algumas das exigências que a Assembleia Municipal de Almada vai apresentar ao Governo.
A Assembleia pede ainda ao Estado um “novo interface multimodal na cidade da Costa de Caparica, que permita a articulação entre os vários transportes públicos, incluindo a articulação com o comboio de praia, Transpraia”.
Esta não é uma ideia nova porque  no final do ano passado, o presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, considerava que se trata de um projeto de futuro, atendendo aos "desafios colocados pelas alterações climáticas, que apontam para a importância deste tipo de meios de transporte menos poluentes".
O autarca defendia, no entanto, que a sustentabilidade do Metro Sul do Tejo depende da extensão da rede aos concelhos do Barreiro e da Moita, tal como estava previsto inicialmente.
"O Metro de superfície tem uma boa ligação ao comboio no Pragal, mas é uma promessa adiada naquilo que são outras zonas de grande concentração populacional - Arrentela, Amora, Cruz de Pau, Charneca de Caparica, Trafaria e Costa de Caparica -, para já não falar do facto de não ter chegado a outros concelhos como estava previsto, designadamente aos concelhos do Barreiro e da Moita", lembrava o presidente da Câmara de Almada.
No caso da extensão do Metro à Costa de Caparica, os deputados municipais de Almada consideram que a linha deverá ter continuidade “desde o campus da Universidade Nova de Lisboa”, no Monte de Caparica, num traçado que “passe pela Vila da Trafaria, em canal próprio já definido nos instrumentos de gestão do território, e conforme o Plano de Desenvolvimento Estratégico da Costa da Caparica expressamente prevê”.
A moção realça ainda a iniciativa da autarquia de proceder ao estudo da viabilidade técnica para a “introdução de um sistema de transporte de grande capacidade, e em via própria, para a Charneca de Caparica, devidamente articulado com a rede Metro Sul do Tejo e com os restantes meios de transporte público que operam no concelho”.

Comerciantes da cidade reclamam  indemnizações antigas
Apesar de reconhecer as vantagens do Metro, em termos de mobilidade, o presidente da delegação de Almada da Associação de Comerciantes do Distrito de Setúbal, Gonçalo Paulino, lembra que alguns comerciantes do centro da cidade ainda hoje reclamam o pagamento de indemnizações pelos prejuízos que sofreram durante a realização das obras.
"Ainda está a correr uma ação judicial movida por alguns comerciantes que exigem ser ressarcidos pelos elevados prejuízos que sofreram durante a realização das obras do Metro", afirma o representante dos comerciantes de Almada, depois de recordar que "o calendário do período de obras não foi cumprido, alguns comerciantes foram muito prejudicados devido à dificuldade de acesso aos seus estabelecimentos e perderam-se cerca de 400 a 500 lugares de estacionamento".
"Só recentemente a autarquia repôs cerca de uma centena de lugares de estacionamento num espaço que antes tinha sido transformado em a zona pedonal, entre a Praça João Baptista e a avenida D. Afonso Henriques", acrescenta.
Gonçalo Paulino garante, no entanto, que o comboio na ponte e o Metro de superfície não tiveram qualquer impacto significativo para a maioria dos comerciantes, além das vantagens que lhes trouxeram, enquanto cidadãos, de poderem usufruir de novos meios de transporte.

Agência de Notícias
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