Portugal quer ser um "ponto de encontro" na Nova Rota da Seda
Portugal quer ser um “ponto de encontro” na Nova Rota da Seda, projecto internacional de infra-estruturas proposto pela China, através do Porto de Sines, disse esta quarta-feira, o Secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira. Para isso, admitiu o governante, é necessário uma melhor linha ferroviária – a passar pela região – que permita escoar mercadorias em direcção ao centro da Europa. O secretário de Estado admitiu que, para integrar Sines como o “ponto de encontro” entre as rotas terrestre e atlântica, Portugal precisa de uma linha ferroviária melhor do que a actual e que “potencie o escoamento de mercadorias, na direcção do centro da Europa”.
Portugal quer ser um “ponto de encontro” na Nova Rota da Seda, projecto internacional de infra-estruturas proposto pela China, através do Porto de Sines, disse esta quarta-feira, o Secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira. Para isso, admitiu o governante, é necessário uma melhor linha ferroviária – a passar pela região – que permita escoar mercadorias em direcção ao centro da Europa. O secretário de Estado admitiu que, para integrar Sines como o “ponto de encontro” entre as rotas terrestre e atlântica, Portugal precisa de uma linha ferroviária melhor do que a actual e que “potencie o escoamento de mercadorias, na direcção do centro da Europa”.
Sines quer um lugar na Rota da Seda |
“Propomos que seja incluída uma rota marítima até Sines e que a rota da seda terrestre ferroviária, que já vai de Chongqing até Madrid, vá um pouco mais e chegue a Sines”, afirmou à Lusa, em Pequim, Jorge Costa Oliveira.
Divulgado em 2013 pelo presidente chinês, Xi Jinping, a Nova Rota da Seda visa reactivar a antiga via comercial entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático. Inclui uma malha ferroviária, portos e autoestradas, abrangendo 65 países e 4,4 mil milhões de pessoas, cerca de 60 por cento da população mundial.
Até à data, a ligação ferroviária mais longa vai desde Chongqing, município no centro da China, até Madrid, atravessando o Cazaquistão, Rússia, Bielorrússia e Polónia, e entrando na Europa central através da Alemanha. Portugal quer incluir no projecto uma rota atlântica, beneficiando do alargamento do canal do Panamá, que permite que as rotas do Extremo Oriente cheguem ao Oceano Atlântico, explicou Jorge Costa Oliveira, que esta semana participou, em Pequim, num fórum internacional dedicado à iniciativa, onde estiveram 28 chefes de Estado.
“Essa rota tem um fundamento económico claro, que se estriba no grande potencial para os supercargueiros pós-Panamax passarem a utilizar o canal do Panamá”, juntou, referindo-se aos cargueiros que transportam até 400 mil toneladas de mercadorias.
Primeiro passo é linha ferroviária
O secretário de Estado admitiu que, para integrar Sines como o “ponto de encontro” entre as rotas terrestre e atlântica, Portugal precisa de uma linha ferroviária melhor do que a actual e que “potencie o escoamento de mercadorias, na direcção do centro da Europa”.
“Esse é o primeiro projecto que está em cima da mesa”, admitiu.
No domingo, o presidente chinês anunciou que o país vai contribuir com cem mil milhões de yuan (13 mil milhões de euros) adicionais para o Fundo da Rota da Seda, que financia projectos de infra-estruturas, e providenciar ajuda, nos próximos três anos, no valor de 60 mil milhões de yuan (oito mil milhões de euros) a países em desenvolvimento e a organizações internacionais que participem na iniciativa. Dois bancos chineses vão também oferecer empréstimos especiais de até 380 mil milhões de yuan (50 mil milhões de euros) para apoiar a Nova Rota da Seda.
A ideia é “complementar a falta de conectividade entre países” e gerar “novas formas” de olhar para o desenvolvimento, explicou à Lusa o analista chinês Gao Zhikai, antigo intérprete de Deng Xiaoping e mestre em Ciências Políticas pela Universidade de Yale.
Nesta lógica de conectividade entre países e continentes, impulsionada pela China, segunda maior economia mundial e principal potência comercial do planeta, Lisboa quer também “integrar o projecto de interconexão das redes eléctricas portuguesa e do norte de África, através de Marrocos”, disse Costa Oliveira. “Era importante que incluíssemos isto no projecto da Nova Rota da Seda, que é para poder beneficiar do fundo que, por exemplo, tem juros bonificados”, frisou.
Entre os países cujos presidentes participaram do forum constam Rússia, Turquia, Cazaquistão, Bielorrússia, Filipinas, Argentina ou Chile. Espanha, Itália, Polónia, Malásia ou Mongólia enviaram os respectivos primeiros-ministros.
O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, também participaram no evento.
Agência de Notícias com Lusa
Divulgado em 2013 pelo presidente chinês, Xi Jinping, a Nova Rota da Seda visa reactivar a antiga via comercial entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático. Inclui uma malha ferroviária, portos e autoestradas, abrangendo 65 países e 4,4 mil milhões de pessoas, cerca de 60 por cento da população mundial.
Até à data, a ligação ferroviária mais longa vai desde Chongqing, município no centro da China, até Madrid, atravessando o Cazaquistão, Rússia, Bielorrússia e Polónia, e entrando na Europa central através da Alemanha. Portugal quer incluir no projecto uma rota atlântica, beneficiando do alargamento do canal do Panamá, que permite que as rotas do Extremo Oriente cheguem ao Oceano Atlântico, explicou Jorge Costa Oliveira, que esta semana participou, em Pequim, num fórum internacional dedicado à iniciativa, onde estiveram 28 chefes de Estado.
“Essa rota tem um fundamento económico claro, que se estriba no grande potencial para os supercargueiros pós-Panamax passarem a utilizar o canal do Panamá”, juntou, referindo-se aos cargueiros que transportam até 400 mil toneladas de mercadorias.
Primeiro passo é linha ferroviária
O secretário de Estado admitiu que, para integrar Sines como o “ponto de encontro” entre as rotas terrestre e atlântica, Portugal precisa de uma linha ferroviária melhor do que a actual e que “potencie o escoamento de mercadorias, na direcção do centro da Europa”.
“Esse é o primeiro projecto que está em cima da mesa”, admitiu.
No domingo, o presidente chinês anunciou que o país vai contribuir com cem mil milhões de yuan (13 mil milhões de euros) adicionais para o Fundo da Rota da Seda, que financia projectos de infra-estruturas, e providenciar ajuda, nos próximos três anos, no valor de 60 mil milhões de yuan (oito mil milhões de euros) a países em desenvolvimento e a organizações internacionais que participem na iniciativa. Dois bancos chineses vão também oferecer empréstimos especiais de até 380 mil milhões de yuan (50 mil milhões de euros) para apoiar a Nova Rota da Seda.
A ideia é “complementar a falta de conectividade entre países” e gerar “novas formas” de olhar para o desenvolvimento, explicou à Lusa o analista chinês Gao Zhikai, antigo intérprete de Deng Xiaoping e mestre em Ciências Políticas pela Universidade de Yale.
Nesta lógica de conectividade entre países e continentes, impulsionada pela China, segunda maior economia mundial e principal potência comercial do planeta, Lisboa quer também “integrar o projecto de interconexão das redes eléctricas portuguesa e do norte de África, através de Marrocos”, disse Costa Oliveira. “Era importante que incluíssemos isto no projecto da Nova Rota da Seda, que é para poder beneficiar do fundo que, por exemplo, tem juros bonificados”, frisou.
Entre os países cujos presidentes participaram do forum constam Rússia, Turquia, Cazaquistão, Bielorrússia, Filipinas, Argentina ou Chile. Espanha, Itália, Polónia, Malásia ou Mongólia enviaram os respectivos primeiros-ministros.
O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, também participaram no evento.
Agência de Notícias com Lusa
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