O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, disse que os Transportes Colectivos do Barreiro estão disponíveis para analisar o seu alargamento a outros concelhos do distrito de Setúbal. “Estamos disponíveis para ponderar todas as soluções para os TCB. São um grande serviço e se puder ser estendido a outros municípios, discutamos e analisemos, mas estamos disponíveis”, disse o autarca, na apresentação do Estudo de Mobilidade Intermunicipal, que decorreu no Barreiro. Os Transportes Colectivos do Barreiro são um serviço municipalizado da autarquia que fazem ligações no interior de todo concelho e também a algumas zonas do concelho vizinho da Moita. E é intenção que também chegue aos municípios de Palmela, Sesimbra e Seixal.
TCB pode alargar as suas carreiras a outros municípios |
O autarca do Barreiro explicou ao jornal Público que, se for operador interno – serviço municipal – a nova entidade a criar não fica dependente da Autoridade Metropolitana de Transportes. “Vou dizer uma coisa mas não está nada decidido, é só um exemplo; os municípios da Moita e do Barreiro passam a ser donos dos TCB, passam a ser operadores internos e não têm que propor nada a ninguém, decidem o que quiserem sobre a área da sua influência, e se for Moita, Barreiro e Sesimbra, ou se alargar ainda mais, é exactamente a mesma coisa”, afirmou, reforçando que estes municípios “não têm que fazer propostas à Área Metropolitana porque são operadores internos que só operam nos seus concelhos”.
Carlos Humberto recusou confirmar que os municípios estejam a negociar esta solução, optando por dizer que estão a “reflectir”, mas reconheceu que tem de haver uma decisão até ao final deste ano. “O que estamos a concluir nesta conversa é que terá de ser uma decisão tomada até Dezembro “, declarou aos jornalistas.
O presidente da Câmara do Barreiro acrescentou ainda que “existem muitas reivindicações para os TCB irem a outros concelhos da região”. Uma ideia confirmada pelos demais autarcas presentes na apresentação do Estudo de Mobilidade e Transportes Intermunicipal.
O autarca de Palmela, Álvaro Amaro, queixou-se de que as freguesias do concelho são mal servidas de transportes públicos, focando-se na Quinta do Anjo que é abrangida pelo estudo de mobilidade.
“A zona industrial da Autoeuropa e Vila Amélia, onde diariamente circulam milhares de pessoas, não tem carreiras e a população de Quinta do Anjo não tem acesso [transporte público] à estação da Penalva”, da Fertagus, disse o autarca.
De forma idêntica, Sérgio Marcelino, vereador de Sesimbra, afirmou que na Quinta do Conde, freguesia de 30 mil habitantes, “fica por resolver a mobilidade interna na vila, que não tem transportes urbanos”.
O alargamento deste operador a outros municípios da região é um processo já iniciado com a recente extensão do serviço dos TCB ao concelho da Moita. Os autocarros do Barreiro já fazem carreiras na muito populosa freguesia da Baixa da Banheira, Vale da Amoreira e Alhos Vedros.
O presidente da Câmara do Barreiro acrescentou ainda que “existem muitas reivindicações para os TCB irem a outros concelhos da região”. Uma ideia confirmada pelos demais autarcas presentes na apresentação do Estudo de Mobilidade e Transportes Intermunicipal.
O autarca de Palmela, Álvaro Amaro, queixou-se de que as freguesias do concelho são mal servidas de transportes públicos, focando-se na Quinta do Anjo que é abrangida pelo estudo de mobilidade.
“A zona industrial da Autoeuropa e Vila Amélia, onde diariamente circulam milhares de pessoas, não tem carreiras e a população de Quinta do Anjo não tem acesso [transporte público] à estação da Penalva”, da Fertagus, disse o autarca.
De forma idêntica, Sérgio Marcelino, vereador de Sesimbra, afirmou que na Quinta do Conde, freguesia de 30 mil habitantes, “fica por resolver a mobilidade interna na vila, que não tem transportes urbanos”.
O alargamento deste operador a outros municípios da região é um processo já iniciado com a recente extensão do serviço dos TCB ao concelho da Moita. Os autocarros do Barreiro já fazem carreiras na muito populosa freguesia da Baixa da Banheira, Vale da Amoreira e Alhos Vedros.
Ainda assim, esta intenção tem sido muito contestada, até em tribunal, pela Transportes Sul do Tejo (TST) que detinha concessões no concelho da Moita.
Lacunas transversais entre os municípios
O Estudo de Mobilidade Intermunicipal, que envolveu os concelhos do Barreiro, Moita, Sesimbra, Palmela e Seixal, concluiu a importância do transporte fluvial e a necessidade de existiram mais ligações transversais entre os municípios do Arco Ribeirinho Sul.
Segundo explicou Bruno Simões, um dos responsáveis pela apresentação do estudo, este foi iniciado numa altura em que existiam grandes projectos anunciados para a região, como a Terceira Travessia do Tejo, mas que “as premissas passaram a variáveis com a suspensão dos projectos”.
“O que fizemos foi criar um quadro de referência estratégico, num modelo que varia consoante sejam ou não feitas infraestruturas. A Terceira Travessia sobre o Tejo, a ligação Barreiro/Seixal ou o alargamento do Metro Sul do Tejo estão no estudo, mas podem ser acrescentadas infraestruturas. O plano define o que pode acontecer se determinado projecto avançar”, defendeu.
As autarquias de Palmela, Moita e Sesimbra lamentaram a ausência de transportes públicos para responder as necessidades em todas as áreas dos seus concelhos e alertaram para a importância de aspectos como o estacionamento.
Durante a sessão, o facto de os transportes estarem configurados para garantir os acessos a Lisboa, com as ligações internas a serem muito penalizadas foi também focado, quer pelo autarca do Seixal, quer pelo responsável pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, que adiantou que a Península de Setúbal “não tem um sistema integrado de transportes”.
Lacunas transversais entre os municípios
O Estudo de Mobilidade Intermunicipal, que envolveu os concelhos do Barreiro, Moita, Sesimbra, Palmela e Seixal, concluiu a importância do transporte fluvial e a necessidade de existiram mais ligações transversais entre os municípios do Arco Ribeirinho Sul.
Segundo explicou Bruno Simões, um dos responsáveis pela apresentação do estudo, este foi iniciado numa altura em que existiam grandes projectos anunciados para a região, como a Terceira Travessia do Tejo, mas que “as premissas passaram a variáveis com a suspensão dos projectos”.
“O que fizemos foi criar um quadro de referência estratégico, num modelo que varia consoante sejam ou não feitas infraestruturas. A Terceira Travessia sobre o Tejo, a ligação Barreiro/Seixal ou o alargamento do Metro Sul do Tejo estão no estudo, mas podem ser acrescentadas infraestruturas. O plano define o que pode acontecer se determinado projecto avançar”, defendeu.
As autarquias de Palmela, Moita e Sesimbra lamentaram a ausência de transportes públicos para responder as necessidades em todas as áreas dos seus concelhos e alertaram para a importância de aspectos como o estacionamento.
Durante a sessão, o facto de os transportes estarem configurados para garantir os acessos a Lisboa, com as ligações internas a serem muito penalizadas foi também focado, quer pelo autarca do Seixal, quer pelo responsável pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, que adiantou que a Península de Setúbal “não tem um sistema integrado de transportes”.
Ministro "apoia" ideia dos autarcas
Também o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, abordou este tema, considerando que é um desafio “difícil de cumprir, mas possível”.
“Não pode passar de Dezembro, tem que ser feito este ano. É um desafio grande e que tem que ser cumprido com rapidez. Apelo aos autarcas e à Área Metropolitana nesse sentido. Quanto aos operadores internos, eles têm que definir qual vai ser o seu papel”, sublinhou o governante.
O ministro deixou elogios aos Transportes Colectivos do Barreiro e referiu que todas as candidaturas a fundos comunitários para renovação de frotas estão em condições de serem aprovadas.
“As empresas de transportes colectivos, públicas e privadas, responderam bem ao aviso do governo para a aquisição de viaturas. Foi uma resposta positiva e uma das que se destaca são o TCB, que propõe a renovar toda a sua frota por veículos a gás, com a aquisição de 60 veículos”, defendeu João Matos Fortuna.
“Não pode passar de Dezembro, tem que ser feito este ano. É um desafio grande e que tem que ser cumprido com rapidez. Apelo aos autarcas e à Área Metropolitana nesse sentido. Quanto aos operadores internos, eles têm que definir qual vai ser o seu papel”, sublinhou o governante.
O ministro deixou elogios aos Transportes Colectivos do Barreiro e referiu que todas as candidaturas a fundos comunitários para renovação de frotas estão em condições de serem aprovadas.
“As empresas de transportes colectivos, públicas e privadas, responderam bem ao aviso do governo para a aquisição de viaturas. Foi uma resposta positiva e uma das que se destaca são o TCB, que propõe a renovar toda a sua frota por veículos a gás, com a aquisição de 60 veículos”, defendeu João Matos Fortuna.
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